FRONTEIRAS ABERTAS. Livre voo de aviões na tríplice fronteira - POR FÁBIO ALMEIDA - RBSTV - 18/01/2011. Zero Hora 19/01/2011
Na terceira reportagem da série Fronteiras Abertas, a equipe da RBS TV revela o abandono na tríplice fronteira em Barra do Quaraí, o local mais distante da capital gaúcha (771 quilômetros).
Nesta região ao oeste do Estado, o Rio Uruguai se encontra com o Rio Quaraí, na tríplice fronteira de Brasil, Argentina e Uruguai. A reportagem que vai ao ar no RBS Notícias, às 19h, mostrará a fragilidade do espaço aéreo nas fronteiras. Pequenos aviões entram no Brasil sem pedir autorização.
Aduana liberada - Em Barra do Quaraí, um morador relata que o funcionário da aduana só trabalha para fazer a segurança de prédio. Os carros não são abordados, e a passagem é livre.
Carroça no rio - Em Quaraí, a seca do rio que leva o mesmo nome cria diversas passagens. É possível atravessar a fronteira caminhando com a água pelas canelas. Mas o que chama a atenção são as carroças que entram e saem dos países a todo instante por caminhos paralelos.
ASSISTA: Série Fronteiras Abertas mostra que traficantes internacionais de armas e drogas recrutam moradores da Argentina para fazer o transporte dos produtos pela fronteira com o Brasil. 18/01/2011
URL: http://mediacenter.clicrbs.com.br/rbstvrs-player/45/player/161287/rbs-noticias-traficantes-recrutam-moradores-da-fronteira-para-facilitar-passagem-de-produtos-18-1-2011/1/index.htm
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Infelizmente as autoridades responsáveis continuam negligenciando o controle e a segurança das fronteiras do Brasil, justificando que o "controle total das fronteiras em um país como o Brasil seja "ilusão"", que deve-se combater o crime com medidas superficiais que a família é a principal responsável pelo bom comportamento do cidadão. São justificativas falaciosas para não reconhecer a inoperância e má vontade do Estado.
Até os anos setenta, as fronteiras de rio eram patrulhadas pelos fuzileiros navais e as de terra pelos policiais militares estaduais. A Polícia Federal e as Forças Armadas atuavam nas fronteiras de selva e de mar, e de inopino nas fronteiras de terra e de rio. Depois dos anos setenta, o Estado abandonou as fronteiras de terra e de rio.
Hoje, não existe policiamento permanente de fronteira, mas apenas operações de inopino e superficiais da polícia federal apoiada pelas forças armadas e polícia rodoviária federal. Sem policiamento e vigilância permamente, ostensiva e contínua, as fronteiras ficam abertas ao crime, como a reportagem vem revelando.
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