SBT Brasil - publicado em 21/1/2013 às 20:20
Cocaína é vendida na fronteira do Brasil com a Bolívia
A Equipe do SBT Brasil viajou até o estado do Acre, onde o Brasil tem mais de 2.000km de fronteira com o Peru e Bolívia. Os dois maiores produtores de cocaína do mundo. Grande parte da droga vendida nas cidades brasileiras é produzida no país vizinho, e entra pelo estado do Acre. A reportagem do SBT flagrou com exclusividade a ação dos traficantes. Logo na ponte que liga o Brasil com a Bolívia existe um posto da Receita Federal, que deveria ser um Posto de Controle, mas não funciona assim.
Na prática, o trânsito é livre, tanto pra quem vai, quanto pra quem vem. A cocaína é vista o tempo todo na cidade de Cobija, na Bolívia, lá a droga é oferecida em vários pontos, inclusive na ponte que liga o Brasil com a Bolívia. Muitos dos mototaxistas da cidade fazem parte desse serviço. A cocaína chega no Brasil porque muitos brasileiros vão até lá buscar, e entram e saem com a maior facilidade.
A Equipe do SBT Brasil viajou até o estado do Acre, onde o Brasil tem mais de 2.000km de fronteira com o Peru e Bolívia. Os dois maiores produtores de cocaína do mundo. Grande parte da droga vendida nas cidades brasileiras é produzida no país vizinho, e entra pelo estado do Acre. A reportagem do SBT flagrou com exclusividade a ação dos traficantes. Logo na ponte que liga o Brasil com a Bolívia existe um posto da Receita Federal, que deveria ser um Posto de Controle, mas não funciona assim.
Na prática, o trânsito é livre, tanto pra quem vai, quanto pra quem vem. A cocaína é vista o tempo todo na cidade de Cobija, na Bolívia, lá a droga é oferecida em vários pontos, inclusive na ponte que liga o Brasil com a Bolívia. Muitos dos mototaxistas da cidade fazem parte desse serviço. A cocaína chega no Brasil porque muitos brasileiros vão até lá buscar, e entram e saem com a maior facilidade.
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28847/Cocaina-e-vendida-na-fronteira-do-Brasil-com-a-Bolivia.html
Fronteira Abandonada: Cocaína entra facilmente pelo Acre
Em Assis Brasil, no Acre, entra grande parte da cocaína que circula pelo território brasileiro. Os negócios são feitos pelos traficantes peruanos que se disfarçam de taxistas e entregam a mercadoria na cidade. Muitas vezes a fronteira é cruzada passando pelo próprio posto de controle da Receita e da Polícia Federal, sem qualquer vigilância.
A droga é oferecida e negociada livremente pelos traficantes, que também usam o Rio Acre como rota alternativa para o transporte da cocaína. A única exigência deles é ver o dinheiro que será pago, antes de fornecer o entorpecente, o valor chega a R$ 3.200,00 pelo quilo. A falta de controle das autoridades brasileiras transformam a operação em algo simples para os traficantes.
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28882/Fronteira-Abandonada:-Cocaina-entra-facilmente-pelo-Acre.html
Cocaína é misturada com várias substâncias até chegar ao usuário
A cocaína que passa pela fronteira brasileira é distribuída para vários centros do Brasil. Apesar da droga, vinda do Peru ou da Bolívia, ser pura, ela é vendida misturada com diversas substâncias químicas que podem prejudicar, ainda mais, o organismo do usuário. Para lucrar com o tráfico e não desperdiçar o entorpecente traficado, os vendedores chegam a deixar apenas 16% de cocaína no pacote em que vendem.
Para decifrar o que, de fato, existe no produto que chega ao consumidor, a reportagem reuniu amostras de diferente pontos da cidade de São Paulo e levou o material para o laboratório de química da Universidade de Campinas, a Unicamp. No resultado, foram detectados talco, pó de giz, leite em pó e até um relaxante muscular para enganar os dependentes químicos.
Droga traficada no Acre reflete na violência de outros estados
Ao longo da semana, o SBT Brasil mostrou a facilidade que os traficantes têm de entrar com drogas no país. Vinda do Peru ou da Bolívia, a cocaína chega no Acre e é distribuída para os outros estados do Brasil. A venda do entorpecente nesses centros urbanos faz com que a violência aumente. De acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, o estado, muitas vezes, luta contra problemas internos, mas que não serão solucionados enquanto as fronteiras não forem fiscalizadas devidamente.
O mesmo problema acontece no Rio de Janeiro, em que os policiais tentam combater o tráfico nos morros cariocas, mas isso não impede que a cocaína continue circulando em todo o país. Segundo o Chefe da Polícia Federal no Acre, Alexandre Silveira de Oliveira, é necessário aumentar o investimento e a capacidade de inteligência policial para que se possa combater as grandes organizações criminosas que passam pelas fronteiras.
COMENTÁRIO
Alberto Afonso Landa Camargo , via face 29 de janeiro de 2013 13:09
Esquecendo um pouco a comoção pela tragédia de Santa Maria, está na hora de voltarmos às discussões de outras tragédias que se abatem diariamente sobre os brasileiros, consumindo milhares de vidas.
Sobre o tráfico de drogas, que é acompanhado do tráfico de armas e que alimentam o crime nos Estados, o SBT produziu uma série de reportagens mostrando o Acre como local de ampla e irrestrita liberdade para o tráfico. Claro que o Acre é apenas um exemplo que o SBT escolheu, pois esta prática está presente em muitos outros pontos das fronteiras. Isto que só se fala nas fronteiras terrestres apenas, já que o espaço aéreo e marítimo não deve ser diferente.
O tráfico de drogas e armas se reflete nas atribuições das polícias estaduais, sempre sobrecarregadas por este abandono que são nossas fronteiras, assunto que venho procurando discutir há tempos, mas que, parece, por alguma razão não há muito interesse nem dos policiais estaduais, sabidamente os mais sobrecarregados pelo abandono que são as fronteiras e os que mais são vítimas fatais disto. Pode ser, quem sabe, que tendo uma importante emissora televisiva se acordado para a abordagem destes males que passam livremente pelas nossas fronteiras e acabam se refletindo na criminalidade cada vez maior, a discussão possa ter algum incremento no sentido de concluir que a causa da criminalidade não está necessariamente no local onde ela existe com maior incidência, mas a muitos quilômetros de distância onde a fiscalização não existe praticamente.
Paremos para pensar que, se drogas e armas entrassem em menor quantidade no país, certamente o número de crimes diminuiria sensivelmente. Com isto, teríamos menos mortes, menos assaltos, menos crimes enfim, e as polícias estaduais, em especial as militares, entregariam muito menos homens e mulheres à sanha criminosa de tantos que se beneficiam com o tráfico.
A série de filmes produzidos pelo SBT está abaixo. Apenas um, o antepenúltimo da série, coincidentemente o mais impactante, eu não consegui abrir para copiar o endereço. Mas aqueles cujos endereços estão abaixo, são esclarecedores, com o reconhecimento, inclusive, de autoridades que têm a responsabilidade pela fiscalização e da autoridade estadual que comanda a segurança pública no Rio de Janeiro. O que já é um bom começo...
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28847/Cocaina-e-vendida-na-fronteira-do-Brasil-com-a-Bolivia.html
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28882/Fronteira-Abandonada:-Cocaina-entra-facilmente-pelo-Acre.html
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28952/Cocaina-e-misturada-com-varias-substancias-ate-chegar-ao-usuario.html
http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/28995/Droga-traficada-no-Acre-reflete-na-violencia-de-outros-estados.html
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