Fronteira do RS terá vigilância reforçada. Fiscalização será maior em um trecho de 200 quilômetros com a Argentina - zero hora 04/01/2012
A reincidência da febre aftosa no Paraguai volta a deixar o Rio Grande do Sul em estado de alerta. Como medida de defesa, o serviço veterinário gaúcho vai retomar a partir de hoje a fiscalização do trânsito de animais, veículos e produtos que podem transportar o vírus.
A mobilização ocorrerá principalmente em um trecho de 200 quilômetros da fronteira com a Argentina, entre Garruchos e Barra do Guarita (confira quadro ao lado), trecho considerado mais crítico pela circulação irregular de gado e mercadorias. Na região, seis barreiras volantes farão o controle em estradas e propriedades. Outras quatro equipes fixas ficarão em pontos onde há transporte de balsa entre os dois países pelo Rio Uruguai. O trabalho, no entanto, não se resumirá à região.
– Faremos vigilância ativa em todo o Estado, principalmente em propriedades com alta movimentação de animais – diz Marcelo Göcks, do serviço de doenças vesiculares da Secretaria da Agricultura.
O novo foco, também no Departamento de San Pedro e a 30 quilômetros da propriedade que registrou a doença em setembro de 2011, aumentou a preocupação de produtores. O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, pede que o governo federal cobre o Paraguai sobre a demora na confirmação dos focos.
Em entrevista por telefone a Zero Hora, o diretor nacional de sanidade Animal do serviço veterinário do Paraguai (Senacsa), Manuel Barboza, admitiu que a situação “é incômoda e desagradável”. Barboza confirmou que as autoridades estão verificando as origens do novo foco da doença.
O governo brasileiro anunciou que o Exército dará suporte à fiscalização na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, e os veículos com origem no país vizinho passarão por desinfecção. O embargo à importação de carne, por enquanto, se limitará ao Departamento de San Pedro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário