Referente à matéria anterior do Estado de São Paulo (01/06/2011) em que o Ministro da Defesa admite necessidade de 'ajustes na fronteira' para combater tráfico, coordenando ações entre Brasil, Colômbia, passo a refletir:
"Ajustes" quer dizer que ele manterá o quadro de inoperância continuando a realizar operações midiáticas para mascarar a imagem de eficiência do Governo e assim tranquilizar a opinião popular. Este descaso é que tem facilitado as ações da bandidagem, dos senhores das armas, dos traficantes, dos "coiotes", dos "mulas", dos sonegadores, dos contrabandistas e dos "lavadores de dinheiro".
O Brasil precisa de um Sistema Nacional de Ordem Pública capaz de diagnosticar, criar estratégias, instituir instrumentos, propor leis e desenvolver políticas mais eficazes de preservação da ordem pública no Brasil, em especial às voltadas para o controle e segurança nas fronteiras por onde passam vários crimes como lavagem de dinheiro, contrabando, descaminho, furto de carros e tráfico de pessoas, drogas, armas e animais.
Nestas se inclui a urgente criação de uma POLÍCIA NACIONAL DE FRONTEIRAS, uma polícia específica e preparada para executar o policiamento ostensivo e velado, o patrulhamento permanente, o monitoramento e o controle das fronteiras do Brasil em conjunto com as Forças Policiais dos países vizinhos e sendo apoiada pela capacidade investigativa da Polícia Federal e pela logística das Forças Armadas.
A União deveria reconhecer a falência das políticas até agora empregadas e deixar de praticar o amadorismo para impor novas estratégias na segurança pública e melhores controles e patrulhamento das extensas e despoliciadas fronteiras do Brasil.
Os tais "ajustes" pretendidos pelo Ministro da Fronteira querem "tornar completo" o que está errado, o que é inoperante, o que não passa de superficial. As fronteiras brasileiras jamais serão policiadas sem uma força policial específica para patrulhar as fronteiras de forma permanente, 24 horas por dia, pois a Polícia Federal e as Forças Armadas já estão atarefadas com suas funções precípuas e não colocarão a devida atenção ao problema.
Vamos ser práticos e profissionais, assim como são os países de primeiro mundo e a nossa vizinha Argentina, sem falar no sistema integrado e desburocratizado do Uruguai.
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