Polícia está atrás de brasileiros
Turista gaúcha de 26 anos foi assassinada sábado durante assalto na fronteira Brasil-Paraguai, onde pretendia fazer compras
HUMBERTO TREZZI E MARIELISE FERREIRA
Os jovens tripulando duas motos que participaram do assalto que resultou na morte da turista gaúcha Noiara Bonatto de Souza, 26 anos, na fronteira Paraguai-Brasil, seriam brasileiros. O crime ocorreu ao amanhecer de sábado, quando a jovem se preparava para realizar compras em Ciudad del Este, localidade paraguaia separada da cidade brasileira de Foz do Iguaçu pelo Rio Paraná.
Noiara cruzava a Ponte da Amizade, que liga os dois países, quando foi baleada por um assaltante. Os dois condutores das motos estavam de capacete e seriam mototaxistas, mas os dois caroneiros não usavam a proteção e foram avistados por testemunhas. O jovem que atirou em Noiara – causando sua morte – é franzino, tem cerca de 17 anos, cabelo preto, pele branca e 1m70cm de altura, descreve o delegado Getúlio de Moraes Vargas, da Polícia Civil paranaense, que chefia a investigação do latrocínio em Foz do Iguaçu:
– Os ladrões esperavam turistas que atravessam a Ponte da Amizade, carregados de dinheiro. Escolheram a vítima a esmo. Talvez por inexperiência, o criminoso estava com o dedo no gatilho, e o revólver disparou.
Conforme testemunhas ouvidas, os jovens caroneiros seriam brasileiros porque usaram a língua portuguesa para anunciar o assalto e para falar entre si. Outro indício é que correram com as motos para o lado brasileiro.
As motocicletas tinham placas paraguaias e seriam táxis. Não se sabe se os condutores estavam envolvidos, mas levaram os assaltantes até o lado brasileiro da fronteira. Uma pessoa anotou a placa da moto em que estava o autor do disparo. Policiais paraguaios e brasileiros realizam buscas atrás do veículo, mas também trabalham com a hipótese de que as placas possam ser falsas ou clonadas.
O delegado Getúlio Vargas requisitou à Guarda Municipal de Foz do Iguaçu as imagens de câmeras na região da ponte, mas o equipamento não teria gravado o assalto, já que o crime ocorreu no lado paraguaio. O policial diz que pediu ajuda à Policia Nacional do Paraguai, mas até ontem não havia obtido acesso a imagens gravadas no lado da ponte onde aconteceu o roubo.
– Cabe a nós torcer para que a polícia paraguaia levante informações – diz Vargas.
Sou turista e viajo constantemente ao Paraguai e também ao Uruguai (Rivera), todavia diante da insegurança patente vou rever meus destinos.
ResponderExcluirConheço a Ponte da Amizade, trajeto de 1 km entre os dois países e já constatei que não há nenhum tipo de segurança para quem faz a travessia a pé. Cada um vai por sua conta e risco e isto proporciona o quadro ideal para a ação de bandidos.
Policiamento ostensivo é a solução e a responsabilidade é das autoridades, que se mostram inoperantes e incompetentes para dar segurança ao turista.
Não vou mais ao Paraguai, não vou colocar a segurança da minha família na mão de irresponsáveis e incompetentes.