quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

EXÉRCITO CRIA SOFTWARE PARA VIGIAR FRONTEIRAS ONLINE



Exército cria software para auxiliar vigilância de áreas de fronteira, no AM. 'C2 Combate' acompanha em tempo real atividades em 124 quartéis. Software recebe alerta imediato de ações criminosas em áreas vigiadas. Carlos Eduardo Matos. Do G1 AM - 28/12/2011 16h00

Um programa de computador desenvolvido há dois meses pelo Exército Brasileiro é utilizado para interligar via satélite os comandos de duas regiões militares, um grupamento de Engenharia e seis brigadas que atuam na Amazônia Legal, principalmente nas regiões de fronteira.

O 'C2 Combate' opera na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus, e utiliza imagens geoeferenciadas para acompanhar, em tempo real, todas as operações desenvolvidas nas 124 unidades militares espalhadas na região amazônica. Além disso, recebe alertas imediatos de crimes cometidos dentro das áreas de vigilância.

"Estamos monitorando 27 mil homens", explicou o major Clynson Oliveira, responsável pelas operações no C2 Combate. Segundo ele, o Exército investiu R$ 350 mil no projeto.

O software, que opera em um ambiente seguro e exclusivo na internet, utiliza monitor com touchscreen para observar as ações desenvolvidas pelos quartéis, desde o combate à dengue e malária até reformas de estradas e prédio públicos em áreas remotas.

Imagens e videoconferências são passadas em uma tela de vídeo interativo, onde os comandantes das unidades militares dão orientações diárias das missões em campo. Antes do C2 Combate ser implantado, a comunicação ocorria via rádio e GPS. Com esta melhoria, a 8ª e a 12ª Região Militar, no Pará e no Amazonas, além do Grupamento de Engenharia e Construção (GEC) e seis brigadas militares estão interligadas via satélite e internet.

"O que estiver sendo feito pelas unidades militares, o CMA acompanhará em tempo real. Os alertas de ameaça ou crimes cometidos dentro das áreas de vigilância do Exército, como desmate ilegal e narcotráfico, são informadas a tempo de o Estado tomar providências cabíveis, por meio das forças de segurança nacional", afirmou.

Soberania

O comandante militar da Amazônia, general Eduardo Villas Boas, explicou que o C2 Combate é uma das ferramentas que irá compor o 'Sisfron', um megasistema de vigilância das fronteiras brasileiras, através de sensores digitais e de patrulhamento humano.

O projeto, que irá custar R$ 11 bilhões ao cofres públicos em 10 anos, vai garantir a soberania da Amazônia no próximos anos. "O Brasil estará entre as maiores economias mundiais, nos próximo anos. A proteção das nossas fronteiras, principalmente na Amazônia, será essencial neste cenário geopolítico", destacou.

* Matéria indicada por Jose Andersen, via face.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Enquanto isto, as forças armadas são desviadas para a segurança pública aos moldes de regimes totalitários, as fronteira do Brasil ficam desprovidas da forças policiais capacitadas e comprometidas com esta missão. Na Amazônia, até é circunstancial o emprego das forças armadas pelas características do terreno, mesmo assim, não faz parte das atribuições delas a ordem pública, salvo em situação salvaguardada por decreto emergencial. Infelizmente, a preservação da ordem pública está sendo desvirtuada no Rio e nas Fronteiras do Brasil. O tempo dirá quem está certo: ou um simples blogueiro ou as autoridades políticas e militares envolvidas neste projeto midiático e no envolvimento do EB como polícia pacificadora.

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