tag:blogger.com,1999:blog-80447930977528247972024-02-19T08:26:54.975-08:00FRONTEIRAEste Blog destaca o cenário atual de descaso, descontrole e insegurança nas fronteiras do Brasil, produzido políticas governamentais superficiais, militarizadas, pontuais, omissas na competência federal e inoperantes na contenção dos crimes de contrabando, descaminho, abigeato e tráfico de pessoas, armas, munição, drogas, valores, arte, veículos e animais.Unknownnoreply@blogger.comBlogger349125tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-79719316850016642502018-12-18T01:18:00.001-08:002018-12-18T01:18:05.870-08:00GUERRA DE QUADRILHAS ATERRORIZA POPULAÇÃO NA FRONTEIRA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b><br />Por Jornal Nacional 17/12/2018 </b><div>
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Em MS, fronteira com Paraguai, guerra de quadrilhas aterroriza população. Em 2018, houve ao menos 30 execuções. Apenas uma avenida separa Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.<br /><br />Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai<br />Jornal Nacional<br /><img height="360" src="https://s04.video.glbimg.com/x720/7240143.jpg" width="640" /><br /><br />Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai<br /><br /><br /><br />Na fronteira com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul, a disputa de poder entre quadrilhas está aterrorizando os moradores. Em 2018, houve ao menos 30 execuções.<br /><br /><br />Foram alguns minutos que um homem nunca mais vai esquecer: “Eu estava passando, aí eu escutei os tiros. Eu vi as pessoas correndo. E assim, a gente tenta ficar o mais esperto e se esconder, porque a gente não sabe se o tiro acabou, se vai ter mais tiro”, conta.<br /><br /><br />O crime foi em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Pelas contas da Polícia Civil brasileira e do Ministério Público paraguaio, só neste ano de 2018 já foram mais de 30 execuções na fronteira.<br /><br /><br />Na linha internacional que separa o Brasil do Paraguai, de um lado fica Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, e do outro, Pedro Juan Caballero. Para atravessar a fronteira, basta passar por uma avenida. Essa facilidade de acesso, segundo o Ministério Público do Paraguai, é um dos motivos que tornam a região atrativa para o crime.<br /><br /><br />Em junho de 2016, o traficante Jorge Rafaat, conhecido como “rei da fronteira”, foi executado em uma emboscada em Pedro Juan. Desde então, outros traficantes disputam o controle da região.<br /><br /><br />Investigações apontam que pessoas ligadas a Jarvis Pavão, outro traficante que atuou na fronteira e que hoje está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande Do Norte, estão na lista de vítimas. Em Pedro Juan um sobrinho de Pavão sofreu um atentado. A camionete em que ele estava foi atingida por mais de 50 tiros. Ele saiu ileso porque o veículo é blindado. Uma mulher e uma criança que passavam pelo local foram atingidas de raspão.<br /><br /><br />O clima de insegurança chegou à capital de Mato Grosso do Sul, que fica a mais de 300 quilômetros da fronteira e até então não registrava crimes de execução. Neste ano de 2018 foram quatro crimes. Em um deles, o ex-segurança do traficante morto Jorge Rafaat foi assassinado com tiros de fuzil.<br /><br /><br /><br />“É uma luta que ainda tem muito chão pela frente. Não é fácil, com o número de policiais que tem hoje na fronteira, combater esse tipo de crime e esses tipos de organizações criminosas”, afirma o superintendente da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, Luciano Flores.<br /><br /></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-9291650815978787672017-12-10T03:54:00.001-08:002017-12-10T03:54:23.937-08:00FRONTEIRA DESPOLICIADA. FALTAM ESTRUTURA E EFETIVOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /> <br /><img height="360" src="https://s02.video.glbimg.com/x720/6347117.jpg" width="640" /> <br /> Falta de efetivo é o principal problema nas fronteiras do RS <br /> <br /> <b><br /></b><div class="content-publication-data__from">
<b> Por RBS TV </b></div>
<b> 09/12/2017 </b><br /><br /><div class="row content-head">
<b>Poucos funcionários e postos fechados colocam em risco as fronteiras gaúchas. Policiais confirmam falta de estrutura e de efetivo na fronteira com a Argentina. Resultado é a prevalência de crimes como tráfico de drogas e armas na região.</b></div>
<br /><br /> A falta de fiscalização põe em risco as fronteiras gaúchas. Com postos fechados e poucos funcionários, as estradas gaúchas da região evidenciam a facilidade de circular entre um país e outro. <br /> <br /><br /> Em Quaraí, cidade localizada na fronteira do Brasil com Artigas, no Uruguai, o fluxo de veículos e pessoas é praticamente livre. No posto de fiscalização, apenas dois plantonistas acumulam funções: além da emissão da entrada e saída de turistas, eles ainda têm tarefas de polícia administrativa, como emissão de certidões de antecedentes criminais e confecção de carteira de estrangeiros. <br /> <br /><br /> Um policial, que pede para não ser identificado, confirma a situação. "A gente tem uma defasagem tanto em quantidade de efetivo, que estaria lotada, nas delegacias de fronteira, quanto também ao que se refere à rotatividade do pessoal", disse à reportagem da RBS TV. <br /> <br /><br /> Em São Borja, a situação é semelhante. Na fronteira do município com Santo Tomé, cidade da Argentina, os policiais contam que trabalham desarmados e sem poder de polícia. A Delegacia da Polícia Federal, que poderia ser um reforço, fica a 10 quilômetros. E eles também reclamaram da falta de efetivo para combater o tráfico de drogas e armas que cruzam a fronteira. <br /> <br /> "A Argentina acabou virando um corredor de passagem da maconha, da cocaína, das armas e das munições do Paraguai e da Bolívia", diz um policial do local, que também não será identificado. <br /> <br /><br /> Já em Uruguaiana, cerca de 1 mil carros cruzam a ponte internacional, muitos dos quais não passam pela fiscalização. <br /> <br /><br /> A situação é pior na Região Noroeste da fronteira, onde portos informais funcionam normalmente sem qualquer fiscalização. Isso porque, por falta de recursos, há quatro anos a polícia resolveu tirar os funcionários do posto de fiscalização entre o Porto Vera Cruz e Panambi na Argentina. <br /> <br /><br /> E na aduana em Porto Vera Cruz, o cenário encontrado foi de salas abandonadas e estrutura prejudicada. <br /> <br /> <br /><br /> O delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Sérgio Busato, informa que o foco do trabalho na fronteira é na área de inteligência, tecnologia, conhecimento e capacitação. "A gente tem essas delegacias estratégicas de fronteira, que fazem trabalhos regionais e às vezes nacionais". <br /> <br /><br /> Ele afirmou que, na superintendência, há áreas especializadas, como combate ao tráfico de drogas, de armas, ao contrabando, que atua contra o crime organizado. "Essa tem sido a estratégia para atuação de polícia judiciária, de investigação em cima dos grupos criminosos que usam a rota do Rio Grande do Sul para traficar armas, bebidas, drogas e esse tipo de produto ilícito". <br /> <br /> <br /> <br /> <img src="data:image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wBDAAMCAgMCAgMDAwMEAwMEBQgFBQQEBQoHBwYIDAoMDAsKCwsNDhIQDQ4RDgsLEBYQERMUFRUVDA8XGBYUGBIUFRT/2wBDAQMEBAUEBQkFBQkUDQsNFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBQUFBT/wgARCAAOABkDASIAAhEBAxEB/8QAGAAAAgMAAAAAAAAAAAAAAAAABAUDBgf/xAAWAQEBAQAAAAAAAAAAAAAAAAAEAQP/2gAMAwEAAhADEAAAAc4DeggRCRXEWU//xAAcEAABBAMBAAAAAAAAAAAAAAADAQIEBQAGFBb/2gAIAQEAAQUCslRxteGj7AklRWXoB4SD2rXCWA6XKex3WTP/xAAXEQADAQAAAAAAAAAAAAAAAAAAAQID/9oACAEDAQE/AVJWaP/EABkRAQACAwAAAAAAAAAAAAAAAAEAAhESMf/aAAgBAgEBPwFeka7OZ//EACYQAAIBAwIEBwAAAAAAAAAAAAECAAMREgQhEyIxQTRCYYKRoaL/2gAIAQEABj8Cdrb8EH6Er1iOVFusTUFM1VFFvZaeE/c5Xxq4Y7jaatWNyaR6HvMR0Cjt6Ty/E//EAB4QAAICAgIDAAAAAAAAAAAAAAABESExYUFxUZHx/9oACAEBAAE/IX6u73yK0Loi01IzslEcTQbPsNx51jmcnl/XltZNJYly4GoP/9oADAMBAAIAAwAAABC0H//EABgRAQADAQAAAAAAAAAAAAAAAAEAEVEh/9oACAEDAQE/EE44RFLk/8QAFhEBAQEAAAAAAAAAAAAAAAAAAQCB/9oACAECAQE/ENxkWf/EAB8QAQABBAEFAAAAAAAAAAAAAAERACExQWEQUZHR8f/aAAgBAQABPxBN0WHXBzEvFAvFbAojtU+dU47HCz0YLN6hmhABhk04qM/skFMtgiYq2TgEh1NfQe6//9k=" /> <img height="360" src="https://s2.glbimg.com/EfbWA_ZvgdmMCVYZfHpX7yV8f94=/0x0:1280x720/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/c/7/qtQE8HRWAONcEOVqB5fw/news.02.jpg" width="640" /> <br /> Posto está com as janelas quebradas e completamente abandonado (Foto: Reprodução/RBS TV) <br /> <br /><br />Reforço da Brigada e do exército para fiscalização <br /> <br /><br /> Sem o trabalho da Polícia Federal, é a Brigada Militar que entra em ação. Na região de Santa Rosa, os policiais apreenderam R$ 4 milhões em produtos contrabandeados na Região Norte, em um ano. "Praticamente a cada mil metros existe um pequeno porto informal que dá acesso para embarcações e através dos quais os contrabandistas fazem a entrada e saída de marcadorias", explica o capitão da Brigada, Vinícius Karnikowski. <br /> <br /><br /> O exército também reforça o combate ao crime. Uma operação realizada recentemente com a ajuda de 300 militares realizou 6 mil abordagens, segundo o general de exército Edison Leal Pujol. <br /> <br /> <br /><br /> "A gente consegue aumentar o número de apreensões, de ter material ilícito, mas isso não é o nosso principal objetivo, as vezes até o fato de impedir, de que nesse período que nós estamos trabalhando, diminua a entrada de material ilícito no nosso território, já é um ganho". <br /> <br /> <br /><br /> Pujol destaca que a falta de estrutura e investimentos são os princxipais fatores para fragilidade nas fronteiras. "Se nós tivéssemos capacidade, nós e os nossos órgãos que estão envolvidos tivessem efetivo, equipamento, tivessem disponibilidade orçamentária de aumentar o número de vezes e o período de atuação certamente os resultados seriam maiores". </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-39078770791680873112017-12-10T03:51:00.002-08:002017-12-10T03:51:55.940-08:00CONTROLE PRECÁRIO. ROTAS ALTERNATIVAS BURLAM FISCALIZAÇÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /> <br /><img height="360" src="https://s04.video.glbimg.com/x720/6345447.jpg" width="640" /> <br /> Rotas alternativas são usadas no contrabando de mercadorias na região de fronteira do RS <br /> <br /> <b>Por Patrícia Porciúncula, RBS TV <br /></b><div class="row content-head">
<b>Rotas alternativas são usadas para contrabando na fronteira do RS com o Uruguai. Beira da praia e estrada na zona rural seriam os pontos usados para burlar a fiscalização. Polícia Federal e Receita Federal apontam falta de efetivo como motivo para o controle precário.</b></div>
<br /><br /> Para burlar a cota máxima de 300 dólares, muitas pessoas que vão ao <a href="http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/cidade/chui.html">Chuí</a>, na fronteira do Brasil com o Uruguai, no extremo Sul do Rio Grande do Sul, usam rotas alternativas para transportar mercadorias entre os países. O motivo é que quem chega do país vizinho precisa declarar os produtos na Receita Federal. <br /> <br /><br /> Até o sábado (9), uma série de reportagens vai mostrar a fragilidade da segurança nas linhas de fronteiras do Rio Grande do Sul. <a href="https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/falta-de-fiscalizacao-facilita-entrada-de-mercadorias-ilegais-em-acegua-na-fronteira-do-brasil-com-o-uruguai.ghtml">Na quinta-feira (7), foi relatada a entrada ilegal de mercadorias por Aceguá</a>. Na última matéria, será apresentado como está o controle na divisa com a Argentina. <br /> <br /><br /> Contudo, nem mesmo nos feriados, quando o movimento de turistas em busca de compras nos free shops aumenta, a fiscalização é realizada. "Essa semana nós passamos três vezes ali e nenhuma das três vezes fomos abordados, nenhuma fiscalização na Receita", conta a doceira Bárbara Moura. <br /> <br /><br /> A reportagem da RBS TV passou pela aduana brasileira diversas vezes, em diferentes dias e horário, e em nenhum momento foi abordada. A Receita Federal admite que não tem conseguido fazer esse trabalho diariamente e um dos motivos é a falta de servidores. Segundo o auditor fiscal Cassius Garcia, 25 pessoas trabalham neste posto, mas o necessário seria o dobro. <br /> <br />"A abordagem existe, ela vem ocorrendo de forma aleatória por amostragem ou com uso de ferramentas de inteligência. O nosso efetivo nessa unidade foi reduzido em aproximadamente 60% nos últimos sete anos, os últimos concursos realizados já estão vencidos e não temos previsão de novos concursos", lamenta. <br /> <br /><br /> Quase 166 mil pessoas já passaram pelo posto de migração em 2017. Os meses de janeiro e abril foram os de maior movimento. Segundo a Polícia Federal, os crimes mais registrados na fronteira são tráfico de drogas e armas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, além do contrabando de mercadoria. <br /> <br /> <br /> <img height="406" src="https://s2.glbimg.com/0o2l7fiz3lJicMTqVVtpDW35U-A=/0x0:1232x782/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/A/i/7pd3vJSgqXaKZpHFXMzw/receita-federal-fronteira-2.jpg" width="640" /> <br /> Uma das rotas usadas para desviar da fiscalização é a beira da praia da Barra do Chuí (Foto: Reprodução/RBS TV) <br /> <br /><br /> No entanto, as autoridades relatam que se controlar os veículos que passam na aduana já é difícil, a situação fica ainda mais complicada nos caminhos alternativos usados pelos contrabandistas. Um deles é pela beira da praia da Barra do Chuí, a 11 quilômetros da aduana principal. Outra rota utilizada é uma estrada que fica na zona rural do Chuy, no lado uruguaio. <br /> <br /><br /> Uma moradora que preferiu não se identificar relata que durante a noite é quando acontece o maior movimento. "De dia eu olho e são os vizinhos. De noite tem muito movimento de carro e de caminhão", diz. <br /> <br /><br /> A Receita Federal admite que os caminhos alternativos são rota de crimes. "A região tem diversos outros acessos, mas as nossas equipes estão sempre atentas. Se passar fora da rota principal, a mercadoria vai ser perdida não vai haver a possibilidade de efetuar o pagamento dos tributos e levar a mercadoria adiante como ocorreria se parassem na nossa unidade", alerta Garcia. <br /> <br /><br /> A Polícia Rodoviária Federal (PRF), que também poderia fazer a fiscalização, enfrenta dificuldade com o efetivo. "O nosso déficit de efetivo gira em torno de 50% nos últimos anos. No momento realmente estamos desempenhando as nossas atividades dentro das possibilidades", explica o chefe da PRF na região, Fabiano Goia. <br /> <br /> <br /><br /> Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul (Sinpef), Ubiratan Sanderson, o que falta é uma política de segurança pública voltada para as áreas. "A fronteira seca entre Uruguai e Brasil, considerando que o Uruguai também não tem uma politica rígida de segurança pública, somada ao abandono das entidades policiais brasileiras, vira, na verdade, uma terra de ninguém", afirma. <br /> <br /><br /> O delegado regional de combate ao crime organizado da Polícia Federal, Sergio Busatto, diz que o foco é a área de inteligência e a investigação de grupos criminosos que traficam armas, bebidas e drogas. <br /> <br /> <br /> <img height="407" src="https://s2.glbimg.com/dfgkOK4e4a6U_64miRAwXbzXE4g=/0x0:1228x782/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/o/s/BIhpxtQ3WKtvThEWUSLQ/receita-federal-fronteira-1.jpg" width="640" /> <br /> Efetivo da Receita Federal na região foi reduzido em 60% nos últimos sete anos (Foto: Reprodução/RBS TV) <br /> <br /> </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-26710825973677042672017-11-07T01:49:00.000-08:002017-11-07T01:49:02.639-08:00FRONTEIRAS SEM AGENTES, SEM POSTOS E SEM POLICIAMENTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /><b><img alt="Nenhum texto alternativo automático disponível." class="spotlight" src="https://scontent.fpoa8-2.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/23172906_10207943280818884_1749126860920539729_n.jpg?oh=d13f1093cb06fcf3a9bd2e2e4e8c89e5&oe=5A9C2D1B" style="height: 360px; width: 457px;" /><br /><br />ZERO HORA 06/11/2017 <br /><br />Inspeção aponta falta de agentes e precariedade em postos de fronteira da PF no RS. Agentes federais percorreram 3,2 mil quilômetros durante cinco dias e visitaram 12 localidades onde estão situadas delegacias, postos avançados e Centros Unificados de Fronteira </b><br /><img src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/23689170.jpg?w=52" /><br /><br /><b>Humberto Trezzi</b><br /><br /><a href="mailto:?subject=Inspe%C3%A7%C3%A3o%20aponta%20falta%20de%20agentes%20e%20precariedade%20em%20postos%20de%20fronteira%20da%20PF%20no%20RS&body=https://gauchazh.clicrbs.com.br/seguranca/noticia/2017/11/inspecao-aponta-falta-de-agentes-e-precariedade-em-postos-de-fronteira-da-pf-no-rs-cj9oooysj05vq01og42xo9522.html"></a><br /><br /><img height="426" src="https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/23845520.jpg?w=700" width="640" />Prédio da corporação em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, é velho e apresenta problemas de manutençãoDivulgação / Policia Federal<br /><br /><br />O Rio Grande do Sul é o Estado brasileiro com o maior número de postos de fronteira da Polícia Federal, em decorrência de sua localização estratégica. Nem por isso é bem guarnecido. Inspeção realizada pela diretoria da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) recentemente evidenciou a precariedade de instalações da PF, sobretudo no território gaúcho fronteiriço com a Argentina e o Uruguai. Os agentes federais percorreram 3,2 mil quilômetros durante cinco dias e visitaram 12 localidades onde estão situadas delegacias, postos avançados e Centros Unificados de Fronteira (onde PF e Receita Federal de países fronteiriços atuam juntas). <br /><br /><br />A conclusão é de que o RS é uma região extremamente porosa às <a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/trafico-de-drogas/">toneladas de drogas </a>que abastecem o mercado interno e alimentam a indústria do narcotráfico, ao contrabando, com a entrada e saída clandestinas de mercadorias proibidas (que concorrem com a indústria nacional), ao descaminho de mercadorias (responsável por valor inestimável de sonegação de impostos), ao livre fluxo de <a href="https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/roubo-de-veiculos">carros roubados</a>, criminosos e foragidos de alta periculosidade e ao tráfico de animais silvestres.<br /><br /><br />— A fragilidade das fronteiras somente não é maior graças ao profissionalismo dos agentes, que se veem obrigados a se desdobrar para combater os crimes. Além das péssimas condições de trabalho, nas zonas fronteiriças também faltam boas condições de moradia, educação e saúde aos policiais federais e seus familiares — resume o presidente do Sindicato dos Policiais Federais/RS, Ubiratan Sanderson.<br /><br /><br />Sanderson foi um dos que realizaram a inspeção, junto com o presidente da Fenapef, Luis Antônio Boudens. Os dois responsabilizam a logística insuficiente na fronteira pelo ingresso de armamento que ajuda a explicar os 60 mil homicídios anuais ocorridos no Brasil, com aumento vertiginoso do poderio bélico dos criminosos.<br /><br /><br />A Fenapef representa hoje 15 mil policiais federais de todo o país. A direção da entidade pretende percorrer os 16 mil quilômetros de fronteira do Brasil com os países vizinhos. Já foram visitados, antes do RS, postos fronteiriços de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em território gaúcho, a inspeção não se limitou à fronteira. Foram visitadas unidades da PF em Pelotas, Rio Grande, Chuí, Jaguarão, Bagé, Aceguá, Santo Ângelo, Porto Xavier, São Borja, Uruguaiana, Quaraí e Santana do Livramento.<br /><img height="426" src="https://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/23845521.jpg?w=700" width="640" />No posto de Quaraí, na fronteira com Uruguai, carros passam praticamente sem fiscalizaçãoDivulgação / Policia Federal<br /><br /><br />A falta de pessoal é uma constante. Além disso, a Fenapef constatou muitas delegacias com instalações inapropriadas, não tendo sido construídas para aquela finalidade específica. É o caso da Delegacia de Pelotas e do Centro Unificado de Fronteira de São Borja, segundo os sindicalistas. No Posto de Migração do Chuí, o espaço disponível foi cedido pela Receita Federal, também responsável pelo serviço de vigilância e limpeza. O mesmo ocorre no Posto Avançado de Porto Xavier e na Aduana em Uruguaiana.<br /><br /><br />Problemas de manutenção de estrutura física das delegacias também foram constatados, com casos até de alagamentos das salas de trabalho. O mobiliário muitas vezes é impróprio. Em alguns casos a mobília existente foi doada pelo Sindicato dos Policiais Federais. As sedes das delegacias de Rio Grande, Uruguaiana e Pelotas estão deterioradas.<br /><br /><br />— Colocam em risco não apenas os policiais federais, como também os cidadãos que procuram os serviços da Polícia Federal — enfatiza Boudens.<br /><br /><br /><b>Plano Estratégico de Fronteira tem carências</b><br /><br /><br />Foram detectadas também deficiências dos equipamentos de comunicação, agravadas pela ausência de sinal de celular, um fator essencial que dificulta o trabalho e coloca os servidores plantonistas em risco, em casos mais urgentes. Os coletes balísticos são insuficientes para todos os servidores.<br /><br /><br />Boudens sugere que seja implementado, em sua totalidade, o Plano Estratégico de Fronteira. Ele prevê ampliação do número de servidores e criação de mecanismos de estímulo para que esses agentes policiais permaneçam nas fronteiras. Um desses projetos é a Indenização de Fronteira, criada pela Lei nº 12.855, de setembro de 2013, e pendente de regulamentação. Seria um auxílio financeiro aos agentes de postos fronteiriços.<br /><br /><br />Boudens considera fundamental também planos com atuações integradas no combate a crimes transnacionais nessas regiões fronteiriças. Elas abrangem 150 km de largura ao longo de 16.886 km de extensão terrestre. Envolvem 11 Estados, que têm limites com 10 países vizinhos (Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa).<br /><br /><br />Procurada, a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul não quis comentar a inspeção da Fenapef.<br /><br />Raio-X da PF no RS<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Porto Vera Cruz (fronteira com Argentina) - não há agente da PF no posto.<br /><br /><br />Porto Soberbo (fronteira com Argentina) - não há agente no posto.<br /><br /><br />Porto Xavier (fronteira com Argentina) - dois agentes, só de dia. À noite, fechado.<br /><br /><br />Porto Mauá (fronteira com Argentina) - dois agentes, só de dia. À noite, fechado.<br /><br /><br />São Borja (fronteira com Argentina) - no Centro Unificado de Fronteira (CUF, que mescla policiais brasileiros e argentinos), situado na cidade argentina de Santo Tomé, os agentes brasileiros trabalham desarmados e sem poder de polícia. A delegacia de PF, que poderia ser um possível reforço em caso de necessidade, está situada a uma distância de cerca de 10 km.<br /><br /><br />Uruguaiana (fronteira com Argentina) - os agentes são em número insuficiente (três) para atender aos milhares de turistas argentinos que adentram o país via Paso de Los Libres, com fluxo diário de até 30 mil pessoas na alta temporada. Trabalham 24 horas direto. Na cidade argentina são 15 os agentes da Gendarmeria.<br /><br /><br />Santo Ângelo - a delegacia tem hoje metade do efetivo existente há 15 anos (o total não foi revelado à imprensa).<br /><br /><br />Aceguá (fronteira com Uruguai) - o posto da PF, a 60 km de Bagé, está na iminência de ser fechado. Isso porque apenas um agente cuida do local, de dia, que possui cinco rotas de acesso ao Interior (uma BR e quatro rodovias vicinais). À noite, sem pessoal, o posto é fechado.<br /><br /><br />Chuí (fronteira com Uruguai) - apenas dois agentes em regime de plantão (24 horas, direto). <br /><br /><br />Jaguarão (fronteira com Uruguai) - apenas dois agentes em regime de plantão (24 horas, direto).<br /><br /><br />Quaraí (fronteira com Uruguai) - apenas dois agentes em regime de plantão diurno. À noite, sem pessoal, o posto é fechado. O fluxo de veículos e pessoas é praticamente livre para a cidade uruguaia de Artigas. Os plantonistas precisam emitir tarjetas de entrada e saída, emitir certidões de antecedentes criminais e confeccionar a carteira de estrangeiros.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-29871393559148977652017-07-28T07:11:00.001-07:002017-07-28T07:11:50.226-07:00A CORRIDA POR ARMAS PESADAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQmYiBGyAEoHaWX7rDFJPsUeU3fqqgnN6LJdna7EYLKA_e77U30sptujX637pyOi9rFM9tvLpw0WCi-1yyeraFh_HSF26QmDDlxSe6dArW9jPeLLxJa2wCQnkAYafXW3VbCiV4SWvzzAP8/s1600/armas-apreendidas-nas-acoes-policiais-no-rio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="615" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQmYiBGyAEoHaWX7rDFJPsUeU3fqqgnN6LJdna7EYLKA_e77U30sptujX637pyOi9rFM9tvLpw0WCi-1yyeraFh_HSF26QmDDlxSe6dArW9jPeLLxJa2wCQnkAYafXW3VbCiV4SWvzzAP8/s640/armas-apreendidas-nas-acoes-policiais-no-rio.jpg" width="640" /></a></div>
<b><br /><br /><br />HISTÓRIAS MAL CONTADAS<br /> <br /> <br /> </b><br />
<b><a href="http://carloswagner.jor.br/blog/author/wagner/">Carlos Wagner</a> <br /><br /><br />A corrida por armas pesadas pelas quadrilhas tornou o Brasil um grande comprador do mercado mundial ilegal de fuzis, munições e explosivos. </b><br /> <br /><br />A corrida por armas potentes para serem usadas na disputa por território e assaltos pelas organizações criminosas brasileiras colocou o Brasil em um lugar de destaque entre os países compradores no mercado ilegal de fuzis, munições e explosivos. A disputa é causada pelo crescimento e pelo aperfeiçoamento das quadrilhas, que é uma consequência do fracasso das políticas de segurança pública, consolidado nos últimos cinco anos. <br /><br />As principais armas pesadas usadas pelos quadrilheiros são estrangeiras e, a maioria, entra no país pelo Paraguai. Enfileirar números sobre armas ilegais é pintar um quadro irreal para o nosso leitor, chamo a atenção dos meus colegas repórteres, principalmente dos novatos. Mas podemos recomendar ao leitor uma olhada atenta aos relatos feitos sobre o uso de armas por criminosos nos noticiários e nas redes sociais, que estão disponíveis na internet. E também sugerir que conversem sobre o assunto com seus amigos e vizinhos. Dificilmente, alguém não foi vítima ou teve um conhecido que foi assaltado. Nós podemos ajudar o nosso leitor a entender os motivos pelos quais chegamos a essa situação, mostrando como relacionar fatos, que foram publicados de maneira isolada. Mas que, se unidos, eles mostram o caminho que percorremos até aqui, onde um chefe de quadrilha influencia muito mais na vida cotidiana das famílias do que o prefeito da cidade. <br /><br />Começamos no momento em que o estado brasileiro estava encurralando as quadrilhas. Foi de 1995 a 2011, quando as políticas brasileiras de segurança pública foram modernizadas e reorganizadas pelos governos dos presidentes da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB – SP) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT – SP). Aqui, é importante avaliar o seguinte. O bom desempenho do Brasil contra as organizações criminosas no período não pode ser atribuído apenas ao vigor da economia na época. Mas ele deve também ser analisado devido à presença forte do Estado em áreas de conflitos, por exemplo: em 2010, o senador paraguaio Robert Acevedo, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) sofreu um atentado à bala nas ruas de Pedro Juan Caballero, cidade do Paraguai separada do Brasil por uma avenida de Ponta Porã, no oeste do Mato Grosso do Sul. Dias depois do atentado, os então presidentes do Brasil, Lula, e do Paraguai, o bispo Fernando Lugo, se encontraram bem próximo ao local onde o senador foi ferido. <br /><br />Eu estava no encontro de Lula e Lugo e documentei os dois presidentes baterem forte nas organizações criminosas da região. O que acontecia lá? Acossados pela instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas favelas cariocas e pela presença maciça da Polícia Militar nas regiões de conflitos nas cidades paulistas, o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, fugiram para o Paraguai, onde consolidaram as suas operações. Na época, existia uma rede de troca de informações muito bem articulada entre as polícias brasileiras (Civil, Federal e Militar) com as Forças Armadas sobre tudo o que ocorria nas fronteiras do Brasil com os países vizinhos da América do Sul. Graças a essa rede de informações que as apreensões de drogas, armas e contrabando de cigarros da Polícia Rodoviária Federal (PRF) eram abundantes – os números podem ser encontrados na internet. <br /><br />Na primeira oportunidade que tiveram, as organizações criminosas voltaram. E a volta não deve ser atribuída apenas à atual crise econômica. Mas há problemas estruturais que não foram resolvidos, como é o caso do sistema penitenciário do Brasil, um dos mais eficientes formadores de soldados para o crime. Atualmente, as facções comandam das cadeias no país – há uma vastidão de informações nos noticiários e nas redes sociais na internet. Aqui, uma coisa importante: um livro-reportagem, “Fronteiras Abertas”, de Rafael Godoi, jornalista, e Sérgio de Castro, analista-tributário da Receita federal. O livro foi editado em 2010, pelo Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) e está disponível na internet. O trabalho é um documento que mostra a situação das carências de estrutura e pessoal nos postos das fronteiras. E o que poderia acontecer no futuro se os problemas não fossem resolvidos nas fronteiras com Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa. Os noticiários confirmam o que foi previsto. <br /><br />O livro recomenda que os planos de fronteira sejam feito em parceria entre os governos. Aliás, sobre parcerias, há vários estudos feito pelo Grupo Retis, formado por um prestigiado contingente de cientistas sociais do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como os governos não fizeram as parcerias, os criminosos as colocaram na prática. Hoje, os bandos que roubam carros no Brasil os trocam por armas e drogas no Paraguai, na Bolívia e na Colômbia. O PCC e o CV estão envolvidos em uma disputa para ocupar o lugar dos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que estão sendo desmobilizados devido ao acordo de paz com o governo. Uma das atividades dos guerrilheiros é a proteção dos cartéis de produção de cocaína. <br /><br />As organizações regionais, como Os Manos e os Bala na Cara, do Rio Grande do Sul, e a Família do Norte (FDN), do Amazonas, estão fazendo alianças com os atacadistas de maconha do Paraguai. Trocam droga por munição com grupos de varejistas de cocaína e maconha no Uruguai e na Argentina. Enquanto isso, um policial, para prender um bandido do outro lado da fronteira do seu país, precisa percorrer um imenso caminho burocrático. Ou contar com a colaboração pessoal de um colega. Hoje, a questão de segurança pública do Brasil tem como nó o sistema penitenciário. Aliás, eu recebi uma observação feita por um policial da fronteira do Mato Grosso do Sul, que diz o seguinte: <br /><br />– Agora que os bacanas indo para a cadeia, pode ser que eles resolvam o problema do sistema penitenciário em proveito próprio kkkkkkk. O que acha, Wagner? <br /><br />Respondi: <br /><br />– Tem lógica, né?<br />
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<b>COMENTÁRIO DO BENGOCHEA </b>- As armas de guerra são colocadas nas mãos dos bandidos devido às penas penas brandas aplicadas pela venda, compra, posse e uso de armas de calibre restrito e as adulteradas; pela porosidade das linha de fronteiras despoliciadas por onde passam as armas, munições e drogas que abastecem o crime dentro do Brasil. As ações de contenção na lei são permissivas; na justiça há muita lerdeza e leniência; na polícia federal há sobrecarga de trabalho e falta de efetivos para o patrulhamento e vigilância das linhas; a execução penal é irresponsável e tem soltado chefes de facções que hoje lideram o crime nas fronteiras; as forças armadas se limitam às operações midiáticas e sem a força do poder de polícia; e os governantes insistem em medidas paliativas usando policiais estaduais para cumprir missão específica federal. <br />
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<br /><br /><span class=""><a class=" UFICommentActorName" data-ft="{"tn":";"}" data-hovercard="/ajax/hovercard/hovercard.php?id=1802556999&extragetparams=%7B%22is_public%22%3Afalse%2C%22hc_location%22%3A%22ufi_admin%22%2C%22directed_target_id%22%3A%22202260723182584%22%7D" dir="ltr" href="https://www.facebook.com/albertoafonso.landacamargo?fref=ufi" id="js_e00">Alberto Afonso Landa Camargo</a></span> <span><span> <span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="UFICommentBody _1n4g"><span><span>- Não
só pelas penas brandas que as armas são colocadas nas mãos de
criminosos, mas também pelo descaso com as fronteiras, abertas e
abandonadas, onde deveriam estar a polícia federal e o exército, a
primeira por obrigação constitucional e o segundo por </span></span><span><span><span>obrigação prevista em decreto federal que lhe deu esta atribuição. </span><span>Estas
armas e munições que entram livremente pelas fronteiras abandonadas são
os instrumentos que matam policiais, em especial militares, e outras
pessoas inocentes. São as que expelem as "balas perdidas" que matam e
mutilam crianças indefesas. </span><span>Chama a atenção que
normalmente a culpa da criminalidade é atribuída à falta de
policiamento, mas ninguém lembra que a culpa é também de quem deveria
estar policiando as fronteiras e não está.</span></span></span></span></span></span></span><br /><br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-69983031025468969322017-06-03T05:35:00.000-07:002017-06-03T05:35:46.379-07:00ATACAR OS CRIMES DE FRONTEIRA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<img alt="Resultado de imagem para delegado Ricardo Andrade Saadi" src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/23355740.jpg?w=640" /></div>
<br /><b>ZERO HORA 03 de junho de 2017 | N° 18862</b><div>
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<b><br />ENTREVISTA: Delegado Federal RICARDO ANDRADE SAADI</b></div>
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<b><br />“Temos de atacar os crimes de fronteira”</b><br /><br /><br /><br />Combater lavagem de dinheiro é a baliza da bem-sucedida carreira do delegado Ricardo Andrade Saadi, novo superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Natural que o combate a esses e outros tipos de delitos de “colarinho branco” sejam sua prioridade na gestão, a primeira de sua carreira chefiando a PF num Estado.<br /><br />– O Rio Grande do Sul tem peculiaridades como o contrabando e o tráfico, por ser Estado de fronteira, mas vamos dar atenção especial aos crimes financeiros – adianta Saadi, que tomou posse na sexta-feira.<br /><br />Paulista, 41 anos, o delegado é formado em Direito e Economia e doutor em Direito Político e Econômico. Na sua tese, abordou a destinação dos bens apreendidos com criminosos e a necessidade de agilizar esse processo – inclusive dinheiro enviado à educação de presos –, antes que os objetos apodreçam sem uso.<br /><br />Saadi é da nova geração de policiais. Ingressou na PF, já como delegado, em 2002 e foi direto trabalhar contra crimes financeiros, em São Paulo, quando o superintendente era o gaúcho Leandro Daiello, hoje diretor-geral da PF. Fez curso no FBI (polícia federal dos EUA) e participou de episódios famosos: prendeu o dono do Banco Santos por lavagem de dinheiro, refez o inquérito da Operação Satiagraha (que capturou o banqueiro Daniel Dantas), investigou lavagem de dinheiro pelo traficante colombiano Juan Carlos Abadia (preso no Brasil e suspeito de mais de cem homicídios) e atuou na Lava-Jato. Nesse último e famoso caso, atuou como chefe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça, onde permaneceu até o início de 2017.<br /><br />Foi na convivência com policiais gaúchos, em São Paulo, que adquiriu o hábito de tomar chimarrão. E foi entre goles do amargo que recebeu Zero Hora para uma entrevista, realizada na quinta-feira em seu novo gabinete em Porto Alegre. Apesar do gosto pelo mate, não é gremista e nem colorado: é são-paulino, avisou, em meio a sorrisos dos assessores.<br /><br /><i>Veja os principais pontos abordados na conversa</i><br /><br /><b>LIÇÕES DA SATIAGRAHA</b><br /><br />“Convivi muito com o Protógenes Queiróz (delegado que prendeu o banqueiro Daniel Dantas por movimentação financeira oculta e, posteriormente, caiu em desgraça na PF – o policial foi condenado e hoje está foragido). Uma das lições daquele episódio é o de saber o momento certo de deflagrar uma operação e ter elementos concretos. Não se pode agir com pouquíssimas provas. Baseado apenas em um HD apreendido, por exemplo. Aprendemos muito com aquele inquérito, conseguimos coisas boas.”<br /><br /><b>RASTREAMENTO DE DINHEIRO SUJO</b><br /><br />“Antes dos anos 2000 não existia o Cadastro Único dos Correntistas do Banco Central. Quando precisava saber onde alguém tem conta, mandava um ofício para cada instituição financeira e esperava meses, por exemplo. Hoje, graças a convênios entre instituições de controle do sistema financeiro, consigo a informação na mesma hora. O mesmo acontece com a quebra de sigilo bancário: antes eu trabalhava numa sala recheada do chão ao teto por planilhas Excel com extratos de contas. Agora recebo isso online e, mediante determinados programas, identifico padrões de saque bancário do suspeito, remessas, etc. A PF, aliás, tem laboratórios técnicos de lavagem de dinheiro, um deles montado por iniciativa própria no RS e equipamentos comprados.”<br /><br /><b>COOPERAÇÃO INTERNACIONAL</b><br /><br />“A legislação determina que o dinheiro de lavagem só seja devolvido após trânsito em julgado (condenação do réu em última instância). Mas ocorreram duas mudanças, para melhor. A primeira é que, via colaboração premiada, delatores têm autorizado por escrito ao governo a devolução de dinheiro que eles mantêm no Exterior (Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, devolveu US$ 100 milhões mediante acordo). A outra é que os próprios países onde o dinheiro foi colocado têm aberto investigações contra os criminosos brasileiros que lá escondem o fruto do desvio da verba pública. É o caso de dinheiro desviado por um juiz durante a construção do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) paulista e da Operação Anaconda (venda de sentenças por parte de outro magistrado). A Suíça abriu processo contra os brasileiros envolvidos e devolveu parte do dinheiro lavado em seus bancos pelos criminosos, antes de os processos no Brasil serem finalizados. Isso foi impulsionado pela cooperação internacional, sobretudo após os atentados de 11 de Setembro de 2001 (em Nova York).”<br /><br /><b>META PARA O RS</b><br /><br />“Nosso objetivo é manter o ótimo trabalho que tem sido feito. O Estado tem peculiaridade de ter muitas fronteiras, então temos de atacar todos os crimes típicos de fronteira, como tráfico de drogas, tráfico de armas e contrabando, e dar atenção especial aos crimes de desvio de recurso públicos, crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. O Rio Grande do Sul foi o Estado que mais operações da PF teve em 2016: 71. Queremos manter a performance e, para isso, pedimos um estudo de efetivos policiais, para direcioná-lo aonde for melhor.”<br /><br /><b>LAVA-JATO NO RS</b><br /><br />“Está chegando em novo estágio em que os procedimentos estão sendo distribuídos a diversos Estados. O Rio Grande do Sul, assim como outros Estados, vai receber esses procedimentos. Nós temos uma equipe extremamente qualificada, que está pronta para resolver essas investigações da melhor forma possível.”<br /><br /><b>REFLEXOS DA LAVA-JATO PARA O PAÍS</b><br /><br />“Está sendo extremamente positiva. Tem demonstrado que as instituições brasileiras funcionam, a Polícia Federal, o Ministério Público, a Receita Federal e outras. As delações geraram uma demanda exponencial de investigações. E tem sido positivo para o país ver esse trabalho.”<br /><br /></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-37824937015569747752017-03-12T15:12:00.000-07:002017-03-12T15:12:06.387-07:00FRONTEIRA AMAZONICA VIRA PASSAGEM LIVRE DE DROGAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br /><img height="395" src="http://f.i.uol.com.br/fotografia/2017/03/10/674126-970x600-1.jpeg" width="640" /><br /><br /><br /><br /><b>FOLHA.COM - </b><b>Fronteira amazônica vira passagem livre de drogas com presença de facção</b></div>
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<b>FABIANO MAISONNAVE<br />ENVIADO ESPECIAL A TABATINGA (AM)12/03/2017 02h00</b><br /><br /><br /><br />O massacre de dezenas de presos protagonizado pela facção criminosa Família do Norte (FDN) em Manaus, no Ano-Novo, gerou uma onda de mortes e tensão em diversas penitenciárias do país.<br />Mas, na principal porta de entrada de cocaína para o Norte e Nordeste, o presídio local permaneceu quieto, sob controle dessa mesma facção.<br /><br />Em Tabatinga, cidade de 62 mil habitantes na tríplice fronteira com Peru e Colômbia, autoridades policiais e judiciais admitem que a FDN comanda tanto o presídio quanto o fluxo de drogas para o Brasil, um negócio que movimenta R$ 5,7 bilhões por ano, segundo estimativa do governo do Amazonas.<br /><br />"Se a Família do Norte, a única facção que domina aqui, decidir que precisa haver algum incidente em Tabatinga, esse incidente ocorrerá", afirmou a juíza estadual Danielle Monteiro, na cidade há um ano e cinco meses, durante um encontro para discutir a segurança pública com representantes militares, policiais e judiciais.<br /><br />A forte presença da FDN em Tabatinga, pelo menos desde 2014, é o mais novo capítulo de quase quatro décadas de narcotráfico na região, período em que se tornou a principal atividade econômica da fronteira.<br /><br /><br />A história começou no início dos anos 1980, quando a chamada região do Trapézio Amazônico se tornou um importante corredor da coca peruana à Colômbia (da era Pablo Escobar) para o refino e envio aos EUA.<br /><br />Em meados dos anos 2000, houve mudanças importantes. A Colômbia, com financiamento americano, conseguiu retomar o controle da maior parte do território, como a região fronteiriça, e reduzir a violência.<br /><br />No lado peruano, uma nova tecnologia permitiu o cultivo e o processamento da coca na umidade amazônica a partir de 2006. E o Brasil, antes de importância marginal, passou a ser o principal destino da droga produzida e transportada na região da tríplice fronteira.<br /><br />Apesar do desafio logístico -o acesso à tríplice fronteira se dá apenas por avião ou barco-, o narcotráfico se beneficia da economia informal, da intensa circulação de pessoas entre os três países, das diversa rotas fluviais disponíveis, da ausência do Estado no lado peruano e de grandes falhas de fiscalização no território brasileiro.<br /><br />Unida à colombiana Leticia pela fronteira seca, Tabatinga vive na informalidade. Sem Detran, cerca de 90% das 15 mil motos que circulam pela cidade não têm nenhum registro, segundo a Polícia Militar.<br /><br />Na Justiça estadual, tramitam em Tabatinga 2.752 processos criminais, com 751 condenações, em uma cidade em que o presídio tem capacidade para 108 pessoas.<br /><br /><b><br />INSUFICIÊNCIA</b><br /><br />Integrantes das equipes de segurança brasileiras na região da tríplice fronteira reconhecem sua insuficiência diante do aumento da criminalidade organizada.<br /><br />O principal posto de fiscalização fica em um trecho do rio Solimões a cerca de 40 km de Tabatinga. Trata-se de uma força multitarefa, com a presença permanente de 33 pessoas, entre PMs, soldados do Exército, policiais civis e agentes da PF, responsáveis pela coordenação.<br /><br />A principal tarefa ali é uma minuciosa inspeção em todos as embarcações que descem o rio na direção de Manaus. Mas a base, estática, é facilmente contornável pelos braços de rio ("furos"), principalmente na cheia.<br /><br />Além disso, a presença da base deslocou o narcotráfico para outros rios que vêm da Colômbia e do Peru, principalmente o Içá, hoje o principal corredor.<br /><br />No dia em que a reportagem da Folha visitou a base, a balsa do Exército, que deveria ficar na outra margem, estava anexada à da PF por falta de combustível para o gerador elétrico. Tampouco havia barcos blindados de patrulha: o único que a PF mantém na região estava parado havia um ano.<br /><br />"A gente teria de ter duas embarcações blindadas e um maior efetivo policial", disse o agente da PF Rosimar Sena, em entrevista na base Anzol. "São muitos 'furos', tem de dar sorte de estar passando na hora certa. Mas aqui se pega o mínimo de droga."<br /><br />Das 3,5 toneladas de cocaína apreendida pela PF no Amazonas no ano passado, 600 kg foram confiscadas na região de Tabatinga.<br /><br />"A base Anzol, para quem é do mundo criminoso, não deixa de ser motivo de piada", disse o comandante da PM em Tabatinga, Huoney Herlon Gomes. "É boa como presença do Estado, mas inócua como ação efetiva."</div>
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<br /> Editoria de arte/Folhapress <br /><img border="0" src="http://f.i.uol.com.br/folha/cotidiano/images/17069603.png" /><br /><br /><br /></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-31037790196982057562016-07-09T07:29:00.000-07:002016-07-09T07:29:03.813-07:00QUADRILHA FACILITAVA O CONTRABANDO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /><b><img alt="" class="irc_mut iuHt7c_LCWZE-HwpH6ZlgJaI" height="360" src="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ4yhS4ZqNL4NFUdeB_jBj4Y1Fx6MlpGMids676dYqZRG3Z7MaTyQ" style="margin-top: 17px;" width="475" /><br />ZERO HORA 09 de julho de 2016 | N° 18577</b><br /><br /><br /><br />Por decisão do ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a sentença condenatória de 2009 contra (...) Ishii, o Japonês da Federal, foi mantida, em despacho de março de 2016.<br /><br />Em 2003, a Operação Sucuri investigou uma quadrilha formada por agentes da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal que facilitavam o contrabando de produtos ilegais na fronteira do Paraguai com Foz do Iguaçu, no Paraná. Ishii estaria envolvido com a trama. Ele e outros dois agentes, diz o processo, teriam se omitido de fiscalizar veículos cujas placas eram informadas previamente por intermediários.<br /><br />Ishii já sofreu outro revés: em 14 de novembro de 2013, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que ele e outros nove servidores da PF retornassem à ativa. Eles haviam se aposentado com a contabilização indevida de tempo de serviço.<br /><br />Por ironia do destino, Ishii regressou ao trabalho em março de 2014, poucos dias antes da eclosão da primeira fase da Operação Lava-Jato.<br /><br /><b>QUATRO ANOS E DOIS MESES DE RECLUSÃO</b><br /><br />Pouco antes de o STJ manter a sentença de Ishii, ele já havia sido removido da tarefa de conduzir presos. A tornozeleira não permite que use os coturnos pretos da PF. Em tarefas administrativas, trabalha na superintendência das 8h às 18h, com obrigatoriedade de dormir em casa. Aos finais de semana, precisa ficar recolhido.<br /><br />Embora esteja mais longe das câmeras, não está se escondendo. Recentemente, prestigiou, em Curitiba, lançamento de livro sobre a LavaJato, de autoria do jornalista Vladimir Netto, onde encontrou Moro e investigadores. O Japonês da Federal foi um dos mais assediados.<br /><br />Advogado de Newton Ishii, Oswaldo Loureiro Junior informa que a sanção do seu cliente é de quatro anos e dois meses de reclusão em regime semiaberto. Com o expediente da progressão após o cumprimento de um sexto da penalidade, Loureiro acredita que Ishii estará no regime aberto em mais quatro meses e confirma que o cliente está próximo da aposentadoria.<br /><br /><br /><b><br />Fim de carreira nada glorioso para o Japonês da Federal<br /><a href="mailto:carlos.rollsing@zerohora.com.br"><br /></a>CARLOS ROLLSING</b><br /><br />FIGURA FAMOSA DA LAVA-JATO, o agente agora usa tornozeleira eletrônica e está prestes a se aposentar<br /><br />Segundo rosto mais popular da Operação Lava-Jato, o agente Ishii, ou simplesmente o Japonês da Federal, conheceu a fama ao conduzir, diante de câmeras, poderosos e bilionários presos. Agora, encaminha-se para um final de carreira menos glorioso.<br /><br />Depois de funcionar como uma das engrenagens de marketing da investigação mais rumorosa do país, Ishii teve condenação por corrupção e descaminho confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele usa tornozeleira eletrônica, foi restringido a serviços burocráticos e já não é mais visto ao lado de alvos da Lava-Jato, com seus cabelos grisalhos e óculos escuros de lentes grandes e design moderno. Colegas de Polícia Federal (PF) dizem que um dos símbolos da investida contra o crime que mudou o Brasil está a caminho da aposentadoria.<br /><br />A cada nova fase, surgiam mais personagens da corrupção na Petrobras. Invariavelmente, um agente de traços asiáticos fazia a condução dos detidos para exames no Instituto Médico Legal (IML) ou audiências na 13ª vara da Justiça Federal de Curitiba (PR), base do juiz Sergio Moro, o número 1 da Lava- Jato. De tanto ser visto na condição de representante da lei, com a custódia de corruptos e corruptores, Ishii passou a ser associado a princípios como ética, combate ao crime, fim da impunidade e justiça. Caiu no gosto popular e tornou- se garoto-propaganda da investigação.<br /><br /><b>ISHII SOUBE SE PROJETAR, DIZ CONSULTOR EM MARKETING</b><br /><br />Descrito como um sujeito simpático, Ishii virou fenômeno nacional, inspirou máscaras de Carnaval, bonecos de Olinda e passou a ser alvo de milhares de buscas na internet. No Google, basta escrever “Japonês” para, de imediato, vir a sugestão de complemento: “da Federal”.<br /><br />“Ai, meu Deus, me dei mal, bateu à minha porta o Japonês da Federal”, diz o refrão da marchinha composta em homenagem ao agente. Um filmete de menos de quatro minutos publicado no YouTube também faz referência em tons ficcionais. Nas imagens, o Japonês troca tiros e vence bandidos, explode o Congresso e protagoniza violentas cenas de ação, em uma mescla de Jackie Chan, Rambo e Matrix.<br /><br />Em 2004, no artigo Considerações sobre a Operação Mani Pulite, referência à investigação que desmantelou esquemas de corrupção na Itália, Sergio Moro já destacava a comunicação – e o marketing, de quebra – como um dos pilares para o sucesso de uma grande operação.<br /><br />Para o doutor em Direito e advogado criminalista Lúcio de Constantino, defensor de suspeitos na Lava-Jato, o Japonês funcionou como uma linguagem simplificada que despertou simpatia.<br /><br />– A figura do Japonês ingressa como um símbolo nas camadas mais populares e isso, de certa forma, foi um elemento pedagógico. Ele traz um conceito superficial para aquelas pessoas que não conseguem ter uma ideia mais complexa desse universo criado em torno da Lava-Jato – opina Constantino.<br /><br />Juliano Corbelini, consultor em marketing político, avalia que Ishii não está entre as chaves do sucesso de crítica da Lava-Jato. Ele entende que o agente virou um dos rostos da operação porque soube se projetar:<br /><br />– A exposição das prisões é parte da estratégia da Lava-Jato. Isso é perceptível. Aí, gerou essa janela de aparecer sempre a mesma figura fácil de ser reconhecida. Ele aproveitou a janela.<br /><br />Se Moro é a imagem maior da Justiça na Lava-Jato, Ishii ganhou fama por supostamente ser o executor das prisões de políticos, empreiteiros e operadores financeiros. Tanto que a marchinha de Carnaval e o filmete citam de forma atemorizadora que o Japonês da Federal “baterá à porta” de corruptos. Delegados e procuradores da República, os verdadeiros investigadores, ficaram em segundo plano no imaginário popular. Isso, garantem, não chegou a causar ciumeira, mas houve reações desgostosas.<br /><br />O Japonês jamais cumpriu mandado de prisão da Lava-Jato. Nunca bateu à porta dos suspeitos. Lotado no setor operacional da superintendência da PF em Curitiba, seu papel era conduzir os presos à Justiça e ao IML, ocasião em que fotógrafos e cinegrafistas conseguiam se aproximar para fazer as melhores imagens.<br /><br />– Não nos surpreendeu (a condenação no STJ). Ele foi condenado pela investigação que nós mesmos fizemos em 2003. Mas deve ter surpreendido o povo que vê nele a imagem de alguém da Lava-Jato, quando, na verdade, nunca participou de qualquer ato da investigação – diz um delegado que atua no caso.<br /><br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-84962600744410054422016-01-10T05:45:00.003-08:002016-01-10T05:45:38.322-08:00PAÍS É ENTREGUE AO CRIME<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<img src="http://multimidia.correiodopovo.com.br/thumb.aspx?Caminho=multimidia/2016/01/09/380965.JPG&Tamanho=617" /></div>
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<br /><b>CORREIO DO POVO 09/01/2016 20:52</b><br /><b><br /><br />Cíntia Marchi</b><br /> <br /><br /><b>"Sem presença do Estado, país é entregue ao crime", avisa Sindireceita. Equipe registrou abandono das aduanas em Porto Soberbo, Porto Vera Cruz e Porto Lucena</b><br /><br /><br /><br />Três de cinco pontos aduaneiros no Noroeste gaúcho, divisa com a Argentina, encontram-se fechados. A denúncia é feita pelo Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (Sindireceita) que, em novembro passado, percorreu toda a região para identificar as deficiências dos postos localizados na fronteira. A avaliação é negativa, na opinião do diretor de Assuntos Aduaneiros do Sindireceita, o analista-tributário Moisés Boaventura Hoyos. “Enquanto não dermos valor à proteção das fronteiras, vamos ficar nos perguntando de onde vêm as armas, os produtos piratas, as drogas”, diz.<br /><br />Em 2014, no RS, foram apreendidas 7,9 mil armas de fogo e 8,5 toneladas de drogas, segundo dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública. “Sem a presença do Estado nas fronteiras, entregamos nosso país ao crime organizado”, considera Hoyos. A equipe do Sindireceita percorreu mais de 1,7 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais e estradas de terra e navegou trechos do rio Uruguai, em cinco dias de visitas técnicas. Registrou abandono pela Receita Federal das aduanas em Porto Soberbo, Porto Vera Cruz e Porto Lucena. “Notamos que as estradas e a mobilidade próximo a estes postos melhoraram muito, mas, em contrapartida, a Receita saiu de lá. Enquanto se melhorou o acesso, o controle deixou de existir.”<br /><br />Em Porto Mauá e Porto Xavier, o Sindireceita encontrou as estruturas em funcionamento e registrou incremento de equipamentos em relação à última vistoria em 2010. Nos dois postos aduaneiros abertos trabalham dez analistas-tributários (três em Porto Mauá e sete em Porto Xavier) e cinco auditores-fiscais (um em Porto Mauá e quatro em Porto Xavier). Os servidores atuam em horário comercial e em esquema diferenciado nos finais de semana e feriados. <br /><br />Onde não há mais a presença da Receita, Hoyos conta que foram flagrados vários locais de atracação de barcos ao longo do rio Uruguai, o que indica que a passagem de mercadorias e pessoas de um ponto a outro ocorre livremente, sem obstáculos de fiscalização. Segundo relatório do Sindireceita, nestes locais existem apenas balsas que recolhem taxas pelo uso do transporte. “Ficamos pouco mais de uma hora em Porto Soberbo, onde tem a balsa. Por ali, entraram e saíram do Brasil cerca de 60 carros. Mesmo que o fluxo seja pequeno, tem que haver um controle”, defende o analista.<br /><br /><br /><b>Receita: pontos não fazem o controle</b><br /><br />O superintendente da Receita Federal do Brasil no RS, Paulo Renato Silva da Paz, diz que os três pontos aduaneiros – Porto Soberbo, Porto Vera Cruz e Porto Lucena – nunca foram recintos alfandegados da Receita Federal. Ele explica que servidores cumpriam horários nestes locais, mas que o sistema acabava não tendo efetividade. “Estes pontos nunca permitiram fazer o controle de contrabando e descaminhos, até porque o contrabandista nunca vai passar por uma balsa sabendo que vai enfrentar fiscalização na chegada ao ponto aduaneiro.”<br /><br />Segundo Paz, a repressão da entrada de bens ilícitos deve ser feita por meio de investigação, já que nos postos alfandegados o trabalho dos servidores é dedicado mais à exportação, importação, entrada e saída de pessoas. O superintendente acrescenta que o tamanho da fronteira seca do Brasil – quase 17 mil quilômetros – e o número insuficiente de servidores dificultam a investigação e fiscalização. “É muito difícil impedir que haja ingresso de mercadorias ilícitas, porque existe uma série de atracadouros clandestinos que fogem ao nosso controle.”<br /><br />De janeiro a novembro de 2015, foram apreendidos no Estado 10 milhões de maços de cigarros contrabandeados, um dos itens mais apreendidos pela Receita. O valor, que já alcança R$ 44 milhões, supera os R$ 42 milhões registrados em 2014. Conforme Paz, 351 servidores da Receita Federal trabalham nas seguintes unidades: Bagé (24), Barra do Quaraí (3), Chuí (42), Itaqui (7), Jaguarão (28), Porto Mauá (5), Porto Xavier (10), Quaraí (10), Santana do Livramento (59), São Borja (32), Três Passos (7) e Uruguaiana (124).</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-4393321691204742612015-12-30T03:38:00.002-08:002015-12-30T03:50:24.596-08:00A POLÍCIA DE FRONTEIRAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgapx8-rWjoO1mbYAXCWpXfjHDxPV2XcBS6mcwKdaFSgPwwt09xvqKYdZAM93ztHAZfYvkvW3PMHnP95VkSt1HxQXy0VjjNeAVIS8-McsZ6J9XoO72w3c4GUwu3Q6zHEI7zKEQIq3qqXXzn/s1600/prf+abandono+das+fronteiras3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgapx8-rWjoO1mbYAXCWpXfjHDxPV2XcBS6mcwKdaFSgPwwt09xvqKYdZAM93ztHAZfYvkvW3PMHnP95VkSt1HxQXy0VjjNeAVIS8-McsZ6J9XoO72w3c4GUwu3Q6zHEI7zKEQIq3qqXXzn/s640/prf+abandono+das+fronteiras3.jpg" width="640" /></a></div>
<b><br /><br />ZERO HORA 30 de dezembro de 2015 | N° 18400<br /><br /><br /><br />JOSÉ FRANCISCO MALLMANN*</b><br />
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Antes mesmo do 11 de Setembro, veio a necessidade da criação do cargo de Agente de Policiamento Preventivo Federal (APPF), na carreira policial federal, de nível médio, um segmento uniformizado, para 6 mil vagas, destinado aos encargos da Polícia Federal dispostos no artigo 144, §1º, inciso III, da Constituição Federal: “Exercer as funções de polícia Marítima, Aeroportuária e de Fronteiras”.<br />
<br />
Essas funções constitucionais, em especial a Polícia de Fronteiras, devem ser exercidas de forma permanente e com a presença de efetivo específico e especializado.<br />
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A vigilância ineficiente nos 16 mil quilômetros de fronteira seca do Brasil favorece o tráfico de drogas, armas de fogo, munições, o contrabando e o descaminho, o homiziamento e saída de criminosos e de estrangeiros ilegais, bem como outros crimes conexos.<br />
<br />
Ora, são catastróficas as drogas ilícitas não estancadas no atacado, pois ingressando pelas fronteiras chegam às cidades e ocorre sua pulverização, tornando a venda a granel. Daí os combates viram de esquina em esquina, dificultando as apreensões e prisões, e a sociedade sofre com a consequência. É o preço daquela internação!<br />
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Com iniciativa da Direção- Geral da Polícia Federal, foi editada a Medida Provisória 051/2002, advindo a denominação de “Guarda de Polícia Federal”, sendo a proposta combatida, visto do conceito de Polícia Federal fardada e um possível retrocesso do nível superior.<br />
<br />
A propositura não foi bem esclarecida, gerando um equívoco a repulsa! Ora, investigar não é fiscalizar. Polícia judiciária é função investigativa, complexa pela persecução criminal, essencial à justiça. Polícia administrativa é preventiva, fiscalizatória e ostensiva, com atuação de campo definido. São funções relevantes ao contexto, merecedoras de dignas remunerações, cuja paridade é reflexão de Estado.<br />
<br />
Um exemplo de hoje é a função aeroportuária, que está terceirizada, sendo apenas supervisionada por alguns policiais federais.<br />
<br />
Nestes tempos midiáticos, vemos hoje a Polícia Federal operacionalizada com uniforme, e até boneco do “japonês da Federal” será confeccionado para o Carnaval de Olinda!<br />
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É indispensável a retomada imediata da estratégia então pretendida, especialmente para fortalecer a vigília na linha fronteiriça e implantar a Polícia de Fronteiras.<br />
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Foi uma lástima a rejeição da MP nº 051/2002.<br />
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<b><i>Delegado de Polícia Federal, ex-secretário de Segurança Pública do Estado*</i></b><br />
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<b><br />COMENTÁRIO DO BENGOCHEA</b> - Parabenizo o Del Malmann por defender a criação da Polícia Nacional de Fronteiras, necessidade já apontada há muito tempo por nós neste blog específico e nos grupos sociais. Mas não pode ser uma polícia dentro da Polícia Federal que, na minha opinião, deve se manter enxuta atuando nos crimes federais e internacionais. A Polícia de Fronteira deve ser um departamento com a missão de executar o patrulhamento, a permanência, o controle e a vigilância ao longo das linhas de fronteira com ação de presença e continuidade do policiamento ostensivo. Chega de abandono.<br /><br /><img src="https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xfa1/v/t1.0-9/768_10203792947223138_3245228191965981213_n.jpg?oh=71a0e6858e4b297f8f78ff185ff86274&oe=571B628B&__gda__=1459455276_6f51a9f459dcfe302ecf5dd36fe1bddf" /><br />Quanto maior for a estrutura da Polícia Federal menor será a eficiência, o controle e os benefícios salariais. Por isto defendo uma Polícia Federal enxuta, forte, independente e com autonomia orçamentária e operacional, vinculada a um sistema de justiça criminal.<br />
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<img src="https://scontent-gru2-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xft1/v/t1.0-9/1604474_10203792946103110_3095826975107059192_n.jpg?oh=7eebc3e46a055f735f66903c6b8b13fd&oe=570B6152" /><br />
A minha tese é criar a Polícia de Fronteiras transformando a polícia rodoviária federal que já tem experiência nesta área e poderia ser remanejada e especializada para esta missão, deixando as rodovias a cargo das polícias estaduais, resgatando assim a autonomia federativa prevista na constituição federal.</div>
Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-31711155702320520112015-10-14T05:35:00.001-07:002015-10-14T05:35:16.872-07:00SIMULAÇÃO DA GLOBO NA FRONTEIRA É REPUDIADA PELA PM <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
FOLHAMAX, CUIABÁ, Terça-Feira, 13 de Outubro de 2015, 17h:23 | A<br /><br /><b>FLAGRANTE NA FRONTEIRA </b><br /><br /><b>MPF entrega reportagem da Globo em MT; policiais detonam emissora <br /><br /> Da Redação </b><br /><img src="http://www.folhamax.com.br//storage/webdisco/2015/10/13/395x253/41848a545987252e5bf43d91aa4f1d3f.jpg" /> <br /><br /> <br />O Ministério Público Federal (MPF), ao ser informado pela direção da TV Centro América sobre a reportagem em que uma equipe de jornalismo simularia atravessar a fronteira da Bolívia com Mato Grosso transportando uma substância semelhante a cocaína (pó de gesso), comunicou tanto o Gefron (Grupo Especial de Fronteira), quanto a Polícia Federal sobre o fato. De acordo com uma nota emitida pelo MPF, o órgão não tem o poder de autorizar a realização de uma matéria que envolve risco e, por questões de transparência, fez um informe explicando o teor da reportagem ao Gefron e a Polícia Federal. “O mesmo dever de transparência com as instituições da Polícia Federal e com o Gefron levou o MPF a comunicar à TV Centro América, ainda na tarde de sexta-feira, que a força policial tinha conhecimento da pauta”, diz trecho da nota.. <br /><br />Com conhecimento do fato, os policiais da fronteira fizeram a abordagem dos dois veículos da emissora afiliada e deram voz de prisão aos quatro profissionais que faziam a reportagem. No porta malas de um dos carros haviam 169 invólucros de pó de gesso. <br /><br />A equipe de reportagem foi encaminhada junto com o material apreendido até a Polícia Federal, onde não foi constatada a presença de drogas. Os jornalistas foram liberados após prestarem depoimento e um inquérito policial vai ser instaurado para apurar o fato. “O Ministério Público Federal reconhece a importância da investigação jornalística para levar ao conhecimento público os problemas de nossa sociedade e em sua relação com a Imprensa atua dentro dos limites da legalidade e com base na transparência dessa relação”, afirma. <br /><br /><b>CRÍTICAS A GLOBO </b><br /><br />Entidades ligadas a carreira da Polícia Militar também emitiram nota repudiando a atitude da emissora. Segundo os policiais, uma reportagem da produzida pela emissora pouco contribui para erradicar o tráfico na fronteira e acaba incentivando a prática criminosa. “Acreditamos que este não é o papel de jornalistas responsáveis e de uma imprensa comprometida com a Segurança Pública”, diz a nota. <br /><br />Eles ainda cobraram que a emissora realize uma matéria enaltecendo o trabalho dos policiais do Gefron. “Não se pode admitir que o erro agora cometido vá calar a constatação da eficiência policial diante dos bandidos de fato e dos bandidos de araque que, igualmente, nos ameaçam”, completa. <br /><br /> <br /><br /><b>NOTA DO MPF </b><br /><br /><i>O Ministério Público Federal comunica que a instituição foi consultada pela TV Centro América, na sexta-feira (09/10), a respeito do interesse do veículo de comunicação em fazer a travessia da fronteira entre Brasil e Bolívia, no oeste de Mato Grosso, simulando o transporte de droga. <br /><br />O MPF informou à TV Centro América, em duas ocasiões, que não tem atribuição de autorizar ou avalizar a realização da matéria jornalística. E, na obrigação da transparência com as instituições que fazem a segurança na fronteira, o MPF comunicou a Polícia Federal. <br /><br />O mesmo dever de transparência com as instituições da Polícia Federal e com o Gefron levou o MPF a comunicar à TV Centro América, ainda na tarde de sexta-feira 09/10, que a força policial tinha conhecimento da pauta. <br /><br />O Ministério Público Federal reconhece a importância da investigação jornalística para levar ao conhecimento público os problemas de nossa sociedade e em sua relação com a Imprensa atua dentro dos limites da legalidade e com base na transparência dessa relação. </i><br /> <br /><br /><b>NOTA DA ASSOF </b><br /><br /><i>Neste final de semana os sites jornalísticos de Mato Grosso noticiaram a prisão pelo Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), compostos por agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil de Mato Grosso, de uma equipe de jornalistas da Rede Globo de Televisão, que tentava adentrar ao Brasil, através de estrada vicinal na fronteira com a Bolívia, com um veículo recheado de pacotes com um pó branco muito parecido com a cocaína. <br /><br />No momento da abordagem os policiais militares encontraram mais de vinte pacotes embrulhados e revestidos do mesmo jeito que os traficantes, que circulam na região de fronteira, fazem no dia-a-dia. Não pensaram duas vezes e deram voz de prisão aos jornalistas que foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal, localizada na cidade de Cáceres, para as providências legalmente prescritas. <br /><br />Durante o trajeto, o repórter Alex Barbosa, que compõe a equipe nacional de reportagem da Rede Globo de Televisão e tem merecido figuração de destaque no Jornal Nacional, tentando se eximir das suas responsabilidades, passou a informar que tudo não passava de uma simulação pensada pela Globo, para demonstrar a fragilidade da região de fronteira e que os pacotes com o pó branco apreendidos não passavam de gesso em pó. <br /><br />Independente da alegação do jornalista, a guarnição dos policiais militares do GEFRON, agiu de maneira irrepreensível e profissional, prosseguindo com suas atribuições e encaminhando a equipe de reportagem que, confessadamente, procurava se passar por traficantes, para a Polícia Federal, a fim de realização do exame preliminar de constatação de substância entorpecente. <br /><br />O ocorrido levanta alguns questionamentos em relação a conduta dos jornalistas, como por exemplo: <br /><br />- É correto o jornalista se envolver numa reportagem a ponto de simular uma prática criminosa? <br /><br />- A reportagem como estava sendo feita pela equipe de jornalistas da Rede Globo de Televisão, ao invés de alertar as autoridades para as deficiências, não estaria incentivando a prática criminosa? <br /><br />Essas argumentações são feitas porque não é segredo para ninguém, inclusive para os jornalistas, que as deficiências da região de fronteira Brasil/Bolívia são incomensuráveis face à vastidão territorial e desproporção do efetivo policial destinado ao local. <br /><br />No entanto, dilema fundamental ronda a atuação jornalística em discussão, uma vez que o foco informativo das dificuldades estruturais dos órgãos que atuam na fronteira foi substituído por uma tentativa de desacreditar os órgãos policiais, com pretenso “desvio” de conduta que, em tese, não seria descoberto, servindo como ensinamento e incentivo para práticas ilícitas. <br /><br />A Constituição Federa, no artigo 21, XXII, é clara e define como responsabilidade da União executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e defronteira. Apesar dessa previsão legal, o Estado de Mato Grosso, sabendo da influência da fronteira na vida das pessoas nas grandes cidades, não se eximiu da responsabilidade e criou, em 2002, o Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), organismo policial referência de atuação no País e fora dele, e que, há mais de dez anos, vem orgulhando a Polícia Militar Mato-grossense pela seriedade, firmeza de propósito e atuação. <br /><br />Diante de todo o ocorrido, as Associações representativas de classe dos Oficiais (ASSOF), dos Subtenentes e Sargentos (ASSOADE) e dos Cabos e Soldados (ACS) da Polícia Militar de Mato Grosso, vem a público repudiar a reportagem irresponsável e descomprometida que os jornalistas da Rede Globo de Televisão tentaram realizar na região de fronteira do Estado de Mato Grosso com a Bolívia. <br /><br />Acreditamos que esse não é o papel de jornalistas responsáveis e de uma imprensa comprometida com a melhoria da Segurança Pública, e que essas práticas colocam em xeque o trabalho que a Rede Globo de Televisão, através do seu repórter de rede e também de sua afiliada, a TV Centro América, realiza no Estado de Mato Grosso, informando e dando publicidade aos fatos ocorridos em nosso cotidiano. <br /><br />Ainda mais quando esta atitude que hoje nos revolta, adotada pelo jornalista Alex Barbosa e por sua equipe, confronta um dos “Princípios Editoriais do Grupo Globo”, assinado pelos seus dirigentes, os Srs. Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, e divulgado com destaque no site da emissora, nos seguintes termos: <br /><br />“u) Os jornalistas do Grupo Globo agirão sempre dentro da Lei, procurando adaptar seus métodos de apuração ao arcabouço jurídico do País. Como o interesse público deve vir sempre em primeiro lugar, buscarão o auxílio de especialistas para que não sejam vítimas de interpretações superficiais da Legislação” (negritamos) in http://estatico.redeglobo.globo.com/2014/PRINCIIPIOS-EDITORIAIS-DO-GRUPO-GLOBO.pdf <br /><br />A Segurança Pública não precisa de mais ingredientes que venham apimentar esse caldeirão de sensação de insegurança vivenciada pelos cidadãos, em Mato Grosso e no Brasil. Precisamos, sim, de parceiros que orientem e divulguem ações proativas e que, de fato, prestem um serviço efetivo e de utilidade pública. <br /><br />Por essa razão, esperamos que a prisão do repórter Alex Barbosa e demais funcionários da Rede Globo, por agentes policiais que cumpriram fielmente com suas responsabilidades, mereça matéria de destaque, em breve, no noticiário da emissora, em caráter nacional. Não se pode admitir que o erro agora cometido vá calar a constatação da eficiência policial diante dos bandidos de fato e dos bandidos de araque que, igualmente, nos ameaçam. <br /><br />Cuiabá (MT), 13 de outubro de 2015. <br /><br />Tenente Coronel PM Wanderson Nunes de Siqueira Presidente da ASSOF <br /><br />Subtenente PM Luciano Esteves Presidente da ASSOADE <br /><br />Cabo PM Adão Martins Presidente da ACS<br /><br /><br /></i><img height="450" src="http://www.folhamax.com.br/storage/webdisco/2015/10/12/1024x656/13a2452726d156748472a3ba96dab843.jpg" width="600" /><br /><img height="450" src="http://www.folhamax.com.br/storage/webdisco/2015/10/12/1024x656/7b0c44e08494cb13f08a0b0f26e6192d.jpg" width="599.219765929779" /><br />
<img height="450" src="http://www.folhamax.com.br/storage/webdisco/2015/10/13/1024x656/0fb79a263f75961646e2589a93c4c17c.jpg" width="598.4415584415584" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-44801586305880957912015-07-30T06:47:00.003-07:002015-07-30T06:51:11.562-07:00FRONTEIRAS VIGIADAS SÃO ESTRATÉGIA FUNDAMENTAL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx5bXI5uOTQeZcsLNdFOJmlT_yEh5kUYh5IQBQHz4ntRzZaUnNKL08P6fuD_FuvmfRGSfiE-zHJ2UmhUFWu85w7IGF2wpnemxSSNhfyfoE15U-Nsu_dLO_OfN0VxUbs0V7QkNP8wafxrkE/s1600/ffaa+op+agata+fronteiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx5bXI5uOTQeZcsLNdFOJmlT_yEh5kUYh5IQBQHz4ntRzZaUnNKL08P6fuD_FuvmfRGSfiE-zHJ2UmhUFWu85w7IGF2wpnemxSSNhfyfoE15U-Nsu_dLO_OfN0VxUbs0V7QkNP8wafxrkE/s640/ffaa+op+agata+fronteiras.jpg" width="640" /></a></div>
<b><br /><br />JORNAL DO COMÉRCIO 30/07/2015 <br /><br /> <br />EDITORIAL</b><br />
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Há um consenso generalizado de que a violência aumentou demais no Brasil, apesar dos avanços significativos no combate à exclusão social. As classes D e E estão em uma situação de emprego e poder aquisitivo como pouco observada - se é que foi - no passado. No entanto, muitos especialistas dizem que a violência é consequência do uso indiscriminado, e em todas as camadas sociais, das drogas e seus efeitos danosos à saúde e que, geralmente, levam à prática desde pequenos delitos até frios assassinatos.<br />
<br />
No entanto, combater apenas o consumo está claro que é um modelo falido. É imperioso evitar a chegada do mal, das drogas, das armas e do tráfico de veículos furtados ou roubados - a moeda de troca com a cocaína, principalmente. Por isso, é importante que o governo federal tenha implantado o Plano Estratégico de Fronteiras, trabalho conjunto dos ministérios da Justiça e da Defesa. Hoje, o Exército está atuando, junto com a Polícia Federal, nos pontos de controle das nossas fronteiras. Mas também rodovias, rios e descampados isolados devem ter monitoramento, inclusive por satélites. A Marinha e a Força Aérea, com efetivos menores, porém recursos de longo alcance, também estão presentes. Esse trabalho é uma antiga reivindicação da população, que vê entrarem no País, além de armas e drogas, muito contrabando, inclusive de medicamentos.<br />
<br />
Daí a importância da 9ª edição da Operação Ágata. O objetivo é reduzir a ocorrência de crimes fronteiriços e transnacionais na faixa de fronteira terrestre e aumentar a presença do Estado na região. A operação Ágata envolve 25 mil militares distribuídos nos 16.886 quilômetros de fronteira que o Brasil compartilha com nove países sul-americanos, além da Guiana Francesa. Os militares focarão os esforços no combate a atividades como narcotráfico, contrabando, tráfico de armas e munição, crimes ambientais, contrabando de veículos, imigração ilegal, conflitos indígenas e mineração ilegal. A operação também levará assistência médica às muitas comunidades carentes.<br />
<br />
Trata-se de algo estratégico e que não pode apenas ser feito em função de eventos esportivos, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014 ou nos Jogos Olímpicos de 2016. O Brasil tem que bloquear as suas extensas fronteiras pelas quais entra tudo o que não queremos. E o Rio Grande do Sul deixou de arrecadar R$ 500 milhões em ICMS por conta dos ilícitos na fronteira.<br />
<br />
Todos os países que fazem fronteira com o Brasil foram alertados da operação e solicitada a total cooperação, o que é fundamental para o êxito da empreitada. A integração com os países vizinhos e a troca de informações são importantes para que a operação surta efeito. Neste caso, muito além do Mercosul, a integração é fundamental.<br />
<br />
As nossas fronteiras não podem servir para dar proteção ao crime, mas ser usadas para combatê-lo. Apesar de algumas críticas ao emprego das Forças Armadas neste trabalho, a rigor, típico das polícias, ele também servirá para o adestramento dos efetivos da Marinha, Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB). É que, para colhermos uma verdade, às vezes tropeçamos em uma centena de erros.<br />
<br />
Espera-se que o reforço militar, com o rodízio, consiga minorar bastante estes dois flagelos, contrabando de mercadorias as mais diversas e a chegada de drogas em quantidades tais que surpreendem mesmo os policiais mais experientes. Além de armas, é claro. Em época de crise, o crime ganha muitos adeptos, com pouca estrutura de caráter.<br />
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<b><br />COMENTÁRIO DO BENGOCHEA</b> - O "Plano Estratégico de Fronteiras, trabalho conjunto dos ministérios da Justiça e da Defesa" com o Exército atuando, junto com a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícias Estaduais ao longo das nossas fronteiras", nada mais é do que uma medida pontual, superficial e incapaz de garantir a continuidade da segurança e das medidas preventivas e repressivas contra o crime nas fronteiras. Serve apenas como adestramento das tropas militares. Falta ao Brasil uma polícia de fronteira, especializada, treinada, organizada e estruturada para executar o patrulhamento permanente ao longo das fronteiras do Brasil, tendo o apoio das forças militares, das polícia estaduais e de uma polícia federal enxuta, forte, autônoma, independente e desvinculada do jugo partidário imposto pelo Ministério da Justiça. Está na hora do Brasil tratar com seriedade as fronteiras, hoje abertas ao tráfico de armas, drogas, animais, pessoas, artes, carros e valores.</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-90988127947680189732015-04-17T11:35:00.001-07:002015-04-17T11:35:05.176-07:00POLICÍAS TRAFICARON 300 ARMAS A MAFIAS DE BRASIL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="title">
<h1 id="m41-1-42">
<span style="font-size: small;">EL PAÍS vie abr 17 2015 <br /><br />EDUARDO BARRENECHE<b><br /></b><br />Unas 300 armas automáticas fueron traficadas a organizaciones criminales de Brasil por policías de Rivera. Las pistolas 9 milímetros y fusiles ametralladora eran adquiridas en armerías en forma legal y luego contrabandeadas hacia Brasil por Rivera. El destino de las mismas era Porto Alegre. <br /> <br /> <br /><img src="http://www.elpais.com.uy/files/article_main/uploads/2015/04/16/5530656a36f3f.jpg" /> <br />Policía Federal cree que armas traficadas fueron comparadas por el "Comando vermelo" </span></h1>
</div>
<br />En Brasil, las armas se pagaban hasta un 300% más de su valor en el mercado negro, señalaron a El País fuentes del caso. <br /><br />Las bandas que adquirían las pistolas y fusiles —se sospecha que una de ellas es el poderoso grupo narco Comando Vermelho— las utilizaban luego en hechos delictivos como tráfico de drogas y asesinatos. <br /><br />En la mañana del martes 14, equipos de la Dirección Nacional de Información e Inteligencia Policial (Dniip) detuvieron a tres policías subalternos y a un comerciante en Rivera. El procedimiento fue apoyado por personal de la Dirección General de Represión del Tráfico Ilícito de Drogas (Dgrtid). <br /><br />A pedido del fiscal Gilberto Rodríguez, el juez especializado Néstor Valetti procesó ayer con prisión a dos agentes por un delito continuado de tráfico internacional de armas a título de dolo eventual. El comerciante y otro policía quedaron en libertad. <br /><br />Ayer, por la tarde, un expolicía de Artigas fue detenido por personal de la Dirección Nacional de Inteligencia y trasladado hacia la sede del juez Valetti. <br />Estricto control. <br /><br />Durante las investigaciones, la Policía uruguaya detectó que los policías remitidos traficaron a Brasil unas 300 armas nuevas entre 2013, 2014 y lo que va de 2015. <br /><br />En Brasil el control de venta de armamento es muy estricto, lo cual obliga a los grupos narcos a contrabandear pistolas y rifles desde Uruguay y Paraguay. <br /><br />Esta es la primera investigación judicial con la nueva ley de tenencia y tráfico de armas que fue aprobada por el Parlamento en agosto de 2014. Sin embargo, este no es la primer caso de tráfico de pistolas automáticas que involucra a policías. <br /><br />El 5 de junio de 2012, el Ministerio del Interior presentó una denuncia penal por la desaparición de armas y municiones de la Jefatura de Treinta y Tres. La investigación incluyó a varios jerarcas de esa repartición. <br /><br />La denuncia ministerial se originó luego que la Policía de Brasil detuviera a un narcotraficante que poseía armas originarias de la Jefatura de Treinta y Tres. <br /><br />La jueza de ese departamento, Ada Siré y la fiscal Sandra Fleitas iniciaron una investigación judicial apoyados por personal de la Dirección de Inteligencia. La indagatoria probó que las armas sustraídas de la Jefatura de Treinta sumaban más de 200 y son, en su mayoría, pistolas Glock y Browning. El precio de esas armas en el mercado negro superaría los US$ 300.000. <br /><br />En noviembre de 2012, la fiscal Fleitas, pidió a la jueza Siré los procesamientos de siete policías y tres civiles a quienes responsabilizó por irregularidades descubiertas en el marco de una indagatoria respecto al faltante de las armas. <br /><br />Siré procesó sin prisión únicamente a un policía que fue acusado por autorizar salidas transitorias de presos de la cárcel departamental sin permiso judicial. La fiscal Fleitas apeló la negativa de la magistrada de dictar los restantes nueve enjuiciamientos y por esa razón el expediente pasó a estudio del Tribunal de Apelaciones Penal de 1° Turno. <br /><br />Hasta el momento nadie resultó procesado por el faltante de las pistolas de la Jefatura olimareña. <br />La linea. <br /><br />Otro caso judicial muestra que Rivera es el gran epicentro del tráfico de armas hacia Brasil. Apenas una calle o la plaza de "La Línea" separa un país del otro. <br /><br />En noviembre del año pasado, la jueza especializada en crimen organizado, Adriana de los Santos procesó a un matrimonio por lavado de activos. <br /><br />En Brasil, un integrante del matrimonio había sido procesado por tráfico de armas. El dinero de la venta de esas armas era lavado en Uruguay mediante la compra de bienes inmuebles y autos y motos de alta gama, señalaron a El País fuentes de la investigación. <br />La ruta de las armas. <br /><br /><br />Las organizaciones brasileñas solo compran armamento potente a los contrabandistas uruguayos. Sus armas preferidas son pistolas nueve milímetros de gran poder de fuego o armas de guerra como la Uzi o el Fusil M-14. La Policía uruguaya constató que los traficantes de armas detenidos trasladaron a Brasil muchas pistolas y pocos fusiles de asalto. Los precios de las armas en el mercado negro brasileño se incrementan hasta un 300%. Las armas salen de Rivera y tienen como destino Porto Alegre y Pelotas. <br /><a href="http://imgur.com/2giBtrY"><img src="http://i.imgur.com/2giBtrY.jpg?1" /></a> <br />Cambiaban armas por drogas en Livramento. <br /><br /><br />En julio de 2012, la Policía Federal de Brasil desbarató una banda que tenía como líder a Anderson Azevedo Mendez, de 36 años, que fue sentenciado a una condena de 37 años en una cárcel de Santa Ana do Livramento. La red criminal cambiaba pasta base, crac y cocaína por armas. <br /><br />El armamento ingresaba a Brasil por Rivera. Por mes los contrabandistas realizaban una decena de viajes desde Porto Alegre, con la misma operativa: una mujer llegaba a Livramento con la droga y allí le entregaban las armas pasadas desde Uruguay. <br /><br />La Policía brasileña instrumentó la "Operación Mercador" y detuvo a varios brasileños y a un uruguayo que vivía en la ciudad de Quaraí, limítrofe con Artigas. El diario Zero Hora de Brasil consignó, en agosto de 2012, que la Policía Federal no sabe un elemento importante: el origen de las armas en Uruguay. "Los agentes saben que el armamento llegó a la frontera de la mano de contrabandistas. Ellos operan en Uruguay. Es un misterio para la Policía Federal", dijo el diario. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-23712167143357087032015-03-03T06:49:00.001-08:002015-03-03T06:49:19.228-08:00A IMPORTÂNCIA DA ADUANA PARA A SEGURANÇA PÚBLICA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /><b><img height="360" id="irc_mi" src="http://static.panoramio.com/photos/large/68440235.jpg" style="margin-top: 22px;" width="640" /><br />FOLHA.COM 03/03/2015 02h00 <br /> <br /> <br /> Sílvia de Alencar </b><br /> <br /><br /> A chamada administração aduaneira ou aduana desempenha um papel essencial para a proteção da sociedade ao atuar no controle e fiscalização de pessoas, mercadorias e veículos que entram e saem do país. A aduana é um órgão de Estado que tem funções diretamente relacionadas à segurança pública ao combater crimes como contrabando de armas, munições, drogas, descaminho e pirataria. <br /><br /> No Brasil, as atividades aduaneiras são realizadas pela Receita Federal que tem a precedência constitucional nessas ações. Mas, ao longo dos últimos anos, o órgão tem fragilizado e limitado sua atuação. A Receita Federal tem atualmente 18.693 servidores da carreira auditoria, sendo 10.769 auditores-fiscais, 7.924 analistas-tributários. Desse total, apenas 2.924 estão lotados na aduana, ou seja, apenas 15,6% da força de trabalho do órgão. Somente 1.826 auditores-fiscais e 1.098 analistas-tributários realizam o controle aduaneiro no país. <br /><br /> Esse efetivo reduzido é responsável por fiscalizar os 16,8 mil quilômetros de fronteira seca e os 7,3 mil quilômetros de fronteira marítima e os rios da região norte. Cabe a esse pequeno número de servidores a fiscalização e controle do fluxo de pessoas, veículos e mercadores que passa pelos 27 postos de fronteira alfandegados, 255 portos, 75 aeroportos, 70 recintos especiais em todo o país, além das ações realizadas na chamada zona secundária que inclui rodovias, estradas vicinais, pontos de comercialização e armazenagem de mercadorias, entre outros. <br /><br /> Para executar o controle de importações e exportações, a fiscalização, a vigilância, a repressão e atuar nas operações de combate ao tráfico de drogas, armas, munições, contrabando e descaminho na faixa de 16,8 mil quilômetros de fronteira seca, a Receita Federal conta com apenas 296 auditores-fiscais e 510 analistas-tributários. Esses servidores ainda se revezam em plantões o que reduz ainda mais o efetivo diário nessas unidades. <br /><br /> Em toda faixa de fronteira na região Norte são apenas 18 analistas-tributários para controlar a entrada e saída de pessoas, veículos, embarcações e mercadorias. A administração da Receita Federal chegou ao limite de fechar unidades como o posto de controle de Porto Soberbo, localizado na fronteira do Brasil com a Argentina. <br /><br /> A atuação dos servidores da aduana brasileira também é comprometida por outros graves problemas. Os analistas-tributários da Receita Federal trabalham sem sequer ter definidas em lei suas atribuições e a garantia do porte de arma. Falta infraestrutura nos postos de controle, viaturas, embarcações e até mesmo equipamentos básicos de proteção. Outro ponto preocupante é a limitação do horário de funcionamento das unidades aduaneiras. <br /><br /> Parte das inspetorias e postos de controle operam apenas em horário comercial. Mesmo em postos na fronteira as atividades se encerram às 18h, quando é interrompida a fiscalização, a vigilância e a repressão. Em muitos desses locais as atividades são realizadas apenas por um analista-tributário. Essas e outras vulnerabilidades favorecem a atuação do crime organizado. <br /><br /> Desde 2010, o Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), por meio do projeto "Fronteiras Abertas", vem alertando à administração da Receita Federal, a setores do governo e a sociedade para a urgente necessidade de fortalecimento do controle aduaneiro no País. De fato não houve, nos últimos anos, reforço no efetivo ou investimentos significativos para fortalecer a presença fiscal nos postos da aduana. <br /><br /> Não há, por parte da Receita Federal, uma política de fortalecimento do controle aduaneiro. Nossas fronteiras continuam abertas. É preciso, urgentemente, instituir no país uma política nacional de fortalecimento da aduana, que passa obrigatoriamente pela ampliação do número de servidores, definição em lei das atribuições dos analistas-tributários, revisão da remuneração e a instituição do porte de arma pleno. <br /><br /> São necessárias também medidas estruturantes, como a implementação imediata da Indenização de Fronteira, criada pela lei nº 12.855, de 2 de setembro de 2013, e que aguarda apenas a publicação de um ato da Presidência da República definindo as localidades contempladas. <br /><br /> A aduana deve ser incluída no centro do debate nacional sobre o combate à violência. Se queremos um país mais seguro, precisamos controlar efetivamente o que entra e sai por nossas fronteiras, pois está mais do que provado que a fragilidade no controle aduaneiro é diretamente associada com a entrada de armas, munições, drogas, produtos piratas e contrabandeados que vão abastecer o crime organizado em todo o Brasil. <br /><br /> Fortalecer a aduana é parte essencial na luta contra a violência e a administração da Receita Federal não pode mais se omitir. <br /><br /> <b>SÍLVIA DE ALENCAR,</b> é presidenta do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) <br /><br /> <br /> </div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-91370866900238609742014-11-01T06:55:00.002-07:002014-11-01T06:55:30.911-07:00COCAÍNA DA BOLÍVIA LANÇADA DE AVIÃO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>DIÁRIO GAÚCHO E ZERO HORA 31/10/2014 | 16h38<br /><br />PF prende grupo que usava aviões para lançar cocaína no RS. Suspeitos traziam a droga da Bolívia em pequenos aviões e arremessavam em propriedades na fronteira com a Argentina</b><br /><br /><img src="http://diariogaucho.rbsdirect.com.br/imagesrc/17008670.jpg?w=620" /><br />Em junho, foi apreendido com o grupo um carregamento de 140 quilos de cocaína Foto: Divulgação / Polícia Federal <br /><br />Uma quadrilha internacional de traficantes, que transportavam cocaína da Bolívia em pequenos aviões e arremessavam a droga em propriedades rurais gaúchas, foi presa nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF). Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Porto Alegre. <br /><br /><br />A investigação teve início em maio e identificou que os traficantes carregavam a droga em pequenas aeronaves, que cruzavam a Argentina e descarregavam o material em campos localizados próximo à Fronteira Oeste. <br /><br />Dentro do Rio Grande do Sul, a carga era transportava em veículos para outros Estados e abastecia também o tráfico na zona sul da Capital. No dia 4 de junho, a PF apreendeu na BR-290, em Eldorado do Sul, <a href="http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/06/policia-federal-apreende-140-quilos-de-cocaina-em-eldorado-do-sul-4517888.html">140 quilos de cocaína</a> em um veículo, que foi carregado com o material despejado de um avião. Essa foi a maior apreensão no Rio Grande do Sul em 2014. <br /><br />Polícia Federal prende líder do grupo Bala na Cara Além das ordens de prisão e de busca e apreensão, a Polícia Federal solicitou à Justiça Federal o sequestro de quatro casas em Porto Alegre e de um sítio em Viamão. Os integrantes do grupo serão indiciados por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-41338724106788435352014-10-24T07:51:00.001-07:002014-10-24T07:51:25.218-07:00PRESO NO BRASIL UM DOS TRAFICANTES MAIS PROCURADOS DO MUNDO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<img height="393" id="irc_mi" src="http://f.i.uol.com.br/folha/cotidiano/images/14296204.jpeg" style="margin-top: 0px;" width="390" /><br /><b><br />CORREIO DO POVO 23/10/2014<br /><br />Preso em Roraima um dos traficantes mais procurados do mundo. Ação conjunta da PF e da polícia colombiana capturou Marquito Figueroa, que deve ser extraditado </b><br /> <br /><br /> Um dos traficantes mais procurados do mundo foi preso pela Polícia Federal (PF), em Boavista, Roraima, em ação que contou com apoio da Polícia Nacional Colombiana. Mais conhecido como Marquito Figueroa, o traficante Marcos de Jesús Figueroa García deverá ser extraditado para Colômbia em 60 dias, conforme informou nesta quinta-feira o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Oslain Campos Santana.<br /><br />“É uma pessoa envolvida em violência, movimentação de cocaína, assassinatos e, inclusive, uma fuga espetacular da prisão (na Colômbia) em 2002”, salientou Santana, durante coletiva de imprensa.<br /><br />Marquito Figueroa responde por mais de 100 processos na Colômbia. Por conta de sua periculosidade, o governo colombiano oferecia recompensa de US$ 250 mil por informações que possibilitassem sua prisão.<br /><br />“Há muitos anos procurávamos esse delinquente. Ele tem cinco ordens de captura por diferentes delitos, entre eles narcotráfico, contrabando, formação de quadrilha e homicídios. Acreditamos que tenha cometido mais de 250 homicídios, inclusive de autoridades e políticos locais ligados, principalmente, a prefeitos", disse o adido Policial da Colômbia no Brasil, Narcizo Martinez.<br /><br />Há aproximadamente um ano, a polícia colombiana infiltrou um agente no grupo de Figueroa. “Em agosto, recebemos um comunicado da Colômbia informando que ele estaria em território nacional. Iniciamos uma a investigação e confirmamos que realmente ele estava no Brasil, especiíicamente em Roraima. Requeremos pedido de prisão e extradição ao Supremo Tribunal Federal, o que foi cumprido ontem, em operação conjunta com a polícia colombiana”, explicou Santana.<br /><br />A prisão não foi imediata, porque a polícia brasileira precisava confirmar a identidade do criminoso. “Tivemos dificuldades, pois, a exemplo de narcoterroristas, ele utilizava documentação falsa”, acrescentou o delegado.<br /><br />Segundo ele, a operação foi bem planejada e, por isso, não foi necessário nenhum disparo. “Não houve também qualquer reação por parte dele (no momento da prisão)”, observou Santana.<br /><br />A PF informou que, nom momento da prisão, não foram apreendidas armas, nem dinheiro na casa de Figueroa. “Iniciaremos uma investigação para identificar se ele 'lavou' ativos no Brasil”, assinalou o delegado.<br /><br />De acordo com o adido da polícia colombiana, é possível que, posteriormente à extradição para a Colômbia, Marquito Figueroa seja extraditado para os Estados Unidos. “Não há nada definido”, ressaltou.<br /><br />Conforme o delegado da PF, o sucesso da operação deve ser creditado aos acordos de cooperação que a polícia brasileira mantém com países vizinhos, casos da própria Colômbia, Bolívia, Argentina, do Peru, Paraguai e Uruguai. “Por meio dessas parcerias, trocamos informações, experiências e capacitamos policiais em diferentes países. A operação de hoje é um exemplo dessa cooperação”, completou.<br />
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<img height="393" id="irc_mi" src="http://www.bvnews.com.br/images/fotos-noticias/narcotraficante_marcos_figueroa01.jpg" style="margin-top: 0px;" width="591" /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-63700788442981314892014-10-22T05:35:00.001-07:002014-10-22T05:35:39.499-07:00CARABINAS TRAFICADAS DO URUGUAI<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>DIÁRIO GAÚCHO 22/10/2014 | 04h46<br /><br /><br />PRF apreende armas vindas do Uruguai em Eldorado do Sul. Carabinas estavam escondidas em um compartimento secreto do porta-malas de uma caminhonete</b><br /><br /><img src="http://diariogaucho.rbsdirect.com.br/imagesrc/16982044.jpg?w=620" /><br />Três carabinas calibre .556 foram apreendidas Foto: PRF / Divulgação<br /> <br /><br />A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu três carabinas calibre .556 durante uma fiscalização de rotina às 21h30min desta terça-feira no km 111 da BR-290, em Eldorado do Sul. <br /><br />As armas estavam escondidas em um compartimento secreto do porta-malas de uma caminhonete Santa Fé, de acordo com a PRF. Duas pessoas foram presas: a motorista de 23 anos, e um passageiro de 24 anos.<br /><br /><br />A dupla foi encaminhada à Polícia Federal em Porto Alegre e autuada em flagrante por tráfico internacional de armas. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-90165934857841680362014-10-21T05:23:00.003-07:002014-10-21T05:23:56.141-07:00FUZIL AMERICANO NAS MÃOS DO CRIME<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>DIÁRIO GAÚCHO 21/10/2014 | 09h02<br /><br />Eduardo Torres<br /><br />Brigada Militar apreende fuzil americano "abandonado" por criminosos. Arma foi deixada no pátio de uma casa na Vila Jardim, Zona Norte de Porto Alegre. Em poucas horas, policiamento retirou quatro armas de circulação em zonas de conflito</b><br /><br /><img src="http://diariogaucho.rbsdirect.com.br/imagesrc/16979630.jpg?w=620" /><br />Fuzil norte-americano estava pendurado em uma árvore Foto: Divulgação / Brigada Militar<br /><br /><br /><br />No intervalo de poucas horas, entre o começo da noite de segunda e a madrugada de terça, ações da Brigada Militar resultaram na retirada de quatro armas das mãos de criminosos em três regiões que vivem conflitos do tráfico na Zona Norte de Porto Alegre. <br /><br />Na Vila Jardim, policiais do 11º BPM apreenderam um fuzil 5.56, de fabricação norte-americana, abandonado no pátio de uma casa, na Rua Itapema. Segundo a Brigada, havia denúncias de disparos na região desde a noite anterior. A suspeita é de que a arma de guerra tenha sido deixada para trás pelos criminosos com a aproximação de uma viatura. Os PMs encontraram o fuzil pendurado a uma árvore. <br /><br /><br />Já durante a madrugada, policiais do 20º BPM apreenderam dois revólveres calibre 38 com dois jovens de 16 e 20 anos, no Bairro Mario Quintana. Eles caminhavam pela Rua Manoel Marques quando foram abordados. O bairro foi palco de uma chacina na semana passada. <br /><br />Também na madrugada, um homem de 40 anos foi preso com um revólver calibre 38 na Rua D da Vila Amazônia, Bairro Rubem Berta.<br /><br /><br /><b><br />DIÁRIO GAÚCHO 14/09/2014 | 19h06<br /><br />Homem é preso em Porto Alegre com fuzil canadense. Arma teria sido comprada por R$ 31 mil e seria levada para o Vale do Sinos</b><br /><br /><img src="http://diariogaucho.rbsdirect.com.br/imagesrc/16876766.jpg?w=620" /><br />Fuzil foi apreendido em abordagem na avenida João Pessoa, em Porto Alegre Foto: Divulgação / Polícia Civil<br /> <br /><br />Um homem foi preso na noite de sábado, na Avenida João Pessoa, região central de Porto Alegre, transportando um fuzil 5.56, de fabricação canadense. A descoberta foi feita durante uma abordagem do Batalhão de Operações Especiais (BOE). Identificado como Éderson Michel da Rosa Cardoso, o homem admitiu que levava a arma para São Leopoldo supostamente, para proteger um ponto de tráfico. Outro homem estava com ele no Civic abordado pela Brigada, mas acabou liberado quando Éderson admitiu que a arma era só dele. <br /><br /><br />O suspeito teria confessado à polícia que comprou o armamento pesado em Porto Alegre por R$ 31 mil. Agora, é apurada a origem do armamento e o local onde foi adquirido. Éderson já responde por tráfico de drogas na cidade do Vale do Sinos. A suspeita da polícia é de que o fuzil serviria para impor medo a rivais da região. De acordo com o levantamento do Diário Gaúcho, São Leopoldo está entre as cidades mais violentas da Região Metropolitana neste ano, com 79 assassinatos. A maior parte desses crimes, de acordo com a polícia, relacionados ao tráfico de drogas.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-67309824559918668352014-10-20T05:19:00.002-07:002014-10-20T05:19:48.985-07:00CONTRABANDO DE FÓSSEIS PRÉ-HISTÓRICOS DESCOBERTOS NO BRASIL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>TV GLOBO FANTÁSTICO Edição do dia 19/10/2014 <br /><br /><br />Quadrilha contrabandeava fósseis pré-históricos descobertos no Brasil. Operação da Polícia Federal apreendeu mais de três mil peças muito valiosas para a ciência que seriam levadas para fora do país. </b><br /> <br /> <br /><img src="http://s01.video.glbimg.com/x360/3707224.jpg" /> <br /><br /> Um tesouro pré-histórico ameaçado. Uma quadrilha internacional roubava da Chapada do Araripe, no Ceará, fósseis raríssimos, como o esqueleto completo de pterossauro, um réptil voador que viveu há cerca de 100 milhões de anos. O objetivo era vender esse patrimônio incalculável para fora do Brasil. <br /><br /> A coleção de fósseis brasileiros raros mostrada no vídeo poderia estar agora nas mãos de colecionadores particulares do exterior. São mais de três mil peças muito valiosas para a ciência, que seriam levadas por contrabandistas. <br /><br /> Após uma operação da Polícia Federal, todo o material foi apreendido. E, nesta semana, entregue para pesquisadores da Universidade de São Paulo, a USP. <br /><br /> “A quadrilha, ela retirava os fósseis lá da bacia do Araripe. Eles levavam para o Curvelo, no interior de Minas, ali os fósseis eram melhor acondicionados, eram escondidos dentro de barris e cobertos com pedras para dissimular a origem. E aí exportavam pelos portos do Rio de Janeiro e São Paulo”, diz o delegado da Polícia Federal Adauto Machado. <br /><br /> Fantástico: A exportação de fósseis é proibida no Brasil?<br />Delegado: Exatamente. Eles não podem ser comercializados. <br /><br /> A investigação começou em junho de 2012, quando autoridades da França apreenderam fósseis brasileiros. Elas avisaram à Polícia Federal, que localizou o chefe do esquema, Pedro Luis Novaes Ferreira, de São Paulo. <br /><br /> “Estão sendo acusadas 13 pessoas, sendo oito brasileiros, três alemães e dois franceses”, destaca Adauto Machado. <br /><br /> Um dos alemães é Michael Schwickert. Ele já foi indiciado outras três vezes por tráfico de fósseis no Brasil. É um dos contrabandistas mais conhecidos no país. <br /><br /> A investigação revelou que a remessa interceptada na França tinha como destino final os Estados Unidos. Mais especificamente, um museu particular, administrado por outro alemão, Burkhard Pohl. <br /><br /> Em um e-mail, Pedro, o chefe da quadrilha, se oferece para pegar Burkhard, o comprador, no Aeroporto de Guarulhos e ainda convida o alemão para ficar na casa dele. <br /><br /> Escutas telefônicas mostram que o grupo já havia sido abordado por policiais outras vezes, mas sempre conseguia escapar. <br /><br /> Contrabandista 1: Os ‘polícia’ até que era gente boa, dei logo 500 contos para o delegado lá para aliviar as coisas. E o delegado disse ‘rapaz, tu é um homem de sorte, viu, porque se aparece alguém aqui que conheça isso aqui, tu ia se enrolar aqui’.<br />Contrabandista 2: Pois é, mas isso aí dá cadeia na certa. É proibido, dá uma cadeia do diabo. <br /><br /> Em outra gravação, Pedro, o chefe do grupo, conversa com Euclides Araujo, que extraía os fósseis no Ceará. <br /><br /> Pedro: Você vai ter que tirar aquele bicho maior e deixar ele aí. Você sabe qual é o maior, né?<br />Euclides: Sei, sei, é o que tem as ‘unha’, né? <br /><br /> O bicho ao qual os contrabandistas se referem é o pterossauro, que agora está com a Universidade de São Paulo. <br /><br /> O fóssil do animal pré-histórico viveu há 90 milhões de anos na Chapada do Araripe no Sertão Nordestino. Segundo a Polícia Federal, o bicho, que é um réptil voador, tinha um metro e meio de altura e quando abria as asas chegava a três metros de envergadura. <br /><br /> “Esse pterossauro é da espécie Tupandactylus imperator. Ele foi descoberto aqui no Brasil por um brasileiro. Aqui é a pata traseira dele, inclusive você pode ver até os dedos. Aqui, para esse pedaço aqui, é a asa, ela tá dobradinha, recolhida, inclusive com os dedos aqui da asa. Essa crista aqui não era de osso, isso aí era cartilagem. É mais que raro, é único. Não tem um outro fóssil dessa espécie completo assim”, explica a perita da Polícia Federal Mariana Machado Albuquerque. <br /><br /> Para a pesquisadora que recebeu as peças, os contrabandistas tinham conhecimento científico. <br /><br /> “Você precisa ter uma certa experiência, uma certa técnica para fazer isso de uma maneira tão cuidadosa. São pessoas que sabem tratar desse material de uma forma bem especifica”, diz a paleontóloga da USP Juliana Basso. <br /><br /> A USP fica a quase 2,5 mil quilômetros de onde os fósseis saíram. A chapada do Araripe, uma das maiores reservas de fósseis do mundo. Rochas com vestígios de animais que viveram quando tudo lá era um grande lago, há mais de cem milhões de anos. Entre eles, os pterossauros. Os pesquisadores de lá jamais encontraram um fóssil com todas as partes do corpo, como o que foi apreendido pela Polícia Federal. <br /><br /> Quem trabalha dia a dia com os fósseis da região tem motivos para acreditar que o tesouro da paleontologia foi encontrado em um lugar como este: uma pedreira onde a exploração de calcário escava diversas camadas de rochas. Uma delas tem as mesmas características da que foi encontrada com o fóssil completo de pterossauro. <br /><br /> “Pela coloração, pela estrutura, deve ter vindo mais ou menos desse nível da formação Crato. Então aquele pterossauro, ele deve ter saído mais ou menos dessa área aqui, de Nova Olinda”, afirma o professor Álamo Saraiva. <br /><br /> O professor Álamo Saraiva coordena o laboratório de paleontologia da maior universidade pública da região. Ele diz que o tráfico de fósseis é comum. <br /><br /> “Existe uma rede grande envolvendo o tráfico de fósseis. Existe um laboratório clandestino de preparação de fosseis aqui na região do Cariri, servindo diretamente ao tráfico. Envolve muito dinheiro, essa quadrilha é muito grande e ela age aqui na região do Cariri há mais de 20 anos”, explica o professor de paleontologia Álamo Saraiva. <br /><br /> Ele deseja que a região possa ter de volta o achado da paleontologia que saiu de lá por mãos erradas. <br /><br /> “Eu fui até a Polícia Federal aqui de Juazeiro do Norte e a gente fez a solicitação para São Paulo desse material, que fosse devolvido aqui para a Bacia do Araripe, para a região do Cariri. É um material que vai nos fazer muita falta”, afirma o professor. <br /><br /> Em São Paulo, Pedro Luis Novaes Ferreira, o chefe da quadrilha, é o único que já foi julgado. <br /><br /> “Ele já foi condenado em primeira instância a três anos de prisão e a uma indenização de quase R$ 2 milhões”, destaca o delegado Adauto Machado. <br /><br /> Ele recorreu da sentença e agora aguarda em liberdade.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-7146515646899386892014-10-18T03:32:00.002-07:002014-10-18T03:32:29.472-07:00BALA NA CARA NO TRAFICO INTERNACIONAL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /><b><img id="lightboxImage" src="http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/16973294.jpg" /><br />ZH 18 de outubro de 2014 | N° 17956<br /><br /><br />EDUARDO TORRES<br /><br />GOLPE NO CRIME. Federais prendem líder dos Bala na Cara<br /><br />OPERAÇÃO
DESMANTELA ROTA DA DROGA comandada pela facção gaúcha. Bando, que
também trazia ilegalmente armas ao país, chegava a transportar 40 quilos
de cocaína por semana para a Região Metropolitana desde Ciudad del Este</b><br /><br /><br />A
movimentação da Polícia Federal (PF) em um bairro nobre da Capital, na
manhã de ontem, tinha como alvo o homem apontado como um dos principais
cabeças do tráfico na Região Metropolitana. Em um apartamento de luxo,
adquirido há pouco tempo, Luís Fernando da Silva Soares Júnior, o Júnior
Perneta, considerado o líder da facção Bala na Cara, foi preso, dando
fim a oito meses de investigações contra um lucrativo esquema de tráfico
internacional de drogas e armas desde o Paraguai.<br /><br />A Operação Bom
Jesus prendeu outras nove pessoas em Porto Alegre, Cachoeirinha,
Cascavel (PR) e Foz do Iguaçu (PR). Entre elas, parte da cúpula da
facção. Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Drogas da PF,
delegado Fabrício Argenta, todos eram diretamente subordinados a Júnior
Perneta:<br /><br />– É uma quadrilha muito capilarizada, por isso sempre é
complicado uma investigação mais complexa contra eles. Mas sabíamos que
tinha um núcleo hierárquico. Atacamos neste ponto.<br /><br />Segundo a
apuração da PF, o traficante controlava todas as operações da facção.
Drogas ou armas encomendadas no Paraguai, ao menos desde o ano passado,
tinham o aval dele. Em duas oportunidades, o chefão dos Bala chegou a ir
a Ciudad del Este acertar as negociações.<br /><br />No momento em que o
material chegava a Porto Alegre, cabia a ele supervisionar e definir
para onde seria distribuído. Conforme os investigadores, Júnior
geralmente estava presente no momento de chegada das drogas, mas
raramente encostava no entorpecente.<br /><br />– Ele se fortaleceu
ultimamente, comprando drogas e armas a preço de atacado e vendendo na
Região Metropolitana como varejista – explica o delegado.<br /><br />A
estimativa é de que até 40 quilos de cocaína e crack eram trazidos por
semana de Ciudad del Este à Região Metropolitana. Aqui, o produto era
triplicado com aditivos e distribuído em áreas dominadas ou parceiras
dos Bala na Cara. Junto, eram trazidas, de forma ilegal, pistolas
fabricadas no Brasil e exportadas para o Paraguai.<br /><br />Desde o começo
das investigações, foram apreendidos 180 quilos de cocaína entre quatro
carregamentos interceptados. Em 2013, outros três carregamentos
totalizando outros 140 quilos, foram interceptados no Paraná. O último
deles, em julho, resultou na prisão de Júnior, juntamente com Luís
Fernando Duarte Souza, o Nando, atualmente preso na Penitenciária de
Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Eles recebiam 20 quilos de cocaína
escondidos em um carro no estacionamento de um hospital, no bairro
Menino Deus.<br /><br />No mês passado, o chefão foi liberado da cadeia pela Justiça por falta de provas.<br /><br />–
São provas que, agora, com o encerramento do inquérito, teremos bem
firmadas. Acredito que ele responderá pelo crime na prisão – disse o
delegado.<br /><br />Na operação, também foram apreendidos quatro veículos,
R$ 50 mil e uma pistola. Os envolvidos responderão por tráfico
internacional de drogas e armas e associação para o tráfico. Em virtude
das articulações da facção nas cadeias, a PF solicitou que eles sejam
encaminhados à Pasc. <br /><br /><br /><br /><b>Ordem para derrubar os Manos</b><br /><br /><br />De
acordo com o delegado Fabrício Argenta, o aumento das execuções ligadas
ao tráfico de drogas na Região Metropolitana nos últimos meses não é à
toa:<br /><br />– A organização está em plena expansão e, por isso, em rota
de colisão com outros grupos para dominar o tráfico. Eles não agem por
negociação. Em geral, usam da violência e eliminam rivais.<br /><br />Nessa
disputa por territórios, pelo menos uma ordem de execução teria partido
do Paraguai. No começo de abril, o traficante Jair de Oliveira, o Jair
Cabeludo, 42 anos, suspeito de ser um dos principais braços da facção
nas ruas, sofreu uma tentativa de homicídio em uma loja de autopeças, em
Novo Hamburgo. O inquérito foi encerrado pela Delegacia de Homicídios
de Novo Hamburgo sem autoria, mas com indício de que o crime havia sido
cumprido pelos Bala na Cara.<br /><br />A ordem teria partido de um
fornecedor paraguaio, provavelmente como cobrança de dívida. O que a
polícia ainda não descobriu é quem executou o crime.<br /><br />Em abril, a
Operação Panóptico, também da PF, revelou a rota de tráfico
internacional dos Manos, coligados dos Balas, com o Paraguai. Na
ocasião, 15 pessoas foram presas entre a Capital e o Vale do Sinos.<br /><br /><b>CÓDIGOS PARA IDENTIFICAR DROGAS</b><br /><br />“Peixe”
(cocaína) e “MD” (crack) eram códigos usados pelo chefão dos Bala na
Cara para determinar as quantidades e quais drogas seriam enviadas para
cada ponto dominado pela facção. O depósito ficvava em um sítio no
bairro Vila Nova, na Zona Sul.<br /><br /><br />
<table align="center" border="1" cellpadding="3" cellspacing="0" class="mssansserif6" style="width: 98%px;"><tbody>
<tr><td bgcolor="#E5E5E5" class="mssansserif6"><span style="color: black;">A ROTA DA DROGA</span></td></tr>
<tr><td class="mssansserif6">-A droga era encomendada diretamente pelo líder da facção a um fornecedor em Ciudad del Este, no Paraguai.</td></tr>
<tr><td class="mssansserif6">-De
lá, carregamentos de até 40kg de cocaína por semana eram escondidos
principalmente em tanques de combustíveis de carros pequenos e trazidos
por “mulas” até a Região Metropolitana.</td></tr>
<tr><td class="mssansserif6">-A
entrega acontecia em pontos movimentados da Capital. Dali, a droga
partia para um sítio na Zona Sul, onde era redistribuída aos pontos de
tráfico.</td></tr>
<tr><td bgcolor="#F2F2F2" class="mssansserif6"><b>APREENSÕES</b></td></tr>
<tr><td class="mssansserif6">-Em junho, foram encontrados 70kg de cocaína e cinco pistolas em um sítio no bairro Vila Nova, no depósito do bando.</td></tr>
<tr><td class="mssansserif6">-Em
julho, um dos carros carregados de cocaína foi guinchado a um posto de
combustíveis da Avenida Farrapos. Foram apreendidos 30kg de cocaína.</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-78690888405443883642014-10-09T06:14:00.002-07:002014-10-09T06:21:22.634-07:00A MORTE ATUA NAS FRONTEIRAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFCMDallIP8ALFNrxokIY0be4uFb5nNWYJnffOnl8mZuEySXcaVJkwP-CdCdFooNKJJES8MmKmFO5MyGC810CbfjRWXvV99pb7vqa3jiCZR2ArhMJejkW2wLfF0isM_XMkUe2L2UpABxxR/s1600/FRONTEIRAS+inseguranca+trafico.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFCMDallIP8ALFNrxokIY0be4uFb5nNWYJnffOnl8mZuEySXcaVJkwP-CdCdFooNKJJES8MmKmFO5MyGC810CbfjRWXvV99pb7vqa3jiCZR2ArhMJejkW2wLfF0isM_XMkUe2L2UpABxxR/s1600/FRONTEIRAS+inseguranca+trafico.jpg" height="272" width="400" /></a></div>
<br />
<b><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />ZERO HORA 09 de outubro de 2014 | N° 17947<br /><br /><br />SUA SEGURANÇA | HUMBERTO TREZZI</b><br />
<br />
<br />
É triste ter de informar isso, até porque sou ardoroso do cadinho cultural que representam as fronteiras, sua miscelânea contagiante. Mas é nelas que os homicídios mais proliferam, no Brasil. A constatação é de um estudo que está sendo divulgado hoje pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Econômico das Fronteiras (Idesf), entidade insuspeita por se dedicar a promover o crescimento econômico dessas regiões. O levantamento abrange as 30 cidades-gêmeas que o Brasil mantém com localidades de países vizinhos. Nesses locais, a média é de 36,9 assassinatos para cada 100 mil habitantes, bem superior à brasileira, de 29,0 homicídios por 100 mil habitantes. E bem acima do Rio Grande do Sul, com taxa de 21,9.<br />
<br />
Os números são de 2012, e o assunto será tratado nesta semana num seminário em Foz do Iguaçu (PR). Alguns casos são absurdos, como o de Coronel Sapucaia, pequena localidade do Mato Grosso do Sul, fronteiriça com a paraguaia Capitán Bado. Lá, a taxa é de 112,5 assassinatos por 100 mil habitantes. É onde morou Fernandinho Beira-Mar quando fugiu do Rio, no início da década de 2000. Pois esse índice é superior ao do país mais violento do mundo, Honduras, que tem taxa de 91 homicídios por 100 mil habitantes (segundo a Organização Mundial de Saúde).<br />
<br />
Para quem pensa que as metrópoles brasileiras são piores, aí vai a realidade: o Rio de Janeiro exibe atualmente taxa de 18,8 homicídios por 100 mil habitantes. São Paulo, de 15,3.<br />
<br />
O consolo – se é que é possível algo assim – vai para os gaúchos. Das 10 cidades do Rio Grande do Sul mencionadas no estudo, a maioria tem taxas de homicídios inferiores a 10 por 100 mil habitantes. Em algumas o indicador foi zero. A mais alta registrada foi 21,8, em Quaraí – talvez por um ano excepcional em termos de mortes.<br />
<br />
E qual é a causa? Uma constatação é que fronteiras propiciam a fuga no Exterior aos assassinos, o que dificulta a elucidação de casos e, mais ainda, a captura dos suspeitos de todos os tipos de crime.<br />
<br />
As cidades-gêmeas também têm vida efervescente, muitos negócios e, embutidos neles, acertos de conta. Mais uma razão para o reforço de policiamento nessas regiões</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-16877734805987077812014-09-27T07:04:00.001-07:002014-09-27T07:04:04.830-07:00MILITAR DO EB É PRESO COM ARMA SEM REGISTRO E 350 KG DE MACONHA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>CORREIO DO POVO 27/09/2014 09:40 <br /><br />Coronel do Exército é preso com 350 kg de maconha no RJ. Homem de 56 anos e a mulher foram detidos pela FP na BR 040 </b><br /><br /> <a href="http://multimidia2.correiodopovo.com.br/thumb.aspx?Caminho=multimidia/2014/09/27/344017.JPG&Tamanho=480&HW=1"><img src="http://multimidia2.correiodopovo.com.br/thumb.aspx?Caminho=multimidia/2014/09/27/344017.JPG&Tamanho=250&HW=2" /></a> <br /> Droga estava escondida em um fundo falso dentro de um veículo utilitário usado pelo casal <br />Crédito: PF / Divulgação / CP <br /><br /><br /> A Polícia Federal (PF) prendeu na madrugada deste sábado um casal transportando cerca de 350 kg de maconha no pedágio da Rodovia Rio – Petrópolis (BR 040), na altura de Xerém, Duque de Caxias. O homem, 56 anos, mora na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, e é coronel reformado do Exército. A mulher, sua companheira, reside em Jacarepaguá e tem 49 anos.<br /><br />A droga estava escondida em um fundo falso dentro de um veículo utilitário usado pelo casal. O militar costumava deixar uma farda pendurada num cabide no interior do furgão com a finalidade de tentar inibir possíveis revistas policiais. Estava com uma pistola calibre 380 sem registro sendo atuado também por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A operação da PF contou com o auxílio de um cão farejador.<br /><br />O entorpecente seria proveniente do Paraguai, e a PF investiga a suspeita de que seria distribuída em comunidades do Rio e também de Niterói. O coronel preso foi encaminhado ao Comando Militar do Leste e sua mulher ao Presídio Nelson Hungria, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu. Responderão por tráfico de drogas, cuja pena varia de cinco a 15 anos de reclusão.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-52647463920418531982014-09-27T05:44:00.000-07:002014-09-27T05:46:23.098-07:00SETE PRESOS EM OPERAÇÃO ANTITRÁFICO NA FRONTEIRA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<b><img src="http://extrasm.com.br/wp-content/uploads/2014/09/image.jpg" height="393" id="irc_mi" style="margin-top: 0px;" width="590" /><br />ZERO HORA 27 de setembro de 2014 | N° 17935<br /><br /><br />HUMBERTO TREZZI<br /><br /><br />AÇÃO CONTRA DROGAS. Quadrilha trazia maconha e cocaína da Argentina para o Brasil e o Uruguai. Em um ano, já foram apreendidos 200 quilos de entorpecentes</b><br />
<br />
A Polícia Federal (PF) desarticulou ontem uma quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas. Os agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão em Uruguaiana, na Fronteira Oeste. A operação foi chamada de Cararéu, pelo fato de os traficantes usarem um rio fronteiriço com esse nome para transportar a droga.<br />
<br />
Foram presas sete pessoas. A investigação da PF começou há cerca de um ano, quando 28 quilos de maconha foram encontrados, em junho de 2013, junto ao Arroio Cararéu. A droga foi abandonada por tripulantes de um veículo argentino, que conseguiram fugir.<br />
<br />
Ao longo da apuração, os policiais descobriram que o grupo trazia cocaína e maconha da Argentina para o Brasil e distribuía na região de Uruguaiana, e também repassava drogas para o Uruguai. De um ano para cá, foram realizadas cinco prisões em flagrante e apreendidos mais de 200 quilos de drogas, além de identificados veículos roubados e clonados.<br />
<br />
A PF apreendeu com um brasileiro de Barra do Quaraí (cidade fronteiriça com a localidade uruguaia de Bella Unión) 192 quilos de maconha destinadas ao Uruguai. A droga estava acondicionada no porta-malas de um Corolla brasileiro, com placas clonadas. As autoridades uruguaias receberam informações sobre a quadrilha e participam da caçada ao bando, que atua em territórios uruguaio, brasileiro, argentino e paraguaio.<br />
<br />
Os presos e demais envolvidos serão indiciados por tráfico internacional de drogas, o que pode resultar em até 25 anos de reclusão. Mais de 60 policiais federais participaram da ação ontem, com apoio de 20 PMs.<br />
<br />
<img src="http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/16913631.jpg" id="lightboxImage" /><img src="http://www.clicrbs.com.br/rbs/image/16913633.jpg" id="lightboxImage" /><br />
<br />
<br />
<b>Atuação de grupo seria reflexo de expansão em país vizinho</b><br />
<br />
<br />
A ação da quadrilha é vista, por policiais brasileiros, como reflexo do crescimento do mercado uruguaio de maconha, já que o plantio e venda de pequenas quantias de marijuana naquele país está em processo de legalização. Em 2008, a polícia uruguaia localizou apenas 809 quilos de maconha. Em 2012, o confisco mais do que dobrou: 1,9 tonelada. E, em 2013, o número passou para 2,1 toneladas, conforme revelou Zero Hora em reportagem em maio deste ano.<br />
<br />
As províncias argentinas próximas ao Uruguai e Brasil (Corrientes e Misiones, especialmente) também sofreram um incremento no número de apreensões de maconha. Em 2013, foram confiscadas nessa região 13 toneladas. Neste ano, oito toneladas até abril (inclusive com cinco aeronaves apreendidas). A maior parte da droga foi encontrada em Paso de los Libres e Santo Tomé, na fronteira com as cidades gaúchas de Uruguaiana e São Borja, locais onde atuavam a quadrilha desarticulada pela Operação Cararéu.<br />
<br />
<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-53808884785727746492014-09-08T04:49:00.003-07:002014-09-08T04:49:50.282-07:00DROGAS ESCONDIDAS EM VEÍCULOS PASSAM PELA FRONTEIRA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<b>TV GLOBO, FANTÁSTICO, 07/09/2014 21h43<br /><br />Mais de 80 toneladas de drogas são apreendidas escondidas em veículos. Foz do Iguaçu e Guaíra, na fronteira com o Paraguai, fazem parte da rota do tráfico internacional. </b><br /><br /><br /><br /><img src="http://s03.video.glbimg.com/x360/3614302.jpg" /><br /><br />Mais de 30 mil veículos, carros, ônibus, caminhões, passam todos os dias pela fronteira do Brasil com o Paraguai. A maioria deles não têm nada de errado, mas alguns...E quando a Polícia Rodoviária Federal faz um pente fino e pega um desses.<br /><br />Você precisa ver como os traficantes tentam passar droga pela fronteira. Tem droga no parachoque, no assoalho, no tanque de combustível. Só este ano já foram apreendidas mais 80 toneladas de cocaína, crack e maconha nessas operações.<br /><br />Os policiais se preparam para abordar um carro suspeito. Eles sacam as armas e mandam o motorista parar. A polícia sabe que há droga no veículo.<br /><br />O motorista é preso. Os policiais saem em perseguição a outro carro suspeito na BR-277, a principal rodovia do Paraná.<br /><br />A informação que a Polícia Rodoviária recebeu é de que um carro tinha vindo na frente para passar as informações para outro carro que vinha atrás com a maconha.<br /><br />Fantástico: Qual a função do batedor num caso desses?<br /><br />“O batedor ele vai na frente do ilícito para ver se tem polícia na pista, para ver se está livre”, explica Sérgio Malysz, policial rodoviário federal.<br /><br />Mais dois são presos.<br /><br />“Esse aqui aparentemente é o tal do cavalo doido. O pessoal carrega de maconha e vem na louca aí, e tenta passar o posto, mas esse aqui deu azar”, diz Renato Duarte, policial rodoviário federal.<br /><br />A droga apreendida enche quase 20 caixas.<br /><br />“Todos eles vão ser autuados por crime de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico”, afirma o delegado da Polícia Civil Luiz Sodré.<br /><br />Os números impressionam. Somente este ano, a Polícia Rodoviária Federal apreendeu 87 toneladas de maconha, cocaína e crack em todo o país. É um aumento de 150% em relação ao mesmo período no ano passado.<br /><br />Foz do Iguaçu e Guaíra, na fronteira com o Paraguai, fazem parte da rota do tráfico internacional.<br />O país vizinho é um dos principais produtores mundiais de maconha.<br /><br />Grande parte da droga que entra no Brasil vem assim: no porta-malas, em cima dos bancos dos carros à mostra! Mas os traficantes desafiam a polícia com esconderijos cada vez mais difíceis de encontrar.<br /><br />"Esse veículo tem alguns indícios de que ele pode ter sido adulterado para transportar algum produto ilícito. Um barulho mais seco pode indicar uma adulteração do parachoque”, analisa Paulo Mileski, policial rodoviário federal.<br /><br />"Alguns desses parafusos, às vezes eles estão soldados, para que o policial não consiga abrir e desestimule a prática, a retirada”, conta Paulo Mileski.<br /><br />Os policiais chegam a demorar quatro horas para tirar mercadorias de um carro com fundo falso.<br /><br />Cinco policiais procuram fundos falsos num veículo. E encontram vários. Tinha maconha em um compartimento no motor, debaixo dos bancos da frente, no para-lamas e no para-choque traseiro.<br /><br />“Exige do policial um conhecimento amplo, tanto da questão do veículo, saber onde pode ter fundo falso, como também da própria entrevista que ele faz com o motorista, com a pessoa que está responsável pelo veículo, que pode passar para os policiais uma impressão de que está tentando enganar ou simplesmente um nervosismo”, explica o policial rodoviário federal Raone Nogueira.<br /><br />Numa outra ocorrência, os policiais praticamente desmontaram a carroceria desta caminhonete.<br />O veículo estava forrado de maconha e de cocaína e tinha mais: 200 quilos de maconha transportados em um carro de passeio.<br /><br />Em outro veículo, primeiro, os policiais tentaram com um martelinho. Até apelarem para uma barra de ferro. De cada 100 kg de maconha apreendidos pela PRF no Brasil, 25 foram pegos nesta faixa de fronteira, este ano.<br /><br />Na caminhonete, eles começaram tirando o forro das portas, mas tiveram de desmontar praticamente o veículo inteiro.<br /><br />"A droga agora está dentro do duto de ar condicionado”, diz o policial.<br /><br />“É comum a gente estudar os modelos dos veículos, das marcas, para saber onde é possível que tenha ali um espaço que a pessoa pode colocar ou droga ou produtos de contrabando e descaminho”, conta Raone Nogueira.<br /><br />Às vezes, é preciso chamar os bombeiros. Só com equipamento especializado para abrir a lataria e tirar centenas de tabletes de dentro de um caminhão-tanque. Era um carregamento: mais de mais de quatro toneladas de maconha: a maior apreensão do ano, na região.<br /><br />Agora você vai acompanhar uma das apreensões mais improváveis: os policiais balançam o carro e desconfiam que tem droga escondida dentro do tanque. E estão certos!<br /><br />São 22 tabletes de cocaína misturados ao combustível. Os traficantes também usam outros disfarces, como balanços infantis e caixas de som.<br /><br />Na última sexta-feira, numa ação muito parecida, os policiais encontraram três toneladas de maconha escondidas num fundo falso enorme na carroceria de uma carreta. Os bombeiros foram chamados de novo para retirar as placas de metal, que camuflavam a carga ilegal.<br /><br />E não basta identificar o esconderijo.<br /><br />“Não basta identificar. Tem que comprovar, para ter todo o respaldo legal de fazer a documentação e encaminhar para o órgão competente”, explica Raone Nogueira.</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8044793097752824797.post-44682587300657176802014-09-03T09:27:00.001-07:002014-09-03T09:27:13.354-07:00JOVENS DA SERRA GAÚCHA EXECUTADOS NO PARAGUAI<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br /><b>Encontrados no Paraguai corpos que seriam de jovens de Bento Gonçalves. Polícia paraguaia enviou fotos de homens encontrados na beira de um rio e família de um deles já fez o reconhecimento</b><div>
<b><br />ZH 19/08/2014 | 07h201</b></div>
<div>
<br /><img src="http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/16791515.jpg?w=640" /><br />Lucas Morini e Dionatan Dias deixaram de contatar a família em 25 de julhoFoto: Montagem sobre fotos de arquivo pessoal/ Divulgação<br /><br /><br />Depois de 24 dias, o desaparecimento de dois amigos de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, começou a ser desvendado nesta segunda-feira. Segundo a Polícia Civil, fotos enviadas por agentes do Paraguai de dois homens encontrados na beira de um rio seriam dos jovens gaúchos.<br /><br />A família de Lucas Morini, 23 anos, já fez o reconhecimento através das imagens na tarde desta segunda, pois estava com a polícia quando elas chegaram às mãos dos agentes. A identificação do segundo corpo, que seria de Dionatan Cordova Dias, 28 anos, está marcada para a manhã desta terça-feira.<br /><br />— Acreditamos que seja mesmo ele (Dionatan), devido às tatuagens encontradas no corpo, mas o reconhecimento oficial será feito amanhã (terça-feira) — adianta a delegada Isabel Pires Trevisan.<br /><br />Ainda conforme ela, os corpos estavam parcialmente dentro de um rio na cidade de San Alberto, a cerca de 870 quilômetros de Bento Gonçalves.<br /><a href="http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2014/08/quase-nem-durmo-mais-diz-pai-de-jovem-de-bento-goncalves-que-desapareceu-apos-viagem-ao-paraguai-4575032.html"><br /></a><br />Lucas e Dionatan viajaram para Santa Catarina na tarde de 25 de julho, onde supostamente visitariam parentes. A investigação apontou que os dois chegaram a passar pelo Estado vizinho, mas ingressaram no Paraguai no dia seguinte. De lá, saíram cerca de uma hora e meia depois e retornaram para Santa Catarina. Desde então, não contataram mais a família.<br /><br />— Estávamos investigando de tudo. Pedimos fotos de mortos e de acidentes do Brasil e do Paraguai, quebra de sigilo telefônico, ouvimos testemunhas, procuramos entre os presos. Hoje, depois de todo um trâmite burocrático entre os países, vieram essas fotos e tudo leva a crer que sejam eles — aponta a delegada.<br /><br />Isabel diz que ainda não há suspeitas sobre o que aconteceu com os jovens e a forma como foram mortos. A investigação deve ficar com a polícia do Paraguai, pois os corpos foram encontrados lá.<div class="materia-corpo entry-content" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px 0px 56px; padding: 0px;">
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: white; color: #393939; font-family: georgia_regular; font-size: 18px; line-height: 30px; list-style: none; margin-bottom: 35px; padding: 0px;">
<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="-webkit-font-smoothing: antialiased; font-size: large; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;">Entenda o caso<br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><iframe height="480" src="https://mapsengine.google.com/map/u/1/embed?mid=z7QMPdS4O1nc.kcPUNHj3FMh8" style="-webkit-font-smoothing: antialiased; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;" width="640"></iframe></span></strong></div>
Lucas Morini, 23 anos, e Dionatan Cordova Dias, 28 anos, eram vizinhos no bairro Progresso, de Bento Gonçalves, na serra gaúcha. Desempregado, Lucas tinha um filho de quatro anos e estava separado há mais de cinco meses. Dionatan, que tinha um filho de sete anos, morava com o pai e trabalhava comoauxiliar em uma empresa de embalagens. Os jovens não tinham passagens na polícia.<br /><br />A bordo de um Fiat Idea verde, pertencente a uma tia de Lucas, eles viajaram para Santa Catarina na tarde de 25 de julho, onde supostamente visitariam parentes. <br /><br />A investigação apontou que os dois chegaram a passar pelo Estado vizinho, onde estiveram na casa do ex-companheiro da mãe de Lucas, em Palmitos. <br /><br />No entanto, imagens de segurança comprovam que, pouco tempo depois, o Idea passou pela Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Ciudad del Leste, no Paraguai. Uma hora e meia depois, eles retornaram a Santa Catarina e não fizeram mais contato com os familiares.</div>
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