ZERO HORA 11 de fevereiro de 2014 | N° 17701
MAURICIO TONETTO
RUMO À SERRA. Droga, que teria como origem o Paraguai, foi recolhida em rodovia estadual em Coxilha, no Norte, e, suspeito fugiu para lavoura
Eram 2h30min de ontem quando um Focus, com placas de Gramado, seguia para a serra gaúcha abarrotado de tanta maconha que, dentro do veículo, não havia espaço para mais ninguém, além do condutor. Vindo de Ciudad del Este, no Paraguai, o motorista (ainda não identificado) transportava 956 quilos de entorpecentes espalhados pelos bancos e cumpria com sucesso os mais de 900 quilômetros da rota do tráfico internacional – que começou às 14h40min de domingo em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A abordagem que pôs fim à rota do traficante se deu no norte gaúcho, na madrugada de ontem, em Coxilha. É a maior apreensão de drogas de 2014 da polícia gaúcha, afirma a PF.
Ao perceber a barreira montada pela Brigada Militar no km 18 da ERS-135, em Coxilha, o motorista desviou dos policiais, tomou o rumo de uma estrada vicinal e abandonou o Focus nas cercanias de uma lavoura de soja, para onde correu e não foi localizado. Conforme o primeiro-sargento Lizandro Volcir Niquelle, do Batalhão Rodoviário da BM de Coxilha, a audácia do traficante chamou a atenção:
– O carro tinha películas, uma lona na parte traseira e os bancos abaixados. Não foi uma apreensão normal. Geralmente, vemos isso em caminhões com fundo falso, não em automóveis. Se consegue esconder um tijolo, por exemplo, mas uma tonelada é difícil. Foi audacioso.
De acordo com Niquelle, antes de seguir viagem, o suspeito parou para fazer compras e não teve a preocupação de ocultar os comprovantes. O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Raone Nogueira, que atua no combate ao tráfico de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, diz que são raras as situações em que o criminoso entra “na cara dura” com um grande volume, como ocorreu em Coxilha:
– O mais comum é dissimular em tanques de combustível e fundos dos bancos. Eles geralmente tomam desvios nas estradas e buscam caminhos alternativos, dificultando nosso trabalho. Outro problema que temos é que não há um estilo, um padrão. Já peguei um senhor de 60 anos (com droga) que não levantava suspeitas e uma adolescente de 16 anos.
RUMO À SERRA. Droga, que teria como origem o Paraguai, foi recolhida em rodovia estadual em Coxilha, no Norte, e, suspeito fugiu para lavoura
Eram 2h30min de ontem quando um Focus, com placas de Gramado, seguia para a serra gaúcha abarrotado de tanta maconha que, dentro do veículo, não havia espaço para mais ninguém, além do condutor. Vindo de Ciudad del Este, no Paraguai, o motorista (ainda não identificado) transportava 956 quilos de entorpecentes espalhados pelos bancos e cumpria com sucesso os mais de 900 quilômetros da rota do tráfico internacional – que começou às 14h40min de domingo em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A abordagem que pôs fim à rota do traficante se deu no norte gaúcho, na madrugada de ontem, em Coxilha. É a maior apreensão de drogas de 2014 da polícia gaúcha, afirma a PF.
Ao perceber a barreira montada pela Brigada Militar no km 18 da ERS-135, em Coxilha, o motorista desviou dos policiais, tomou o rumo de uma estrada vicinal e abandonou o Focus nas cercanias de uma lavoura de soja, para onde correu e não foi localizado. Conforme o primeiro-sargento Lizandro Volcir Niquelle, do Batalhão Rodoviário da BM de Coxilha, a audácia do traficante chamou a atenção:
– O carro tinha películas, uma lona na parte traseira e os bancos abaixados. Não foi uma apreensão normal. Geralmente, vemos isso em caminhões com fundo falso, não em automóveis. Se consegue esconder um tijolo, por exemplo, mas uma tonelada é difícil. Foi audacioso.
De acordo com Niquelle, antes de seguir viagem, o suspeito parou para fazer compras e não teve a preocupação de ocultar os comprovantes. O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Raone Nogueira, que atua no combate ao tráfico de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai, diz que são raras as situações em que o criminoso entra “na cara dura” com um grande volume, como ocorreu em Coxilha:
– O mais comum é dissimular em tanques de combustível e fundos dos bancos. Eles geralmente tomam desvios nas estradas e buscam caminhos alternativos, dificultando nosso trabalho. Outro problema que temos é que não há um estilo, um padrão. Já peguei um senhor de 60 anos (com droga) que não levantava suspeitas e uma adolescente de 16 anos.
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