sexta-feira, 30 de março de 2012

MEGAOPERAÇÃO DA PC-RS CONTRA TRÁFICO INTERNACIONAL


Tráfico internacional de drogas é o foco de megaoperação na Fronteira Oeste. Pelo menos 77 pessoas foram presas na maior ação da Polícia Civil gaúcha. Operação combate tráfico de drogas em São Borja. CORREIO DO POVO, 30/03/2012 10:51

A Operação Navalha deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira, em São Borja, busca combater o tráfico internacional de drogas na Fronteira Oeste do Estado. Até o momento, 77 pessoas foram presas e mais 18 mandados de prisão devem ser cumpridos. Conforme o titular da 1ª Delegacia de Polícia do município, delegado Gerri Adriani, a localização grográfica facilita a entrada de entorpecentes e armas na cidade. "Pela proximidade com Paraguai, Argentina e Uruguai, a rota é de grande tráfego de veículos, o que contribui também para a passagem de drogas", explicou em entrevista à Rádio Guaíba.

As investigações da operação começaram há dois anos, após uma outra ação que resultou em 37 presos. No período, foram identificadas 13 quadrilhas ligadas os tráfico, envolvendo mais de 150 pessoas. "Foi possível vincular associação para o tráfico a 95 pessoas, então solicitamos os mandados judiciais", disse.

Adriani acredita que não é possível dizer que o tráfico foi extinto na cidade, pois é muito dinâmico. "Mas, certamente, ajudamos a frear as ações desses grupos", afirmou. Entre os envolvidos estão profissionais como advogados e empresários da cidade, conforme o delegado.

O planejamento e a execução contaram com apoio de policiais civis de Porto Alegre e região Metropolitana, em razão do grande número de mandados de prisão e busca e apreensão, que totalizam 124. Foram deslocados 632 policiais civis e 155 viaturas, que apreenderam drogas, veículos e dinheiro. As investigações sobre as ramificações internacionais envolvidas no tráfico na região poderão ser aprofundadas por outros órgãos, como Polícia Federal.

O inquérito atual se desdobrou em 13, um para cada facção, cujo prazo para conclusão é de 30 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período. Adriani disse que as pessoas já foram incriminadas, portanto não deve estender muito a conclusão, apenas formalizar a documentação referente às prisões.

Apesar de complexa, a ação serviu como um aprendizado para a Polícia Civil, segundo o delegado. "Isso demonstra que o Estado tem capacidade de combater o tráfico em grande escala e que não vamos deixar que avance a um ponto incontrolável", ressaltou.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Enquanto a PC realiza o trabalho que deveria ser da atribuição da Polícia Federal e de uma Polícia de Fronteiras, faltam recursos para prover atribuições investigativas e processuais contra os crimes dentro do território estadual. Mesmo assim devemos aplaudir o sucesso da operação, necessária e oportuna.

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