Este Blog destaca o cenário atual de descaso, descontrole e insegurança nas fronteiras do Brasil, produzido políticas governamentais superficiais, militarizadas, pontuais, omissas na competência federal e inoperantes na contenção dos crimes de contrabando, descaminho, abigeato e tráfico de pessoas, armas, munição, drogas, valores, arte, veículos e animais.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
INTEGRAÇÃO PARA VIGIAR FRONTEIRAS
Ministérios da Justiça e da Defesa estarão à frente de um plano estratégico para frear a ilegalidade nas divisas brasileiras - ZERO HORA 09/06/2011
Horas antes de empossar a nova titular da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff anunciou, ontem, diante de dezenas de representantes de forças de segurança, a mobilização de dois dos principais ministérios na fiscalização de fronteiras. Integrados, os ministérios da Defesa e Justiça contarão com o orçamento inicial de R$ 120 milhões para implementar o Plano Estratégico de Fronteiras nos 16.886 quilômetros de divisa.
O plano fazia parte das promessas de campanha de Dilma. Ao assumir, no entanto, a presidente foi criticada justamente pelo contrário: cortes no orçamento de 2011, como a redução de R$ 89,8 milhões (disponibilizados em 2010) para R$ 58 milhões em diárias e locomoção na Polícia Federal (PF), estariam comprometendo ações nas fronteiras.
– Meu comprometimento com esse programa é tão grande que escolhi meu vice-presidente (Michel Temer) para coordenar as ações dentro do governo – disse Dilma.
Além de Temer, estiveram no lançamento os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Nelson Jobim (Defesa). O plano tem por base duas operações, uma permanente (Sentinela) e outra pontual (Ágata), em locais que necessitem de atenção especial por determinado tempo. Ambas deverão ter ações integradas entre polícias Federal, Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança, com apoio logístico das Forças Armadas.
Serão criados os Centro de Operações Conjuntas (COC), onde estarão reunidos comandantes das forças de segurança para acompanhamento em tempo real, um deles, possivelmente, em Bagé. Segundo Jobim, já foram identificados 34 pontos vulneráveis que servirão de base para que o COC planeje as operações. Para Operação Sentinela, Cardozo promete “elevação de 100% do efetivo empregado atualmente pelo Ministério da Justiça”.
A área de atuação do plano abrangerá mais de 2,3 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a 27% do território nacional. Na linha divisória entre Brasil e 10 países, estão 11 Estados, 710 municípios e 10,9 milhões de pessoas. Dilma afirmou que o plano terá de integrar inteligência e tecnologia para proteger área tão extensa:
– Não podemos supor que faremos isso colocando em fileira homens para proteger os 16 mil quilômetros de fronteira. Vamos é utilizar uma ação que será de um lado de permanência e do outro de surpresa, e que garantirão uma forte presença nossa no combate ao crime.
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ResponderExcluirEntendo que a Polícia Rodoviária Federal vem, ao longo dos anos, sendo sub-utilizada, pois é a Polícia que está presente com maior capilaridade no território nacional, e como sabemos, cada Estado, cada região do país, tem modus operandi diferenciados, sendo que esses servidores que estão lotados em cada uma dessas regiões a conhecem muito bem. Não é a toa que a PRF seja campeã nas apreensões de drogas, contrabando, carros roubados, crimes ambientais e outros... Quando o Governo Federal falava em ações, incluia apenas PF e Farça Nacional. Espero que este plano, lançado no Governo Dilma, possa contemplar todas as Instituições: as forças armadas e as Intituições Federais e Estaduais. Não tenho dúvida de que a PRF participando do processo, os resultados serão potencializados. Acho até que o Governo Federal deveria sim é investir em efetivos para a PF e PRF em vez de investir na Farça Nacional. Nada contra a boa vontade das pessoas, mas é burrice mandar gente para um lugar, sem infra-estrutura (abastecimento, comunicação, alojamento, e o principal: experinencia operacional na região.
ResponderExcluirMuito bem lembrado. Transparência. Por este motivo defendo a transformação da PRF em Polícia Nacional de Fronteiras, entregando as rodovias à PMs, resgatando assim o princípio da territorialidade. A PRF é muito mais comprometida e tem mais capacidade, determinação, conhecimento e preparo para executar o policiamento ostensivo permanente nas fronteiras do que a PF, a FS e o EB. No trânsito, é um desperdício.
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