Por Jornal Nacional 17/12/2018
Em MS, fronteira com Paraguai, guerra de quadrilhas aterroriza população. Em 2018, houve ao menos 30 execuções. Apenas uma avenida separa Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai
Jornal Nacional
Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai
Na fronteira com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul, a disputa de poder entre quadrilhas está aterrorizando os moradores. Em 2018, houve ao menos 30 execuções.
Foram alguns minutos que um homem nunca mais vai esquecer: “Eu estava passando, aí eu escutei os tiros. Eu vi as pessoas correndo. E assim, a gente tenta ficar o mais esperto e se esconder, porque a gente não sabe se o tiro acabou, se vai ter mais tiro”, conta.
O crime foi em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Pelas contas da Polícia Civil brasileira e do Ministério Público paraguaio, só neste ano de 2018 já foram mais de 30 execuções na fronteira.
Na linha internacional que separa o Brasil do Paraguai, de um lado fica Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, e do outro, Pedro Juan Caballero. Para atravessar a fronteira, basta passar por uma avenida. Essa facilidade de acesso, segundo o Ministério Público do Paraguai, é um dos motivos que tornam a região atrativa para o crime.
Em junho de 2016, o traficante Jorge Rafaat, conhecido como “rei da fronteira”, foi executado em uma emboscada em Pedro Juan. Desde então, outros traficantes disputam o controle da região.
Investigações apontam que pessoas ligadas a Jarvis Pavão, outro traficante que atuou na fronteira e que hoje está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande Do Norte, estão na lista de vítimas. Em Pedro Juan um sobrinho de Pavão sofreu um atentado. A camionete em que ele estava foi atingida por mais de 50 tiros. Ele saiu ileso porque o veículo é blindado. Uma mulher e uma criança que passavam pelo local foram atingidas de raspão.
O clima de insegurança chegou à capital de Mato Grosso do Sul, que fica a mais de 300 quilômetros da fronteira e até então não registrava crimes de execução. Neste ano de 2018 foram quatro crimes. Em um deles, o ex-segurança do traficante morto Jorge Rafaat foi assassinado com tiros de fuzil.
“É uma luta que ainda tem muito chão pela frente. Não é fácil, com o número de policiais que tem hoje na fronteira, combater esse tipo de crime e esses tipos de organizações criminosas”, afirma o superintendente da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, Luciano Flores.
Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai
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Disputa de poder entre quadrilhas aterroriza fronteira do Brasil com Paraguai
Na fronteira com o Paraguai, em Mato Grosso do Sul, a disputa de poder entre quadrilhas está aterrorizando os moradores. Em 2018, houve ao menos 30 execuções.
Foram alguns minutos que um homem nunca mais vai esquecer: “Eu estava passando, aí eu escutei os tiros. Eu vi as pessoas correndo. E assim, a gente tenta ficar o mais esperto e se esconder, porque a gente não sabe se o tiro acabou, se vai ter mais tiro”, conta.
O crime foi em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Pelas contas da Polícia Civil brasileira e do Ministério Público paraguaio, só neste ano de 2018 já foram mais de 30 execuções na fronteira.
Na linha internacional que separa o Brasil do Paraguai, de um lado fica Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, e do outro, Pedro Juan Caballero. Para atravessar a fronteira, basta passar por uma avenida. Essa facilidade de acesso, segundo o Ministério Público do Paraguai, é um dos motivos que tornam a região atrativa para o crime.
Em junho de 2016, o traficante Jorge Rafaat, conhecido como “rei da fronteira”, foi executado em uma emboscada em Pedro Juan. Desde então, outros traficantes disputam o controle da região.
Investigações apontam que pessoas ligadas a Jarvis Pavão, outro traficante que atuou na fronteira e que hoje está no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande Do Norte, estão na lista de vítimas. Em Pedro Juan um sobrinho de Pavão sofreu um atentado. A camionete em que ele estava foi atingida por mais de 50 tiros. Ele saiu ileso porque o veículo é blindado. Uma mulher e uma criança que passavam pelo local foram atingidas de raspão.
O clima de insegurança chegou à capital de Mato Grosso do Sul, que fica a mais de 300 quilômetros da fronteira e até então não registrava crimes de execução. Neste ano de 2018 foram quatro crimes. Em um deles, o ex-segurança do traficante morto Jorge Rafaat foi assassinado com tiros de fuzil.
“É uma luta que ainda tem muito chão pela frente. Não é fácil, com o número de policiais que tem hoje na fronteira, combater esse tipo de crime e esses tipos de organizações criminosas”, afirma o superintendente da Polícia Federal do Mato Grosso do Sul, Luciano Flores.