EM AÇÃO. Militares combatem crime na fronteira - ZERO HORA 17/09/2011
Militares das Forças Armadas estão varrendo a fronteira do Rio Grande do Sul, por meio da Operação Ágata 2, para combater o crime organizado. Deflagradas oficialmente ontem, as ações incluem barreiras de fiscalização nas estradas, patrulhas nos rios e inspeção de pistas e atracadouros clandestinos. Aviões, carros e barcos suspeitos devem ser interceptados.
Na tarde de ontem, em Porto Alegre, o comandante Militar do Sul (CMS), general de Exército Carlos Bolivar Goellner, destacou os objetivos da Operação Ágata 2, que mobiliza 7 mil homens, também nas fronteiras de Santa Catarina, do Paraná e de Mato Grosso do Sul. O alvo é o tráfico de drogas, de armas e pessoas, mais os crimes ambientais e o contrabando.
A missão faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, instituído por decreto presidencial. Participam da Ágata 2, além das Forças Armadas, a Receita Federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional de Segurança Pública, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e órgãos estaduais e municipais.
Na ofensiva contra a criminalidade, haverá iniciativas em favor das comunidades pobres, como atendimento médico e odontológico. Numa segunda etapa, o plano prevê cooperação com os países limítrofes ao Brasil, para intensificar o controle nas áreas de fraca presença da lei.
A Operação Ágata 2 dá continuidade à Ágata 1, realizada durante agosto na região Norte do Brasil. A primeira operação concentrou-se na repressão e prevenção de ilícitos transnacionais na Amazônia. Houve destruição de pistas clandestinas e repressão a crimes ambientais, como o garimpo ilegal, o desmatamento e a invasão de reservas indígenas.
Uma das preocupações são os guerrilheiros colombianos, que entram no território brasileiro quando acossados no seu país.
Ontem, durante a apresentação da Ágata 2, o comando do CMS possibilitou uma visita às instalações do Centro de Coordenação de Operações (CCOp). É o cérebro que coordena as ações nas fronteiras do Sul e Centro-oeste.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - As FFAA só deveriam agir contra o crime organizado mediante falência dos aparados de segurança ou em apoio à força policial competente amparadas por leis emergenciais. Esta ação militar só prova que a política de segurança nas áreas de fronteiras é caótica, inoperante e superficial.
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