sexta-feira, 26 de abril de 2013

QUADRILHA DO RAPEL NA PONTA DA AMIZADE

G1 - 02/04/2013 15h49

MPF cobra das autoridades solução para acabar com 'quadrilha do rapel'. Órgãos competentes tem até o dia 18 de abril para apresentar um projeto. Contrabandistas usam cordas para levar as mercadorias para o Brasil.

Do G1 PR, com informações de Foz do Iguaçu




O Ministério Público Federal (MPF) deu prazo até o dia 18 de abril para que a Receita Federal , Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal apresentem um projeto que trate de infraestrutura e reforço no efetivo policial para acabar com a atuação da “quadrilha do rapel, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Para fugir da fiscalização, a estratégia dos contrabandistas é levar as mercadorias até o lado brasileiro da ponte ou o mais próximo possível, onde outro grupo aguarda as caixas que descem por uma corda. Para ter acesso ao melhor local, eles furam as grades e retiram as chapas e as barras de metal colocadas pela Receita Federal na tentativa de impedir a ação. Há seis anos, o MPF tenta acabar com a atuação dos contrabandistas.

O MPF também pediu para que as grades de proteção instaladas na Ponte da Amizade sejam retiradas pela Receita Federal. “Além disso, existe a questão da segurança dos próprios usuários da via. Segurança física mesmo porque as grades no atual estado que estão representam riscos até de cortes, de ferimentos porque elas estão retorcidas e até mesmo oxidadas”, disse o procurador da república Alexandre Collares.

A Receita Federal alega que as adequações estão previstas no projeto Beira Foz – uma ação conjunta com setores da sociedade que prevê a revitalização da Ponte da Amizade e de toda área ao redor. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal estão inclusas neste projeto.

“Esse projeto que está em construção, que vai ser apresentado em breve contempla isso. Ou seja, a retirada dessas grades de uma forma definitiva e, além disso, também neste projeto está contemplada a construção de um muro que vai cercar a zona primária. Esse muro vai constituir mais um obstáculo para os infratores”, assegurou o assessor da Receita Federal Ivair Hoffmann.

A superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), em Curitiba, informou que o caso está com o advogado geral da União.


G1 - 25/03/2013 15h28

Imagens mostram ação da 'quadrilha do rapel' na Ponte da Amizade. Contrabandistas agem tranquilamente a poucos metros da aduana. Grupo afirma que para 'trabalhar' paga propina à Marinha paraguaia.

Do G1 PR, com informações de Foz do Iguaçu




A falta de fiscalização sobre a Ponte Internacional da Amizade, entre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Ciudad del Este, permite aos contrabandistas que integram a chamada ‘quadrilha do rapel’ agirem livremente. Veja o flagrante da ousadia do grupo, que repassa as mercadorias para outros integrantes a poucos metros da aduana brasileirana, na reportagem da RPC TV Foz do Iguaçu.

Para fugir da fiscalização, a estratégia dos contrabandistas é levar as mercadorias até o lado brasileiro da ponte o mais próximo possível da margem brasileira, onde outro grupo aguarda as caixas que descem por uma corda. Para ter acesso ao melhor local, eles furam as grades e retiram as chapas e as barras de metal colocadas ao lado da passarela da estrutura pela Receita Federal (RF) na tentativa de impedir a ação.

Sem perceber que está sendo gravado, um dos integrantes explica que é preciso pagar uma espécie de pedágio para a Marinha paraguaia para que a mercadoria possa passar pela ponte. Ao explicar que o transporte de cada volume até o lado brasileiro da fronteira custa R$ 70, dinheiro que é dividido entre os “passeiros”, cada um com uma função específica. Desde os carregadores até os que operam o “rapel”, são pelo menos sete pessoas.

De acordo com RF, a responsabilidade pela fiscalização sobre a ponte é da Polícia Federal (PF) e admite que reforçar a cerca em volta da passarela não impede a ação das quadrilhas. “A Receita Federal faz este serviço de conserto, mas na noite seguinte ou durante a madrugada eles, com uma ferramenta, cerram as grades e abrem um espaço suficiente para jogar as mercadorias. Sem a presença policial, a estrutura por si só não adianta”, comentou o auditor Ivair Hoffmann.

Monitoramento e estrutura

Por outro lado, a PF alega falta de efetivo para manter o monitoramento constantemente da região. “Teríamos que deslocar policiais para ficarem especificamente ali em cima da ponte e fazendo rodízio, porque o trabalho é cansativo, mas necessitamos de um número maior de policiais”, justificou o delegado Emerson Rodrigues.

Já quanto às reformas necessárias em toda a estrutura da ponte construída entre as décadas de 1950 e 1960, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) informou que existem planos para que isso ocorra, porém as obras somente deverão ser iniciadas após a conclusão da segunda ponte entre os dois países - ainda em fase de licitação. O prazo estimado é de no mínimo dois anos e oito meses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário