segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A REALIDADE DAS FRONTEIRAS DO BRASIL

Este vídeo mostra a realidade das fronteiras do Brasil e a necessidade de investimentos para combate a diversos crimes.



FONTE: http://policialbr.com/video/

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

FRONTEIRA À MERCÊ DO TRÁFICO

Falta de tudo para a proteção contra a entrada de drogas e contrabandos no país, de efetivo a equipamentos básicos, como coletes e armamentos. Renata Mariz. Correio Braziliense - 20/02/2012

"Quando há grandes operações, quem se atrasa fica sem colete", diz o chefe de uma estratégica delegacia localizada na fronteira do Brasil. O que pode parecer choradeira sem fundamento de um delegado que prefere o anonimato é apenas parte dos problemas que a Polícia Federal enfrenta para vigiar os 16.886 quilômetros por onde entram drogas, armas e produtos contrabandeados no país. A carência exata do equipamento à prova de balas é de 383 unidades. Faltam também 48 binóculos de visão noturna, ou seja, mais que o triplo dos 15 disponíveis hoje às equipes de fronteira. O número de rastreadores precisaria quase quadruplicar, chegando a 120, para atender as necessidades dos policiais.


O problema da locomoção, entretanto, é um dos mais graves. O deficit de camionetes 4x4 chega a 60 veículos, quase a mesma quantidade dos 77 usados atualmente. Quatro em cada dez policiais federais lotados na fronteira reclamam da falta de pelo menos uma embarcação para fazer o monitoramento nos rios. Para 20% dos delegados, seria necessário uma lancha blindada que garantisse a segurança durante as operações. Um modelo semelhante, de propriedade da Receita Federal, está parado em Tabatinga (AM), município onde o trabalho se dá basicamente na água, por um problema no motor. Um acordo foi iniciado entre a PF, que se encarregaria de consertar a embarcação para usá-la, e o órgão, mas até agora nada de concreto ficou acertado.


Traçada em detalhes quantitativos e qualitativos por auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), a situação da PF nas fronteiras revela não só a falta de condições de trabalho mas também a pouca efetividade do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado em junho pelo governo federal com anúncio de investimento de R$ 37 milhões. "A situação de insuficiência de alguns equipamentos importantes acarreta dificuldades para realização do trabalho de repressão", assinala o TCU, em relatório.


Agente da PF há quatro anos em Foz do Iguaçu (PR), Bibiana Orsi enumera os problemas. "Os coletes atendem só a metade do efetivo aqui. E muitos deles estão vencidos. Quando chove, nosso posto na Ponte da Amizade fica inundado. Os veículos são velhos, falta combustível. Não sei para onde vão os investimentos que o governo anuncia. Em Foz do Iguaçu, o dinheiro não chega", diz Bibiana. O diretor de Relações do Trabalho da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Sabino, faz a mesma crítica. "Quem disser para a população que existe policiamento efetivo na fronteira está mentindo", afirma o policial.

Efetivo indefinido

Sabino explica que a alta rotatividade nas delegacias de fronteira, segundo informa o TCU, prejudica as ações. Há locais, como Paracaima (RR) e Cruzeiro do Sul (AC), onde os policiais ficam um ano, em média. "Quando começam a aprender o serviço, saem. Não tem policial antigo na fronteira", diz o integrante da Fenapef. Para piorar, ficou constatado que faltam cursos para os profissionais da faixa fronteiriça. Em 2010, segundo o TCU, de todas as capacitações sobre combate ao tráfico de drogas, apenas 12% das vagas foram preenchidas pelo efetivo na fronteira. "Servidores administrativos acabam se qualificando como policiais e nós não podemos fazer os cursos exatamente porque o efetivo é pequeno, a área não pode ficar descoberta, entre outros motivos", critica Bibiana.


Em Foz do Iguaçu, o maior posto da PF na região de fronteira, está a única embarcação blindada de que a corporação dispõe. "O medo é grande. Estamos pleiteando, inclusive, fuzis 762, porque enfrentamos esse tipo de armamento nas operações", afirma Bibiana. A Polícia Federal, por meio da assessoria de imprensa, informou que "já foram compradas embarcações blindadas para atuar na Região Norte e também no Lago de Itaipu", sem precisar quantas ou quando elas começarão a ser efetivamente usadas.


O órgão reconheceu a falta de coletes informando que "cada policial federal em operação será equipado ainda este ano com colete à prova de balas novo, num total de cerca de 10 mil unidades", mas não mencionou qualquer ação para suprir o deficit de binóculos de visão noturna, rastreadores e camionetes. Em relação aos 3.036 postos criados pela PF mas que não foram preenchidos, por falta de orçamento ou qualquer outro motivo, a assessoria de imprensa limitou-se a informar que "já providenciou o preenchimento de 1.200 vagas de policiais e pleiteia ao governo a abertura de concursos periódicos anuais para suprir toda e qualquer deficiência de efetivo".


NOTA: Matéria indicada por Jose Andersen

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

VIGILÂNCIA DE FRONTEIRAS - EVENTO EM BRASÍLIA


Vigilancia de Fronteiras - 2 EDIÇÃO
13 - 14 Março, 2012,
Centro de Eventos e Convenções Brasil 21,
Brasília, DF - Brasil


Como evitar os crimes transnacionais de contrabando e descaminho de drogas, armas e outros produtos ilegais a fim de garantir a segurança nacional

Novidades da 2ª edição:

- Participação de representantes do Governo Brasileiro, Forças Armadas, Forças Policiais, Indústria Nacional e meio acadêmico.

- Mais tempo para discussões estratégicas sobre os temas sensíveis de defesa
Espaço para exposição paralela de tecnologias para área de Defesa.

Principais questões que serão discutidas:

- Livro Branco de Defesa Nacional e suas recomendações para vigilância das fronteiras brasileiras;

- Visão do Legislativo e do Executivo sobre os projetos de defesa e vigilância de fronteiras;

- Acordos bilaterais entre países sul-americanos para combate aos crimes transnacionais;

- Integração entre forças militares e de segurança nas fronteiras;

- Ações de proteção e defesa aos recursos naturais brasileiros nas fronteiras marítimas;

- Base Industrial de Defesa necessária para suprir as demandas na faixa de fronteiras
Viabilidade do uso de VANT na vigilância de fronteiras.

Instituições participantes:

4º BATALHÃO DE POLÍCIA DE ÁREA DE FRONTEIRA – SANTA ROSA
AEB – AGÊNCIA ESPACIAL BRASILEIRA
AVIBRAS
COMANDO DA MARINHA
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL
EMBRAER DEFESA E SEGURANÇA
INSTITUTO DE AERONÁUTICA E ESPAÇO/DCTA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
PORTAL DEFESANET
REVISTA FORÇAS DE DEFESA
PUC - RIO DE JANEIRO
UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
UNICAMP
Director Business Development & Sales - International Case
Microflown AVISA

PROGRAMA

http://www.vigilanciadefronteiras.com/Event.aspx?id=634078

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

FRÁGEIS FRONTEIRAS

Pannun em 26/05/2008 YOUTUBE

Reportagem que abre a série produzida pelo repórter Fábio Pannunzio para o Jornal da Noite mostra a vulnerabilidade da fronteira brasileira no norte do Roraima. A reportagem mostra cambistas vendendo ilegalmente moeda estrangeira em Santa Helena de Uairén, na Venezuela, e flagra soldados do exército bolivariano recebendo propina de contrabandistas brasileiros de combustível.







A VULNERABILIDADE DAS FRONTEIRAS DO BRASIL

Fronteiras do Brasil - Drogas, armas e contrabando - Duranvideo em 30/06/2011

A Vulnerabilidade das fronteiras e a entrada de armas e drogas no Brasil

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

JORNALISTA FUNDADOR DO PT É ASSASSINADO NA FRONTEIRA

Jornalista fundador do PT em Ponta Porã é morto com nove tiros. Ele era editor-chefe do Jornal da Praça, um dos mais tradicionais da fronteira - Paulo Yafusso, especial para O Globo - 14/02/12 - 13h10


CAMPO GRANDE - O jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, de 51 anos, foi assassinado com nove tiros no centro de Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul que faz fronteira com o Paraguai. Ele foi baleado no domingo, por volta das 23h30m, na avenida que divide os dois países, quando retornava para a casa, depois de passar o dia na casa do ex-prefeito da cidade, Vagner Piantoni. Conhecido como Paulo Rocaro, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça, um dos mais tradicionais da fronteira, e diretor do site Cone Sul News.

Segundo o delegado Clemir Vieira, que investiga o caso, Paulo Rocaro foi atingido por nove tiros de calibre 9 milímetros quando estava dirigindo o carro dele de volta para casa. Os tiros foram disparados por um rapaz que estava na garupa de uma moto sem placas. A moto emparelhou com o carro do jornalista e como o vidro do lado do passageiro estava aberto, ele não teve dificuldades em visualizar a vítima e fazer os disparos. Rocaro foi socorrido e morreu por volta das 4h20 desta segunda-feira.

O delegado Clemir Vieira disse que não há ainda nenhuma pista dos bandidos, que fugiram para o Paraguai. E também não há evidências sobre o motivo do crime, que teria sido encomendado.

— Não se sabe ainda se os criminosos sabiam que a vítima estava na casa do ex-prefeito ou se ele (Paulo Rocaro) estava sendo seguido — afirmou Clemir Vieira.

Vieira disse que não se descarta nenhuma hipótese para o crime – vingança, problema trabalhista ou familiar e mesmo crime político.

— Algumas pessoas trouxeram essas informações sobre a possibilidade de crime político, mas tudo está sendo investigado e não temos nenhuma pista ainda — afirmou o delegado.

Vagner Piantoni, que é amigo de Rocaro há 25 anos, disse que não se sabe ainda o motivo do assassinato. Sobre a possibilidade de crime político ou pela atividade profissional desenvolvida por Paulo Rocaro, Piantoni disse que o jornalista sempre soube dividir bem a atividade profissional com a atividade política. Paulo Rocaro foi um dos fundadores do PT em Ponta Porã.

Segundo a polícia, na noite do atentado que terminou na morte do jornalista, a mulher dele estava em outro carro logo à frente e ele, já atingido pelos tiros, ligou para ela e disse "me acertaram, me acertaram". O corpo do jornalista será enterro na manhã desta terça-feira. Ninguém da família quis falar com a imprensa ontem.

De acordo com o Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ), cinco jornalistas brasileiros foram mortos no ano passado. Em dois casos, foram confirmados vínculos entre a atividade jornalística e as mortes. Desde 1992, quando o CPJ começou um levantamento anual da segurança dos jornalistas em todo o mundo, 19 profissionais foram assassinados por causa de reportagens. Outros oito casos não tiveram motivação confirmada.

O Brasil é o 14º país mais inseguro do mundo para o jornalismo (empatado com a Bósnia e o Sri Lanka) e o terceiro na América Latina. Os mais violentos são Iraque, com 151 mortes no período, Filipinas, com 72, e Argélia, com 60. Em quinto lugar no ranking mundial, a Colômbia é o país latino-americano mais perigoso, registrando 43 mortes em 20 anos. Palco recente de violência contra os jornalistas, o México está em nono lugar, com 27 assassinatos.

Caso repercute no exterior

O site do diário espanhol “El País” noticiou o assassinato de Paulo Roberto e destacou que o homicídio é, em apenas uma semana, o segundo praticado contra jornalistas no Brasil. A reportagem também informa, de acordo com nota divulgada pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que o jornalista tinha sido alvo de uma emboscada anteriormente: “Devido às suas denúncias, (Paulo Roberto) já havia sido vítima de um atentado em julho de 2011, quando quase perdeu a vida”.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FEDERAÇÕES E SINDICATOS DE SERVIDORES FEDERAIS EM DEFESA DAS FRONTEIRAS


Ação. Fenapef, Sindireceita e Fenaprf criam movimento conjunto em defesa das Fronteiras - PORTAL FENAPEF, http://www.fenapef.org.br.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), o Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) e a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (Fenaprf) fecharam um calendário de mobilização conjunta em prol das fronteiras brasileiras e pela segurança dos servidores que atuam nesses locais. A pauta foi definida nesta quarta-feira, 8, em Brasília. Conforme os líderes sindicais, o dia 29 de março foi instituído como o “Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Órgãos de Fronteira”.

O calendário de ações ainda prevê atividades institucionais, políticas, governamentais, além de mobilizações das categorias envolvidas. As entidades também definiram as providências para implementação do adicional de fronteira para estimular a ida e a permanência de servidores nessas áreas.

As entidades envolvidas discutiram exaustivamente ações e estratégias na defesa dos direitos dos servidores e se comprometeram em colocar em prática todas as providências previstas no calendário. Entre as ações estão: o trabalho parlamentar, previsto para iniciar ainda neste mês, o trabalho de convencimento junto às autoridades do governo, por meio do agendamento de reuniões, e a panfletagem de servidores nas áreas de fronteira.

Na opinião da presidenta do Sindireceita, Sílvia Helena Felismino, as fronteiras brasileiras estão fragilizadas e o movimento conjunto busca sensibilizar o Governo Federal para a necessidade de investimentos em pessoal e infraestrutura nessas unidades. “Não podemos mais ficar calados. A onda de violência que assola a nossa sociedade é consequência do total abandono das nossas fronteiras por onde entram todo tipo de drogas, contrabando, pirataria, armas e munições. Queremos chamar a atenção da sociedade para esse problema e encontrar soluções. Do jeito que está o país não tem condições de sediar eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, destacou.

Para o vice-presidente da Fenapef, Paulo Poloni, o movimento vai muito além de uma simples reivindicação das categorias. “Entendemos que a violência urbana está diretamente ligada a fragilidade de nossas fronteiras”, disse. O presidente da Fenaprf, Pedro Cavalcanti, destacou que este movimento é o ponto de partida das três categorias para a luta em defesa das fronteiras e também para outras lutas futuras.

Esta é a terceira reunião conjunta das entidades para discutir assuntos relacionados à fronteira brasileira. Outros encontros foram realizados na sede do Sindireceita em 17 de novembro de 2011 e em 24 de janeiro deste ano.

O diretor Financeiro da Fenapef, Roger Barros Rezegue e o diretor de Seguridade Social, Naziazeno Florentino dos Santos também participaram da reunião.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Se querem realmente defenderem as fronteiras do Brasil, a primeira exigência seria a criação de uma POLÍCIA NACIONAL DE FRONTEIRAS, com o ojetivo se realizar o policiamento permanente ao longo das fronteiras, apoiando as funções específicas da Polícia Federal, Receita Federal e Forças Armadas. Há muito tempo, venho defendendo a transformação da Polícia Rodoviária Federal nesta Polícia Nacional de Fronteiras, pois é uma organização bem qualificada, de capacidade excedente (overcapacity) para a função de trânsito e empregada em territórios de responsabilidade federativa. Se remanejar as funções dos policiais rodoviários, adestrando-os para a função precípua do policimento ostensivo preventivo ao longo das fronteiras, o Brasil terá uma força permanente e comprometida com a segurança e controle federal das fronteiras do Brasil. A continuar as açôes isoladas e fracionadas em várias organizações e departamentos, os resultados serão pífios, isolados e corporativos, com resultados superficiais e localizados.

NOTA: MATÉRIA INDICADA POR Jose Andersen.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

CARRETA-TANQUE OCULTAVA CONTRABANDO


PORTO ALEGRE. Carreta-tanque ocultava cigarros contrabandeados - ZERO HORA 11/02/2012

Agentes da Receita Federal, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreenderam uma carreta-tanque com cerca de 250 mil maços de cigarros contrabandeados. O caso ocorreu na Capital na quinta-feira, próximo ao km 87 da rodovia Uruguaiana-Porto Alegre (BR-290).

Os agentes desconfiaram da rota informada pelo motorista. O caminhão foi encaminhado à Receita para análise, na qual foi constatada adulteração na estrutura. Durante a fiscalização, o motorista fugiu do local. Um caminhão scanner ajudou na identificação da carga de cigarros paraguaios.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - É mais um contrabando que passou pelas portas abertas da fronteira e só foi localizado por sorte e perspicácia dos policiais, longe da fronteira e perto de Porto Alegre.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

PORTO ALEGRE É ROTA DE TRÁFICO INTERNACIONAL


Porto Alegre é rota do tráfico internacional, diz delegado da PF. Em menos de 24 horas, dois estrangeiros foram presos com cocaína no Salgado Filho - Wagner Machado / Correio do Povo, 04/02/2012 10:54

Porto Alegre é rota do tráfico internacional de drogas. A afirmação foi feita na manhã de sábado pelo delegado da Polícia Federal (PF), Sérgio Silva da Silva. Em menos de 24 horas, dois estrangeiros foram presos no Aeroporto Internacional Salgado Filho com cocaína proveniente do Peru e que tinha a Europa como destino.

“Os traficantes se deslocam para o Estado, evitando os aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, já que aqui o voo é sem escala”, explicou o delegado.

Na noite dessa sexta-feira, uma mulher de 40 anos, da Lituânia, foi presa quando desembarcava do Peru e provavelmente seguiria para Portugal. Quatro malas com cocaína foram apreendidas com ela. A PF suspeita que havia um quilo da droga em cada mala.

Situação semelhante ocorreu na quinta-feira quando um espanhol, de 48 anos, visivelmente nervoso, foi flagrado momentos antes de embarcar para a Europa. O homem teria confessado que carregava 6,8 quilos de cocaína do Peru para Bruxelas, na Bélgica. Pelo serviço, ele receberia R$ 4 mil euros.

As prisões fazem parte da Operação Sentinela, que busca prevenir e reprimir crimes transnacionais, como contrabando e tráfico de drogas e armas. Os dois estrangeiros presos foram autuados em flagrante e encaminhados ao sistema prisional gaúcho.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

TRÁFICO DE MULHERES E INFERNO NOS PROSTÍBULOS ESPANHÓIS

Ex-prostituta diz que 'deixou o inferno' e ajuda outras mulheres na Espanha. Brasileira conta como foi levada de Goiânia a prostíbulos espanhóis por uma quadrilha - BBC BRASIL, O ESTADO DE SÃO PAULO, 01 de fevereiro de 2012 | 6h 48

MADRI - "Vida fácil? É ruim!" O desabafo é da goianiense V.R.B., que viajou a Madri para se prostituir, sem saber que teria que fugir para se livrar de uma rede de traficantes de mulheres. Agora ela usa sua experiência para salvar outras brasileiras.

Aos 36 anos, V.R.B. é uma mediadora, uma espécie de assistente social de uma das quatros ONGs espanholas que ajudam mulheres prostituídas a escaparem das quadrilhas de exploração sexual e reintegrar-se na sociedade. Tudo nela é sigiloso. Nome, endereço, aspecto e até mesmo o nome da ONG para a qual trabalha. Ela está protegida pela polícia por denunciar seus exploradores.

A história dela começa em 2006, quando foi aliciada em Goiás por conhecidos que a ofereceram um trabalho como prostituta na Espanha com salários de R$ 9 mil ao mês. "Sonhei sim. Ganhar um dinheirão, acertar a vida da minha mãe, dar um futuro para meus (dois) filhos e voltar para montar um negócio no Brasil. Eu aceitei. Mas não me disseram que eu não podia sair quando quisesse", contou à BBC Brasil.

Fuga

Sair significava não só largar a rede, mas dar qualquer passo sozinha fora do prostíbulo onde morava e trabalhava com outras 17 mulheres. "Só podia falar no telefone vigiada, andar na rua vigiada, trabalhando de domingo a domingo...controlada o tempo todo."

A quadrilha que a cooptou a revendeu primeiro a um prostíbulo da Galícia. Em seguida foi para a Catalunha, Valencia, Cantábria, Andaluzia e Extremadura, num total de 42 lugares no território espanhol, pelo que lembra.

Em 2008, V.R.B. conseguiu escapar, com a ajuda de um cliente, pela garagem do prostíbulo. Foi perseguida, ameaçada de morte por telefone e mora refugiada em uma casa subvencionada por uma ONG. "Para mim foi a fuga do inferno. Fui tratada por psicólogas durante quase três anos e me convenci de que tenho que ajudar outras mulheres porque entrar é fácil, mas sair só com ajuda mesmo. Senão, não sai, não. A pessoa morre antes."

O trabalho de V.R.B. é fazer contato com outras brasileiras prostituídas, contando sua experiência e oferecendo ajuda às que quiserem deixar as redes. "Somos três brasileiras numa equipe de 11 e encontramos muitas barreiras porque as meninas têm muito medo. Primeiro dizem que não são vítimas, depois contam que as famílias dependem desse dinheiro e não sabem o que elas fazem aqui", diz.

Segundo as ONGs Apramp, Médicos do Mundo e Projeto Esperança, as mulheres resgatadas de exploradores sexuais são geralmente encontradas desnutridas, com transtornos psicológicos, fobias, depressão, infecções, marcas de violência, viciadas em drogas e em estado de confusão mental.

Após receber tratamento psicológico, a maior parte das estrangeiras não volta a seus países de origem por vergonha, medo de que família e vizinhos saibam de seu passado ou por causa do envolvimento de algum parente em sua captação. Elas preferem manter a mentira que contaram para os familiares: que se casaram com estrangeiros e levam uma vida de luxo no exterior.

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TRÁFICO INTERNACIONAL - PF PRENDE QUADRILHA QUE AGIR NA FRONTEIRA COM O PARAGUAI


PF prende 17 por tráfico internacional. Bando transportava droga em carros de luxo - CORREIO DO POVO, 01/02/2012

A Polícia Federal (PF) prendeu ontem 17 pessoas acusadas de tráfico internacional de drogas. Baseado em Foz do Iguaçu (PR), o bando atuava na região da fronteira com o Paraguai. Também foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão. Oito veículos de luxo e uma arma de fogo, além de documentos foram apreendidos. Os mandados da operação, batizada Brasiguai, foram cumpridos em Foz do Iguaçu, Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Porto Alegre.

De acordo com a PF, a quadrilha recebia cocaína da Bolívia e utilizava, via Paraguai, carros luxuosos no transporte da droga para as regiões Sul e Sudeste. Segundo a PF, quatro dos acusados já se encontravam presos em penitenciárias do Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Mesmo assim, eles atuavam de dentro dos presídios. Durante as investigações, iniciadas há nove meses, a Polícia prendeu 24 pessoas e apreendeu 600 quilos de cocaína e 3 toneladas de maconha.

Os mandados cumpridos foram expedidos pela 2 Vara Criminal Federal de Curitiba.