AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS 11/01/2013 - 11h21
TV Câmara
Fiscalização nas fronteiras não impede entrada de drogas no País
Reportagem – Wilson Silveira
Edição – Daniella Cronemberger
Edição – Daniella Cronemberger
Um ano e meio após o lançamento do Plano Estratégico de Fronteiras, pela presidente Dilma Rousseff, a facilidade com que as drogas, as armas e o contrabando em geral entram no Brasil é apontada por autoridades e especialistas como a origem dos altos índices de criminalidade urbana.
O general Santos Guerra, comandante do Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército, diz que a vigilância nas fronteiras aumenta dia a dia, mas tem sido insuficiente para conter o crime, que aumenta com maior rapidez.
“Acredito que a situação, no que diz respeito às drogas que circulam pela fronteira, seja a principal causa da criminalidade dos grandes centros. E não circulam apenas as drogas. São outros ilícitos: tráfico de armamentos, descaminhos... Isso vem frustrando a política de segurança, a política pública na área de saúde e a educação”, afirma o general.
O delegado Leonardo de Castro, da Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do Distrito Federal, explica que o tráfico de drogas desencadeia uma série de outros crimes nos centros urbanos. “A gente vê nas ocorrências policiais e nas investigações que grande parte dos homicídios é relacionada a acertos de contas do tráfico de drogas e também surgem quadrilhas de roubos de carros, de lojas, para arrecadar dinheiro para comprar drogas nos outros países.”
Com a implantação do sistema de proteção e vigilância aérea da Amazônia, o chamado Sipam/Sivam, e a aprovação da Lei do Abate, que deu sinal verde para a Força Aérea derrubar aviões de traficantes, o tráfico de drogas e armas passou a ser feito principalmente por terra nos últimos anos.
Segundo a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal, a cocaína entra no Brasil principalmente pela região Norte, vinda da Bolívia, do Peru e da Colômbia, enquanto a maconha e as armas entram principalmente pela região Centro-Oeste, vindas do Paraguai.
Amazônia
O general Santos Guerra, comandante do Centro de Comunicação e Guerra Eletrônica do Exército, diz que a vigilância nas fronteiras aumenta dia a dia, mas tem sido insuficiente para conter o crime, que aumenta com maior rapidez.
“Acredito que a situação, no que diz respeito às drogas que circulam pela fronteira, seja a principal causa da criminalidade dos grandes centros. E não circulam apenas as drogas. São outros ilícitos: tráfico de armamentos, descaminhos... Isso vem frustrando a política de segurança, a política pública na área de saúde e a educação”, afirma o general.
O delegado Leonardo de Castro, da Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil do Distrito Federal, explica que o tráfico de drogas desencadeia uma série de outros crimes nos centros urbanos. “A gente vê nas ocorrências policiais e nas investigações que grande parte dos homicídios é relacionada a acertos de contas do tráfico de drogas e também surgem quadrilhas de roubos de carros, de lojas, para arrecadar dinheiro para comprar drogas nos outros países.”
Com a implantação do sistema de proteção e vigilância aérea da Amazônia, o chamado Sipam/Sivam, e a aprovação da Lei do Abate, que deu sinal verde para a Força Aérea derrubar aviões de traficantes, o tráfico de drogas e armas passou a ser feito principalmente por terra nos últimos anos.
Segundo a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal, a cocaína entra no Brasil principalmente pela região Norte, vinda da Bolívia, do Peru e da Colômbia, enquanto a maconha e as armas entram principalmente pela região Centro-Oeste, vindas do Paraguai.
Amazônia
O geólogo Antônio Feijão, que é superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral no Amapá, afirma que o Poder Público precisa se instalar na fronteira. “O Estado sempre foi um turista na Amazônia. O que precisa é o governo se instalar, não com esses pingados pelotõezinhos de fronteira, que agregam 40, 50 soldados, que mais estão para hastear o pavilhão nacional do que para defender geopoliticamente uma nação que tem uma Amazônia na dimensão que nós temos.”
O delegado da Polícia Federal Alexandre Silveira, responsável pela fronteira brasileira com o Peru e a Bolívia, no estado do Acre, afirma que a vigilância na região amazônica é muito difícil, por ser uma área muito extensa, de mata fechada, despovoada e de difícil acesso. “É muito difícil fazer essa fiscalização simplesmente com a presença de homens. Se você colocasse todo o efetivo do Exército brasileiro de mãos dadas, mesmo assim você não conseguiria fechar a fronteira e também não conseguiria bons resultados em termos de segurança pública.”
O Brasil faz divisa com dez países. A fronteira terrestre tem 16.800 quilômetros. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, há 588 municípios na faixa de fronteira, sendo que, entre eles, há 28 cidades gêmeas (“emendadas” com outra cidade no país vizinho).
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