ZERO HORA 30 de novembro de 2013 | N° 17630
CARLOS WAGNER
Operação recupera 228 cabeças de gado. Pelo menos 120 animais ainda estão sendo reconhecidos pelos proprietários
Pelo menos 228 cabeças de gado já foram recuperadas de ladrões por uma ação conjunta da Polícia Civil, Brigada Militar (BM) e de fiscais da Secretaria Estadual da Agricultura em Itaqui, cidade da Fronteira Oeste. A quantidade recuperada é uma das maiores na longa história de enfrentamento entre abigeatários, como são conhecidos os ladrões de gado, e as autoridades policiais.
A recuperação dos animais furtados começou em outubro, com o início do desmantelamento de uma quadrilha. A investigação prossegue, e 120 animais ainda estão em processo de reconhecimento pelos seus proprietários para ser devolvidos. Os animais foram encontrados em mãos de receptadores espalhados em várias cidades, como São Miguel das Missões, Santiago e Tupanciretã. Policiais identificaram um homem suspeito de ser o elo dos quadrilheiros com os receptadores. Os nomes dos suspeitos, porém, não foram divulgados pela polícia.
A investigação se iniciou em outubro, em Três Bocas, interior de Itaqui. Na ocasião, uma patrulha da BM parou um caminhão boiadeiro. Pela Guia de Transporte de Animais, deveriam existir 15 cabeças no caminhão. No lombo dos animais, uma suspeita: a marcação com ferro em brasa no couro teria sido adulterada.
– Os animais foram apreendidos, e o proprietário da marca original os reconheceu como sendo seus – explica a titular da delegacia de Itaqui, delegada Elisandra Mattoso Batista.
A partir desse fato, os policiais começaram a desvendar o sistema de furto montado pela quadrilha. Os ladrões furtavam gado nas fazendas da Fronteira Oeste e os levavam até a propriedade em Três Bocas. Lá, os animais eram legalizados com notas fiscais do bloco do produtor – um documento que é emitido pelo proprietário rural usado para tirar a GTA. Com mandado de busca e apreensão, os policiais descobriram na fazenda outras 60 cabeças de gado com as marcas alteradas, algumas inclusive com brinco de identificação.
– E também os ferros de marca que eram usados pelos ladrões – acrescenta Elisandra.
A delegada sabe que o abigeato se tornou um dos crimes mais antigos do Rio Grande do Sul por ser difícil reunir provas contra os ladrões. Mas Elisandra acredita que o trabalho, em parceria com a BM e os fiscais da Agricultura, é um caminho seguro para desmantelar a quadrilha.
Investigadores contam com parceria de órgãos públicos
As autoridades sabem como a quadrilha opera. Mas ainda não conseguiram reunir provas contra os receptadores. Daí que a descoberta de um homem que seria a ligação entre os ladrões e os receptadores pode representar uma passo importante na investigação. Para o sargento da BM Jorge Luís Vieira de Melo, de Itaqui, a descoberta deste bando mostra que os ladrões se profissionalizaram.
– Temos uma boa chance de acabar com o bando – aposta o sargento, um dos policiais mais experientes da região.
O trabalho de investigação é auxiliado por uma verificação nos registros nos órgãos do Estado, que está sendo feita pelos fiscais da Agricultura. Por exemplo, está sendo verificado se o número de cabeças de gado declarado pelos fazendeiros confere com os animais existentes nas fazendas.
Operação recupera 228 cabeças de gado. Pelo menos 120 animais ainda estão sendo reconhecidos pelos proprietários
Pelo menos 228 cabeças de gado já foram recuperadas de ladrões por uma ação conjunta da Polícia Civil, Brigada Militar (BM) e de fiscais da Secretaria Estadual da Agricultura em Itaqui, cidade da Fronteira Oeste. A quantidade recuperada é uma das maiores na longa história de enfrentamento entre abigeatários, como são conhecidos os ladrões de gado, e as autoridades policiais.
A recuperação dos animais furtados começou em outubro, com o início do desmantelamento de uma quadrilha. A investigação prossegue, e 120 animais ainda estão em processo de reconhecimento pelos seus proprietários para ser devolvidos. Os animais foram encontrados em mãos de receptadores espalhados em várias cidades, como São Miguel das Missões, Santiago e Tupanciretã. Policiais identificaram um homem suspeito de ser o elo dos quadrilheiros com os receptadores. Os nomes dos suspeitos, porém, não foram divulgados pela polícia.
A investigação se iniciou em outubro, em Três Bocas, interior de Itaqui. Na ocasião, uma patrulha da BM parou um caminhão boiadeiro. Pela Guia de Transporte de Animais, deveriam existir 15 cabeças no caminhão. No lombo dos animais, uma suspeita: a marcação com ferro em brasa no couro teria sido adulterada.
– Os animais foram apreendidos, e o proprietário da marca original os reconheceu como sendo seus – explica a titular da delegacia de Itaqui, delegada Elisandra Mattoso Batista.
A partir desse fato, os policiais começaram a desvendar o sistema de furto montado pela quadrilha. Os ladrões furtavam gado nas fazendas da Fronteira Oeste e os levavam até a propriedade em Três Bocas. Lá, os animais eram legalizados com notas fiscais do bloco do produtor – um documento que é emitido pelo proprietário rural usado para tirar a GTA. Com mandado de busca e apreensão, os policiais descobriram na fazenda outras 60 cabeças de gado com as marcas alteradas, algumas inclusive com brinco de identificação.
– E também os ferros de marca que eram usados pelos ladrões – acrescenta Elisandra.
A delegada sabe que o abigeato se tornou um dos crimes mais antigos do Rio Grande do Sul por ser difícil reunir provas contra os ladrões. Mas Elisandra acredita que o trabalho, em parceria com a BM e os fiscais da Agricultura, é um caminho seguro para desmantelar a quadrilha.
Investigadores contam com parceria de órgãos públicos
As autoridades sabem como a quadrilha opera. Mas ainda não conseguiram reunir provas contra os receptadores. Daí que a descoberta de um homem que seria a ligação entre os ladrões e os receptadores pode representar uma passo importante na investigação. Para o sargento da BM Jorge Luís Vieira de Melo, de Itaqui, a descoberta deste bando mostra que os ladrões se profissionalizaram.
– Temos uma boa chance de acabar com o bando – aposta o sargento, um dos policiais mais experientes da região.
O trabalho de investigação é auxiliado por uma verificação nos registros nos órgãos do Estado, que está sendo feita pelos fiscais da Agricultura. Por exemplo, está sendo verificado se o número de cabeças de gado declarado pelos fazendeiros confere com os animais existentes nas fazendas.
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